Acluofobia

Talvez você nunca tenha ouvido falar essa palavra anteriormente, mas esse é um dos medos mais comuns que existem. Medo doentio ou exagerado do escuro, da escuridão ou da obscuridade.

Mais comum em crianças, a acluofobia pode persistir até a fase adulta, ou ser desencadeada tardiamente através de traumas.

Para que seja considerado patológico, o medo do escuro precisa ser classificado como exagerado, um sentimento incapacitante, um verdadeiro horror à escuridão.

Quando não é patológico, esse medo se dissipa facilmente com o passar do tempo e em alguns anos a criança deixa de sentir medo e pode ter uma vida normal em relação ao escuro.

Uma das consequências físicas que acometem, principalmente as crianças com acluofobia é o mal funcionamento do esfíncter, que é a explicação para aquelas que urinam na cama.

A dificuldade, ou impossibilidade de enxergar no escuro causa o medo e acaba fazendo com que a criança não consiga levantar ou permanecer no escuro, com medo de que exista algo, ou alguém à espreita e como não consegue ver, obviamente não poderá se defender.

Quando o medo começa a ficar mais latente em uma idade um pouco mais avançada, 3 ou 4 anos, várias podem ser as causas da acluofobia, começando pelos próprios pais, ou tutores, que incentivam o medo, falando sobre o “bicho-papão”, homem do saco ou outros bandidos e perigos.

Já no final da infância, filmes de terror ou programas violentos podem fazer a criança ficar assustada e com medo durante a noite. Ela se sente segura com os olhos fechados e tem medo de ao abri-los não conseguir enxergar nada, ou pior, dar de cara com assombrações ou qualquer outra coisa sobrenatural.

Um fato interessante é que a grande maioria dos adultos acluofóbicos, cerca de 85%, são homens. E o medo patológico pode atrapalhar, inclusive, a vida sexual de casais, quando o homem não consegue ficar no escuro e a mulher prefere apagar as luzes.

Em casos muito raros, a patologia pode inclusive levar à morte pelo descontrole emocional, que pode causar falta de ar, arritmia, tremor incontrolável e falta de ar em ambientes escuros e, principalmente, se além de escuros são fechados e pequenos, combinando assim a acluofobia com claustrofobia.

A ansiedade causada pela tensão de que a qualquer momento a luz pode acabar, ou ser obrigado a ficar em um lugar escuro, como uma sala de cinema, por exemplo, pode causar depressão e perda enorme da qualidade de vida, pois o sujeito abre mão de várias atividades por se recusar a sair depois do anoitecer.

O indivíduo portador tem dificuldade ou não consegue sequer dormir sozinho o que causa problema não só para ele, mas para a família e pessoas ao seu redor, além, claro, de ser um fator limitante para atividades pessoais, como viagens longas ou participar de eventos noturnos.

A solução? Terapia! Caso conheça alguém com os sintomas, ou se veja nessas situações, procure ajuda o mais rápido possível e tenha uma vida mais saudável e com qualidade!