A apraxia da fala é um distúrbio neurológico visto em crianças, principalmente as portadoras do transtorno do Espectro Autista, que impacta diretamente a condição motora responsável pela fala. Isso faz com que a criança tenha dificuldade para se comunicar e pronunciar corretamente desde silabas, até sons e palavras completas.
Em linhas gerais é como se o cérebro perdesse a capacidade de organizar corretamente a ação da boca, ou seja, a criança sabe o que quer falar e como falar, mas o cérebro não consegue enviar essa informação para que exista a pronúncia correta da boca.
Quem olha a dificuldade da criança se comunicar, pode achar que ela não sabe como movimentar a boca, ou os lábios, mas na verdade o que existe é a falha cerebral que gera a comunicação disfuncional.
O distúrbio pode surgir de duas maneiras:
A primeira é a apraxia de desenvolvimento, quando a criança já nasce com ela e apresenta a dificuldade em formar palavras e criar sons desde que sempre.
A segunda é a apraxia adquirida, que surge após o início da comunicação, quando a criança conseguia falar corretamente para o seu nível de desenvolvimento e vai piorando com o tempo.
Pode-se notar que a criança é portadora do distúrbio se algumas das situações listadas abaixo ocorrer, mas nem sempre juntas, nem sempre todas, pois o desenvolvimento de cada criança é único e obedece seu tempo específico.
Se a criança aparenta ter dificuldade em movimentar a língua corretamente, ou;
Dificuldade em pronunciar algumas ou todas as letras;
Comunicação estreita e com vocabulário muito limitado;
Distorção sonora, como dificuldade de imitar pequenos animais e etc.;
Fala atrasada para a idade;
Conversa incompreensível;
Demora para completar frases, com muito tempo de intervalo entre uma palavra e outra.
Esses sinais devem fazer com que os pais procurem ajuda rapidamente.
E a ajuda inicial deve vir do neuropediatra, que vai buscar identificar a origem do problema e orientar a continuidade do tratamento e o grau de dificuldade da criança com a fala.
Posteriormente o profissional da fonoaudiologia será o responsável pela continuidade do processo, preferencialmente e de forma individual, fazendo o melhor possível para que a criança se aproxima do seu potencial máximo de comunicação e assim garantir uma qualidade de vida mais eficiente.
Com a comunicação já em melhor estágio, mas ainda atrasada em relação às outras crianças, a terapia infantil passa a fazer parte do processo para a melhor integração da criança com a escola e a comunidade.
Fique atento à fala das crianças com quem você convive e se necessário, procure ajuda!