Alienação Parental

Em média, são realizados 300 mil divórcios por ano no Brasil, considerando apenas os registrados oficialmente em cartório. Desses, boa parte é consensual e o final da relação é tranquilo e sem maiores problemas.

Contudo, por volta de 100 mil divórcios por ano acabam na justiça e em muitos deles um dos genitores tenta colocar os filhos menores contra o outro. Essa atitude é chamada de alienação parental e nesse momento se faz necessária a presença de um juiz e também profissionais capacitados para ajudar as crianças nesse momento, como os psicólogos.

O bem-estar dos filhos deve ser a prioridade do casal, a separação dos pais não deve impactar na formação e nem na educação e desenvolvimento da criança. Mas para que isso aconteça, a comunicação entre os pais precisa ser cordial, coesa e amena, com diálogo e proximidade.

Como em muitos casos isso não acontece, infelizmente a justiça precisa ser acionada para decidir pelos pais o que deve ser feito pelas crianças.

Por lei, toda interferência na formação psicológica dos filhos promovida ou induzida por um dos genitores é considerada alienação parental.

Mas além dos genitores, a regra se aplica para avós ou tutores que tenham a criança sob sua guarda e que usem dessa proximidade para repudiar os genitores, causar prejuízo ao vinculo estabelecido entre os pais e as crianças, como por exemplo proibir uma das partes de ver o filho, fazer chantagens ou manipulação psicológica para a criança se afastar de uma das partes, entre tantas outras coisas quase inacreditáveis que fazem com as crianças com o intuito de se vingar do seu antigo par.

As consequências para a criança já são grandes em um caso de separação, pois vai mexer com a rotina, causar angústia e trazer medo ou insegurança. Tudo isso já é complicado de carregar, e essa carga ainda aumenta mais quando os filhos se sentem culpados pela separação e uma das partes ainda tenta prejudicar ainda mais a imagem do outro genitor.

Sem pensar verdadeiramente nos filhos, esses pais causam na criança ansiedade, depressão infantil, dificuldade de aprendizado e a própria aversão ao pai ou a mãe, ou aos dois.

Se uma das partes tenta fazer a coisa certa e tirar as crianças do centro do problema, mas a outra insiste em usá-las como munição para a guerra, o que deve ser feito é a procura pelo conselho tutelar mais próximo e a vara da infância e da juventude para buscar informações precisas sobre cada caso e partir para a justiça.

Todo relacionamento está sujeito a um fim, mas não se pode usar uma ou mais vidas para tentar se vingar de um amor fracassado ou conseguir mais dinheiro às custas dos filhos.

Cuidemos de nossas crianças.

Até a próxima semana!