Síndrome Pós-Covid

Hoje, já passados mais de 4 anos do início da pandemia e pouco mais de dois meses da decretação do fim da pandemia como emergência global, ainda temos muitas coisas a falar sobre a Covid, principalmente os sinais que ela deixa nas pessoas que foram infectadas de forma mais leve, mas também na sociedade como um todo.

Falando apenas em saúde, estudo apontaram que em torno de 80% dos pacientes que se recuperaram da doença, ficaram com alguma sequela.

Como a Covid ataca vários órgãos ao mesmo tempo, ou em pacientes diferentes, como o pulmão, coração, rins e sistema nervoso, essas sequelas podem ser muito diversas e é por isso que os casos não devem ser encerrados após o fim dos sintomas e da dispersão do vírus. Os pacientes devem ser acompanhados por três ou quatro meses para avaliar a gravidade dessas possíveis sequelas.

Claro que para aqueles casos mais graves que tiveram internação em UTI ou os moderados, mas que fizeram o paciente precisar de ajuda respiratória, precisam de mais atenção, mas mesmo aqueles com sintomas leves, precisam ficar ligados.

Pelos estudos, ainda incompletos, quem teve a forma mais grave e moderada apresenta com mais frequência sequelas como: Fibrose pulmonar, diminuição da capacidade respiratória, insuficiência coronariana, alterações neurológicas e, aqui entra a psicologia e a psiquiatria, depressão.

A depressão pode levar esse paciente que ficou à beira da morte, ou que apenas temeu por isso, a outros problemas emocionais, como ansiedade, síndrome do pânico e etc…

Outros sentimentos também podem ser observados, como arrependimento e em casos onde o paciente conseguiu se salvar, mas outro ou outros familiares não, sentimento de culpa, remorso e esses são alguns gatilhos fortes para chegar à depressão.

Como sociedade, grande parte das pessoas acabou tendo e ainda carrega consigo, problemas emocionais, alguns mais graves, alguns que puderam ser recuperados com mais brevidade, mas algo é certo, a grande maioria das pessoas não ficou imune emocionalmente à pandemia.

Também como sociedade, a forma de encarar a doença trouxe conflitos, entre aqueles que tinham medo de morrer e aqueles que tinham medo de ficar sem trabalho, sem dinheiro, sem sustento para a família. E esses conflitos, como qualquer outro, acabou gerando desconforto emocional, que só se resolve com terapia, conversa e pedidos de desculpa, que nem sempre são proferidos em virtude do orgulho ferido.

De qualquer forma, até aqueles que tiveram os sintomas mais leves, acabaram ficando com algumas sequelas, como fadiga, tonturas, taquicardia e dores musculares.

E para todos, o acompanhamento através de exames de sangue e de imagem, podem trazer a informação correta sobre a cura das sequelas ou a necessidade de continuar o acompanhamento.

E você, teve Covid? Quais suas sequelas físicas e emocionais?

Se cuide, tome precauções e fique com a mente e o corpo saudáveis!