Quando iniciamos o curso de psicologia na faculdade, se não há uma pesquisa anterior, podemos imaginar que há uma teoria e uma prática, que os atendimentos são similares e baseados em uma premissa: Resolver o problema do paciente.
Mas na verdade as coisas são bem diferentes. Existem dezenas de abordagens cientificas para cada tipo de atendimento, existem dezenas de áreas de trabalho para os profissionais da psicologia e existem, principalmente, as crenças do aluno que vai se tornar um profissional.
A linha de atendimento que tocou meu coração durante a faculdade foi a abordagem centrada na pessoa, desenvolvida por Carl Rogers.
Carl Rogers nasceu nos Estados Unidos e sua dedicação à construção de um método científico na psicologia foi reconhecido através de um prêmio concedido pela Associação Americana de Psicologia, da qual também foi eleito presidente, em 1958. Ele foi o pioneiro no estudo sistemático da clínica psicológica.
Contrário às abordagens tradicionais de seu tempo, a psicanálise e o behaviorismo, Rogers se negou a identificar a pessoa na sessão de terapia como um paciente, ou doente e sim como pessoa, apontado a importância fundamental de que essa pessoa veja o terapeuta como outra pessoa, assim como ele, e não como um ser superior, No trabalho humanista, não há hierarquia.
Ele também foi contrário, e provou cientificamente, que a ideia de todo ser humano possuir uma neurose básica não é correta e sim que o núcleo básico da personalidade humana tende à saúde e ao bem-estar.
Desses estudos e investigações ele criou o método psicoterapêutico centrado no próprio paciente, no qual o terapeuta precisa desenvolver a empatia, criar um vínculo de confiança e fazer com que ele sozinho encontre sua própria cura.
O Terapeuta, nos 50 minutos da sessão, precisa se despir de seus valores, costumes e ideias para “vestir” em si mesmo as características do seu paciente. Sentir o que ele sente, enxergar como ele enxerga e assim encontrar o caminho para a resolução do problema.
Não é incomum terapeutas que seguem a linha de Rogers chorarem com seus pacientes, se divertirem e sentirem o mesmo que eles sentem. Sofrer o que eles sofrem e assim por diante.
Desta maneira fia muito mais fácil compreender os problemas e chegar às soluções.
Para finalizar, o trabalho humano que Rogers fez durante toda a sua vida o levou à disputa do prêmio Nobel da Paz em 1987.
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