Ainda nos dias de hoje é comum ouvirmos pessoas chamando, de forma pejorativa, outras de histéricas, mesmo que o termo histeria tenha desaparecido dos manuais de psicologia e psiquiatria.
Tratamos da histeria hoje como transtorno de conversão, ou transtorno dissociativo conversivo.
Esse distúrbio é uma condição em que o sujeito manifesta sintomas, dores ou perda de sentidos, sem nenhuma explicação física.
Normalmente o início dos problemas se dá após situações de estresse, problemas emocionais ou transtornos mentais, tais como a depressão e crises de ansiedade.
Na maioria das vezes é uma condição que limita apenas o paciente e não há medicamento eficaz, uma vez que na verdade as dores ou sensações percebidas por ele, efetivamente não existem, ficando, portanto, a terapia como o único método eficaz de tratamento.
Contudo, em casos mais graves, nos quais o paciente possa se irritar a ponto de ficar agressivo por não aceitar os resultados de exames ou análises científicas, ele pode ser hospitalizado para se acalmar.
É possível perceber que diagnosticar esse transtorno é algo difícil, antes de chegar a essa conclusão é necessário que sejam feitos muitos exames clínicos para descartar todas as possibilidades de problemas físicos levantados pelo paciente e também testes psiquiátricos para excluir outros transtornos que demandariam medicação. É aconselhável que pessoas conversivas tenham sempre um médico de confiança, que os faça acreditar que não há problema, por mais que as sensações sejam reais.
O grupo mais atingido pela doença são mulheres jovens, entre 20 e 50 anos, mas, claro podem atingir todos os outros grupos, sendo muito raro em crianças.
O maior problema causado por esse transtorno é sofrimento emocional, a dúvida constante entre o que sente e o que é efetivamente real e por consequência, o risco de não reportar algo realmente grave por pensar que é mais uma reação psíquica que o acomete.
Os sintomas são os mais variados possíveis, desde cegueira até calafrios e palpitação. Perda de equilíbrio, tontura, paralisação de membros, dificuldade em se alimentar, entre tantos outros e sempre com a mesma característica, nenhuma explicação física, resultados de exames negativos e etc.
O tratamento, como escrevi acima, é psicológico, terapia e a mais indicada é a comportamental. Descobrir a causa do estresse ou problema emocional que desencadeou o problema, trabalhar a depressão ou crise de ansiedade, fazendo assim com que o sujeito tenha de volta a noção do que real e o que é imaginário.
Não há muitas formas de se prevenir contra essa doença, mas tentar ao máximo aumentar a qualidade de vida, se preocupando apenas com o que é de cada um, alimentação correta e saudável e exercícios físicos para controlar o estresse ajudam sempre.
Boa Semana!