Em tese, a assistência social é um direito de todo cidadão e foi criado um sistema (SUAS), cujo objetivo seria garantir a proteção social a todos os cidadãos, suas famílias e a comunidade onde vivem. Através de serviços e benefícios esse sistema deveria ajudar todos a combater suas dificuldades, mas sabemos que, infelizmente, o programa e seus projetos não atingem todos que precisam.
Contudo, os psicólogos que atuam na área de assistência social, onde ela chega, tem papel importante.
Um de seus papéis nessa política pública é o de fazer o indivíduo enxergar e acreditar no seu potencial, mesmo estando em situação de vulnerabilidade social, ou seja, dar suporte e mostrar maneiras para que ele possa superar essas dificuldades e fragilidades por meio de ações e até mesmo doações.
Também é muito importante mostrar caminhos para a prevenção, através de atividades de integração e cobrança por direitos básicos de cidadania, entre eles saúde e higiene.
O profissional trabalha em acompanhamento familiar, onde pode mapear causas e consequências, entender o sistema e amenizar problemas. Desenvolvimento de grupos para pessoas fora da idade profissional, afim de fortalecer os vínculos entre idosos, crianças e suas famílias. Faz visitas às casas para verificar o andamento da situação, entre outras coisas.
O Psicólogo também está presente nos casos de violência, direcionando corretamente as vítimas, acompanhando os demais membros da família e também na tentativa de prevenção e respeito aos direitos fundamentais.
Mas é importante salientar que existem, como sempre, regras e diretrizes a serem seguidas e o terapeuta precisa se adequar a todas elas.
Precisa trabalhar na integração da psicologia com o serviço social visando complementar as ações e conhecimentos das áreas para sempre melhorar o serviço oferecido.
Pela heterogeneidade do Brasil, o profissional deve se adaptar a cada região, suas culturas e costumes para fazer intervenções corretas de acordo com a população, dessa forma será mais produtivo e compreendido na hora de intervir na comunidade.
Outro trabalho importante e interessante é o de identificar e potencializar recursos e pessoas com capacidade de evolução através de intervenções, tanto individuais, como familiares ou até mesmo situações que vão servir para toda comunidade. Com esses trabalhos é possível identificar e criar espaços para a participação e mobilização da sociedade, proporcionando maior autonomia, controle social e minimizando as dificuldades emocionais oriundas da situação de vulnerabilidade que a comunidade se encontra.
E o mais importante, a comunicação, o diálogo, a aproximação da psicologia com o saber popular, valorizando o conhecimento, as experiências e expectativas de todos que moram e formam aquela sociedade.
Obrigado pela leitura e até a próxima semana!