Colecionar pode ser algo divertido e prazeroso. Álbum de figurinhas da copa do mundo, a revista preferida, autógrafos, entre milhares de possibilidades, das mais estranhas, como colecionar saquinhos para vômito distribuídos em aviões, até as mais comuns, elos e cédulas, que podem ter um valor inestimado.
Mas, quando a coleção se torna mais importante do que a saúde, o controle financeiro, o equilíbrio emocional, pode se tornar obsessiva e altamente prejudicial ao ser humano.
Algumas coleções começam de forma despretensiosa, uma simples reunião de itens, uma forma de passar o tempo, ou até mesmo para tirar um momento para si mesmo e relaxar.
Contudo, esse prazer pode se tornar uma obsessão que não vai mais permitir ao indivíduo parar de colecionar, vai transformá-lo em um buscador implacável, em leilões, feiras de antiguidades e por vezes pode leva-lo a falência pessoal, tal como acontece com drogas ilícitas.
Conseguir uma peça rara para a coleção pode fazer o sujeito chegar ao êxtase da felicidade, mas ao mesmo tempo, não conseguir ter essa peça, pode gerar tamanho estado depressivo que pode levar o colecionador a se isolar do mundo, afastar as pessoas, prejudicar sua vida profissional, entre outras mazelas.
O que deveria ser uma forma de encontrar amizades, fazer trocas sadias e divertidas, acaba virando briga, ofensas pesadas, exposição desnecessária em redes sociais, acusações e até mesmo casos de polícia.
Os colecionadores compulsivos, em sua maioria, acabam se tornando solitários, ter baixa-autoestima e dificuldade em se relacionar, principalmente porque podem começar a ver todas as outras pessoas como concorrentes das suas coleções.
Nesses casos, o indivíduo enxerga sai coleção como uma forma de expressar a si mesmo, ou seja, espera que as pessoas enxerguem a coleção ao invés de sua imagem, ou personalidade, espera ser admirado, até mesmo invejado, por ter um item especial que outras pessoas não tem, esquecendo-se assim de si mesmo.
Não permita que objetos tomem um espaço muito grande em sua vida, não se esconda atrás de suas coleções, seja feliz por ser quem você é, não pelo que tem e principalmente, cuide da sua saúde mental.
Boa semana!