Assim como na terapia tradicional, para adultos e adolescentes, a terapia infantil é voltada para a saúde mental da criança.
Quando os pais notam sinais excessivos, seja de atividades ou desinteresse e afastamento, pode ser necessária a intervenção profissional.
Nesses casos o trabalho se faz fundamental, principalmente para que o problema não seja acentuado na adolescência e posterior vida adulta.
O atendimento às crianças é feito em forma de ludo terapia, ou seja, com brincadeiras, nas quais o terapeuta com sua habilidade e conhecimento pode notar tensão, insegurança, possíveis frustrações, dificuldades de aprendizado e até mesmo descobrir se a criança já tem algum trauma, apesar de nesses casos ser improvável descobrir a causa com a criança, mas possivelmente no feedback com os pais.
Antes de começar o processo em si, o atendimento é feito com os pais, tutores ou responsáveis pela criança, quando o profissional vai recolher todas as informações necessárias para dar início ao trabalho.
Depois disso, o atendimento é feito apenas com a criança, que vai se expressar pela maneira mais lúdica possível, com desenhos, joguinhos, representações imaginativas e et. Sabemos que fazer perguntas diretas às crianças não nos traz respostas objetivas, seja por medo, dificuldade de expressão, falta de entendimento e tantas outras coisas.
Dependendo do andamento das sessões, pode ser necessária a presença dos pais em outras sessões, pois outro fato comum é que por muitas vezes o comportamento da criança se espelha nas atitudes dos pais. Casais que brigam na frente dos filhos, que gritam, discutem, se agridem tem potencial chance de criar uma criança problemática.
A forma de tratar o filho também é causa comum de problema. Agressões, xingamentos, despejo de expectativa nas crianças, obviamente vão resultar em filhos sem a correta saúde mental.
Portanto, não adianta levar o filho à terapia, se você não muda, também, o comportamento do casal no ambiente familiar.
É muito fácil colocar a “culpa” em uma criança que está em formação, e não olhar para os próprios erros que podem ter causado a dificuldade em que a criança se encontra.
Boa Semana!