A esclerose múltipla é uma doença grave, autoimune e que afeta diretamente o cérebro, a visão e a medula, ou seja, todo o sistema nervoso central.
A doença surge quando o sistema imunológico do paciente se atrapalhe e não distingue células saudáveis das células doentes e acaba agindo como se estivesse defendendo o organismo, para isso ataca de forma equivocada células saudáveis, corroendo a mielina, que é um tipo de barreira protetora dos nervos.
Os danos causados a esta barreira vão prejudicar a comunicação entre o cérebro, a medula e o sistema nervoso.
Com o passar do tempo, a doença causa lesões no cérebro que vão levar à atrofia ou perda excessiva de massa cerebral, sendo até cinco vezes mais veloz do que o esperado em uma pessoa não portadora da doença.
A EM é de difícil diagnóstico preliminar, pois os sintomas podem demorar muito para aparecer e são muito variados, de acordo com o tamanho do dano e de quais nervos são afetados. Nos casos mais graves, o paciente perde a capacidade de falar e até mesmo se locomover.
Apesar de não ter cura, alguns tratamentos podem ajudar a controlar os sintomas e reduzir a velocidade da doença e sua pressão sobre o corpo do paciente.
Ainda não é possível determinar exatamente as causas da EM, mas há fortes suspeitas que o fator mais importante seja genético. Contudo não são descartados o ambiente em que a pessoa vive e ainda existem alguns estudos que analisam vírus que podem ajudar o desenvolvimento da doença.
Mesmo com a causa ainda não determinada, muitos estudos são continuamente realizados mundo afora, o que tem ajudado muito para que os pacientes tenham um pouco mais de qualidade de vida.
Não há idade determinada para o início dos sintomas, contudo 70% dos casos comprovados são entre adultos na faixa de 20 a 40 anos de idade.
Mulheres também são a maioria. Cerca de 1/3 dos casos aparece em mulheres, fato esse que pode ser explicado, não completamente, pela presença da testosterona em pessoas do sexo masculino, o que ajuda a inibir o sistema imunológico.
Além disso, reforçando a parte genética, há uma propensão maior em ser portador da doença, caso algum parente de primeiro grau seja também portador.
O apoio psicológico é fundamental para esses pacientes, pois por se tratar de doença degenerativa e ainda sem cura, muitos tem dificuldade de aceitar, lidar com a doença e acabam desistindo e consequentemente perdendo, por vezes, muito tempo de vida, apenas esperando pelo último dia. Não podemos abrir mão de nem um dia da nossa felicidade. Procure ajuda!