FOMO é a sigla da expressão em inglês “fear of missing out”, que em português significa algo como “medo de ficar de fora”, e que se caracteriza por uma necessidade constante de saber o que outras pessoas estão fazendo, associada a sentimentos de ansiedade que impactam fortemente as atividades de vida diária, assim como a produtividade no trabalho.
Pessoas portadoras do transtorno acabam, por isso, tendo uma necessidade constante em se atualizar nas redes sociais, como Facebook, Instagram, Twitter ou Youtube, mesmo durante a noite, no trabalho, durante as refeições ou até mesmo ao dirigir, o que, por vezes, pode representar um perigo para a segurança.
Todos estes comportamentos são resultantes da angústia causada pela insegurança de viver offline e podem gerar ansiedade, estresse, mau humor, desconforto ou mesmo depressão.
Alguns dos sintomas característicos de pessoas com FOMO são:
- Dedicar muito tempo às redes sociais, como Whatsapp, Facebook, Instagram ou Twitter, atualizando constantemente o feed de notícias;
- Aceitar propostas para todas as festas e eventos, por medo de perder alguma coisa ou se sentir excluído;
- Usar o smartphone toda a hora, mesmo durante as refeições, durante o trabalho ou dirigindo;
- Não viver o momento e ficar se preocupando com fotografias para colocar nas redes sociais;
- Estar constantemente esperando o surgimento de novas notificações no celular;
- Estar frequentemente de mau humor, com irritabilidade fácil e preferir ficar sozinho.
Em alguns casos, a FOMO pode ainda resultar em casos de ansiedade e, até depressão.
A necessidade de se sentir como parte de um grupo, ou até mesmo, de forma ilusória, fazer parte da vida das pessoas conhecidas e famosas é uma das causas da FOMO.
O transtorno se tornou mais comum nos casos de isolamento social, como o que aconteceu durante a pandemia de COVID-19, ou quando a pessoa tem alguma doença que não permite a saída de casa, ou ainda quando precisa realizar uma grande cirurgia em que seja necessário maior tempo de recuperação.
Nessas situações, como não há contato social direto, a pessoa tem medo de perder o que seus colegas de trabalho, ou de escola, estão fazendo, o que gera uma ansiedade constante para verificar as redes sociais.
O FOMO é mais comum entre os 16 e os 36 anos, que é o período de idades em que as redes sociais são mais utilizadas.
Algumas estratégias que podem ser adotadas para evitar a FOMO são:
- Viver os momentos ao invés de publicá-los nas redes sociais;
- Priorizar as pessoas que estão por perto;
- Reduzir a utilização de smartphones, tablets, computadores ou qualquer outro dispositivo com internet;
- Interiorizar que as pessoas que postam conteúdos na internet não têm vidas perfeitas e que escolhem os melhores momentos para partilhar.
- Ocupar o tempo livre com outras atividades, como ler, ver filmes, jogar jogos de tabuleiro ou passear o animal de estimação.
Se necessário, e caso a pessoa esteja sofrendo de ansiedade ou mal estar grave por causa do FOMO, é aconselhado consultar um psicólogo.
Boa semana!