Ludoterapia

A ludoterapia é o atendimento psicológico desenvolvido para o trabalho com crianças. Nele a criança, através de brincadeiras e atividades, vai demonstrar suas características emocionais, possíveis problemas, dificuldades e traumas de uma forma particular e mais fácil, para ela se comunicar.

 O terapeuta, através de sua experiência e conhecimento, vai interpretar os sinais e assim pode ajudar a criança a resolver seus conflitos e melhorar sua integração pessoal e desenvolvimento, seja na escola ou na comunidade.

Não há uma brincadeira específica, tudo parte da criatividade e da vontade da criança, que inconscientemente sabe que estará expressando suas emoções através dos brinquedos. Naquele momento e espaço ela vai expor as situações que conhece, do seu cotidiano, inclusive todas as coisas das quais ela tem medo e que a afligem.

Na personalidade ainda em formação, a criança entende que a linguagem que ela expressa na brincadeira é clara o suficiente para que as pessoas entendam a sua comunicação e expressão e os terapeutas dessa área realmente conseguem interpretar esses sinais e podem trabalhar para informar aos responsáveis como agir em determinadas situações.

É bastante comum às crianças pedirem aos terapeutas que não mostrem seus desenhos ou montagens para os pais, pois têm medo da reação que pode causar, quando, por exemplo, em um desenho fica claro as agressões que ela sofre ou outro membro da família, como a mãe ou irmãos.

Portanto, apesar de não contar sua história de forma verbal. Como fazem os adultos, a criança reproduz, através do brincar, cenas particulares da sua vida.

A maioria das crianças gosta e se apega ao trabalho da ludoterapia e, em diferentes graus, adquire confiança suficiente no terapeuta para se expor, brincando despreocupada com o que pode estar comunicando.

Claro que crianças mais traumatizadas ou amedrontadas pelas relações muito difíceis e sofridas, tendem a se esquivar das atividades, mas nesses casos, o problema não está na criança e ela não vai conseguir melhorar, se seus responsáveis não mudarem o comportamento.

Existem muitas formas de interação entre o terapeuta e a criança, criação de histórias, pinturas, jogos de montar, bonecos e tantas outras possibilidades, cabe a ele decidir como será a melhor forma, respeitando a individualidade de cada criança.

Se precisar de ajuda com as crianças, esse é um ótimo método!

Boa Semana e até a próxima!

Transtorno de Dependência de Tela

É inegável que a tecnologia cada dia é mais importante e presente em nossa vida, mas como todas as coisas boas, o seu excesso pode ser muito prejudicial.

Com a evolução dos smartphones, tablets, computadores e smart tvs e consequentemente seu uso excessivo, um novo transtorno foi identificado, principalmente em crianças, o Transtorno de dependência de tela.

De acordo com a OMS, o ideal seria que até os 18 meses não houvesse nenhum contato das crianças com telas e dessa idade até os 5 anos, no máximo uma hora de tela por dia. Sabemos que, em linhas gerais, o que acontece nos dias atuais é bem diferente. Crianças que até os 5 anos passam mais de 4 horas na frente da TV ou do celular são a maioria e isso pode ser um grave problema no presente e para o futuro.

Os problemas mais comuns que atingem as crianças nessa faixa de idade e já portadoras do transtorno de dependência de tela por uso prolongado de eletrônicos:

– Problemas sono
– Dificuldade de socialização e comunicação
– Desenvolvimento cerebral inadequado
– Variação excessiva de peso
– Problemas de visão
– Dor de cabeça e nas costas

Se não corrigido a tempo, esse comportamento se torna um vício, tão prejudicial quando qualquer outro, com a diferença preocupante que começa cedo demais.

Se a criança logo ao acordar já procura e liga os dispositivos, se alimenta de olho em uma tela, chantageiam os pais fazendo outras coisas apenas se houver a tela como recompensa, evitam atividades externas, entre outras coisas similares, a luz amarela já deve se acender.

Sintomas emocionais são ainda piores, quando o transtorno entra na fase do vício, a criança começa a ser desonesta, mentirosa, fingindo não ter fome para não precisar comer, além de criar ansiedade, sentimento de culpa e solidão. Acabam sendo mais agitadas e preferem atividades solitárias, criando dificuldade de aproximação com outras crianças e pessoas.

Mudam bruscamente o humor quando são afastadas da tela ou quando a atividade preferida, seja um desenho, um filme ou um jogo, acaba.

Estudos, ainda recentes em virtude das novas descobertas, apontam para danos cerebrais a longo prazo, sendo afetadas as partes que controlam os impulsos, planejamento e organização.

Também como em todo vício, a abstinência é dolorida, complicada e traumática, mas se impor e mudar as regras pode ser fundamental para a saúde mental das crianças.

É melhor ficar algum tempo cuidando e lidando com a abstinência do que sofrer no futuro por não ter mais rígido quando podia.

Mais ar livre, menos tela e até a semana que vem!

Diferenças entre TDA e TDAH

Semana passada escrevi para vocês sobre o TDAH, e algumas pessoas perguntaram se TDAH era a mesma coisa que o TDA. Basicamente sim. mas a hiperatividade foi inserida no Transtorno de Déficit de Atenção (TDA) e considerada uma nova doença há apenas alguns anos.

E a diferença entre esses dois transtornos está justamente na hiperatividade.

Crianças portadoras do TDA ficam “aéreas”, com dificuldade de foco e atenção, normalmente sofrem o que hoje chamamos de bullying na escola e por muitas vezes em casa, com os pais ou irmãos, são tachados de “burros”, preguiçosos e etc., quando na verdade precisam de tratamento.

Quando a hiperatividade, a agitação demasiada, a impulsividade, a dificuldade em permanecer sentado e focado nas tarefas faz parte da personalidade da criança. Temos o TDAH.

Os dois transtornos podem acompanhar o indivíduo até a fase adulta, fazendo-o se sentir inferior aos seus colegas de trabalho, prejudicando sua estima e podendo causar outras doenças psíquicas, tais como depressão, mais comum nos casos de TDA e crises de ansiedade nos casos de TDAH.

A origem da doença também é a mesma para os dois casos, indo da genética, com o comprometimento de estruturas da região frontal do cérebro, bem como causas físicas, como problemas na gestação ou até mesmo dificuldades na criação.

O Diagnóstico normalmente é feito multidisciplinarmente com o trabalho de pedagogos, psicólogos, família e demais educadores, e assim também é feito o tratamento, a indispensável terapia e o acompanhamento das demais áreas para a análise da evolução.

Quando tanto o diagnóstico quanto o tratamento são feitos apenas na fase adulta, o comprometimento dos indivíduos já é bem maior, contudo, ainda é possível amenizar os problemas e fazer com que a vida se aproxime da melhor maneira possível da normalidade.

Conhece alguém ou se vê em algumas destas situações? Procure Ajuda!

TDAH

TDHA é a sigla para o Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade.

Diferente do que podemos imaginar, o TDAH surge na infância, mas pode acompanhar o indivíduo por toda sua vida, portanto, inclusive na fase adulta.

Estima-se de 3% a 5% o número de crianças portadoras do transtorno, cujos sinais mais comuns são agitação, dificuldade de foco, falta de atenção, uma criança que não consegue parar quieta.

Muitas pessoas entendem esses comportamentos como comuns e isso dificulta a descoberta e consequentemente o tratamento do transtorno.

O TDHA é um transtorno neurobiológico, portanto os portadores têm alterações na região frontal do cérebro e em suas conexões com as outras regiões. Essa região é a responsável pelo superego, ou, se você preferir, na inibição de comportamentos sociais inadequados para a região cultural em que o indivíduo vive. As conexões dessa parte do cérebro também são responsáveis pela memória, atenção, planejamento e etc.

Como escrevi no começo do artigo, existem vários sintomas que nos permitem diagnosticar o TDAH, em idade escolar a dificuldade na escola, tanto no aprendizado como na relação com os professores e colegas. Em casa com a falta de foco para as tarefas e relação difícil com os pais ou tutores. O TDAH atinge proporcionalmente mais meninos do que meninas.

Quando evolui para a adolescência, o TDAH se caracteriza por grande dificuldade em obedecer e aceitar regras e limites.

Na fase adulta o diagnóstico se dá pela falta de memória, dificuldade de organização e planejamento além da impulsividade.

A doença evolui em conjunto com o paciente, ou seja, uma criança com TDHA pode ser hiperativa, se tornar um adolescente sem limites e acabar um adulto impulsivo.

Na fase adulta, pelo desconhecimento do transtorno e falta de tratamento o TDAH pode evoluir para depressão, tabagismo e abuso de álcool ou drogas.

Algumas das características do TDAH são muito comuns em pessoas saudáveis, justamente por isso existe uma dificuldade em confirmar o transtorno. Para que esse diagnóstico seja feito, é preciso que pelo menos 6 dos sintomas estejam presentes ao mesmo tempo. Para isso, é fundamental a ajuda e honestidade dos pais e entrevistas com os professores e demais educadores. Ao todo, são 18 os sintomas analisados. Para o adolescente ou adulto, 5 sintomas concomitantes já são suficientes para decretar o transtorno.

O tratamento varia de acordo com demais comorbidades ou doenças mentais associadas, mas via de regra é feito via terapia, preferencialmente em conjunto com a pedagogia e em alguns casos com medicação, a mais comum, ritalina e em adultos antidepressivos.

Há muitas causas relacionadas ao histórico da doença e a hereditariedade é uma delas, mas sem esquecer de possíveis dificuldades na gestação, conflitos familiares entre outros.

Você apresenta ou conhece crianças que possuem alguns desses sintomas? Peça ajuda!

Boa Semana para todos!

Melanie Klein

Austríaca, nascida em 1882 no meio de uma família ortodoxa, mas disfuncional, Melanie Klein teve uma infância e adolescência muito complicadas, cheia de lutos e sofrimento, o que provavelmente a ajudou no caminho da psicanalise.

Através de outro psicanalista, Sàndor Ferenczi, ela teve o primeiro contato com a obra de Freud e se assumiu freudiana nos seus primeiros anos de trabalho.

Mas se opôs há muitos pontos de vista, sobretudo em relação à Anna Freud e quando se deu conta tinha vários artigos escritos e uma nova teoria, sobretudo com relação à psicologia infantil. Nascia, por acaso, a teoria Kleiniana já com vários adeptos pela Europa.

O primeiro impacto da Teoria de Klein refere-se aos bebês, logo após o nascimento, o que ela chama de vida pós-uterina.

Para ela, os bebês nascem com dois sentimentos básicos, amor e ódio. Isso se materializa no seio materno, que ele vê com amor quando o alimenta e com ódio quando ele quer ser alimentado, mas não recebe o seio no momento em que deseja. Ela deu nome de seio-bom e seio-mau para essas situações.

Um dos ditos avanços da teoria de Klein à época foi a identificação de um mecanismo que ela chamou de “Identificação projetiva”, no qual o bebê, apesar de não ter o ego já pronto, possui um precursor, uma forma mais resumida dele, que é capaz de sentir e se defender da ansiedade através de projeções (para fora) e introjeções (para dentro), dessa forma, não apenas os medos ou fantasmas da infância são colocados para fora, mas também traços de personalidade que são projetados no mundo de outras pessoas, comumente os pais. Por outro lado, os bebês são aptos a receber partes da personalidade de outras pessoas, o que explica parte das nossas vidas serem vividas de acordo com a personalidade de outras pessoas.

A vasta obra de Melanie Klein, em 35 anos de trabalho, propicia aos psicanalistas ainda muitos outros conceitos, como o de ansiedade persecutória, quando o bebê ainda não consegue entender que o seio-bom e o seio-mau são o mesmo seio e ele imagina que o seio-mau vai se vingar dele em virtude do ódio que o é dirigido pela criança. Esse medo, essa reação ao que ele pensa ser um perigo se chama, em psicologia, de defesa e é a mesma que nos protege até a fase adulta, quando, por exemplo, corremos em fuga de um animal selvagem ou de uma pessoa que consideramos suspeita. O conjunto dessas defesas e suas ansiedades persecutórias ganhou de Klein o nome de “posição-esquizoparanóide”.

Assim como os explicados acima, existiram muitos outros termos e teorias desenvolvidas por ela, que é provavelmente a mais famosa e com a teoria psicanalítica mais utilizada no desenvolvimento infantil.

Para saber mais é possível encontrar boa pare de suas obras traduzidas para o português, mas uma explicação fundamentada nas aulas de Psicologia da Personalidade na faculdade de psicologia é fundamental.

Boa Semana!

Vygotsky

Nascido em 1896 na Bielo-Rússia, Vygotsky foi um dos grandes expoentes dos primórdios da Psicologia, Lev Vygostky, que infelizmente teve uma vida muito curta, foi um pensador complexo, com vistas principalmente às relações sociais e o desenvolvimento intelectual.

A teoria originada pelos estudos de Vygostsy hoje é chamada de socioconstrustivismo e se baseiam na relação das pessoas com os seus ambientes.

Uma de suas frases é bem enfática neste ponto: “Na ausência do outro, o homem não se constrói homem.”, o que significa um posicionamento contrário à todas teorias inatistas, ou seja, que a pessoa já nasce com todas as características de personalidade que vai desenvolver durante toda a sua vida.

Para Vygotskya formação da personalidade acontece de acordo com a relação entre o Homem e a sociedade, como um todo, ao seu redor e ele completa com outra frase bem interessante, “O homem modifica o ambiente e o ambiente modifica o Homem”, portanto é essa interação que cada pessoa cria com o ambiente em que vive é determinante para a personalidade que será formada. A isso ele deu o nome de “Experiência Pessoalmente Significativa”.

Para ele os processos mentais mais complexos é que diferenciam os humanos de outros animais e essa diferença acontece em virtude do aprendizado, que vai ajudar na formação da consciência e do discernimento.

Sabemos que os humanos nascem com várias capacidades, como por exemplo a fala, mas sem a convivência com outras pessoas, a fala não se desenvolve.

Vygotsky também incluiu o termo “mediação” em sua teoria na qual ele acredita que a relação do sujeito com o mundo é feita por meio de instrumentos, que podem ser concretos, como tratores para a agropecuária e abstratos, como a linguagem. Ambos servem para transformar, seja a natureza, seja a relação do sujeito com sua comunidade.

Tudo isso deixou muito claro para Vygotsky a importância da educação do indivíduo e consequentemente a participação dos pais e professores no desenvolvimento das habilidades e personalidade deles.

Essa percepção é outro diferencial da teoria de Vygotsky, pois em algumas teorias, como a de Jean Piaget, que acreditava ser a criança a condutora do seu aprendizado, sendo a escola apenas um facilitador. Para o bielo-russo todo primeiro contato de uma criança com uma nova atividade, habilidade ou informação deve ser conduzida por um adulto. Após esse primeiro contato é que a criança pode se apropriar do conhecimento ou procedimento e se tornar independente em relação a eles e aos adultos.

Mesmo após mais de 70 anos de sua morte, sua teoria ainda é muito estudada e praticada por psicólogos ao redor do mundo. Boa Semana à todos e até o próximo artigo!

Psicologia Infantil

Psicologia Infantil é a especialidade da Psicologia que acompanha os processos mentais característicos das crianças.
Nas idades mais tenras as descobertas e mudanças nas crianças são diárias e por vezes é difícil e até confuso para os adultos entender e acompanhar o ritmo dessa evolução.

É primordial entender que a criança está em processo de formação da sua personalidade e é preciso respeitar esse processo, entendendo a criança como um ser individual, apesar de sua relação com os pais ou tutores.

O objetivo do trabalho é exatamente trabalhar com o aprendizado, as emoções e percepções, para avaliar e validar se estão de acordo com o esperado para cada faixa de idade.

A Psicologia Infantil trabalha para entender as formas da criança falar, sentir, aprender, imaginar e de que maneira está construindo suas relações com os pais e o meio.
Cada criança tem sua forma individual de interagir com cada característica, e esse conjunto de respostas pode detectar conflitos ou problemas em casa ou com os colegas e tem por objetivo transformar os comportamentos nocivos ou prejudiciais às crianças, normalmente necessitando de mudanças de comportamento das pessoas que convivem com ela.

As atividades realizadas nas sessões em geral são lúdicos, que permitem o entendimento de forma mais simples para a criança e também são adaptáveis, para cada tipo de situação e contexto.

O grande benefício da terapia infantil é que ao lado de um profissional a criança tem maior facilidade para cumprir as etapas de desenvolvimento esperadas para cada fase, criando, assim, independência, para aquilo que já pode ser independente e principalmente, dando início à formação da autoconfiança, que sabemos ser fundamental na fase adulta.

Caso a criança tenha passado, ou esteja passando por algum evento traumático, é ainda mais importante o trabalho, pois normalmente elas tem grande dificuldade de se expressar e externar seus sentimentos e o trabalho com o profissional da psicologia vai fazer com que essa comunicação aconteça de forma mais natural.

Portanto, a psicologia infantil tem vários aspectos positivos e não há um “tipo” de criança que precisa de atendimento, podendo os pais levarem seus filhos para a terapia, mesmo que não exista nada visivelmente que possa o estar incomodando, mas simplesmente para ajuda-lo na sua evolução e crescimento!

Obrigado pela visita ao blog e boa semana!

Anorgasmia

Para muitas pessoas, mulheres sobretudo, falar sobre sexo e suas variáveis ainda é um tabu muito grande e isso precisa ser respeitado.

A sexualidade envolve muitas coisas além do sexo em si, questões sociais, educacionais e até mesmo religiosas e todo ponto de vista deve ser analisado cuidadosamente.

Para muitas pessoas a relação sexual ainda é apenas uma forma de procriar, continuar a vida e não tem nenhuma conotação com prazer, pelo contrário, para muitas pessoas o prazer é visto como pecado.

E também existem as pessoas que enxergam o sexo como uma atividade prazerosa e quando feito com as precauções necessárias, tem tudo para ser mesmo.

Mas, há também um terceiro grupo, aquele em que as pessoas gostariam de sentir prazer, mas não conseguem. Não sabem como.

Essas pessoas tem uma doença chamada anorgasmia, que é a dificuldade extrema, ou total incapacidade de chegar ao orgasmo.

Mesmo com a intensidade, excitação e todos os estímulos normais, o sujeito não consegue chegar ao êxtase e isso causa enorme frustração e consequentemente queda na libido, diminuição do desejo e problemas emocionais.

Apesar de ocorrer com homens, acredita-se que 90% dos casos de anorgasmia aconteça com as mulheres e, para organizar, a doença é chamada de anorgasmia feminina.

E a doença é muito mais frequente do que se imagina. Cerca de 35% das mulheres não tem, ou fingem ter o orgasmo durante a relação.

O orgasmo é uma reação física, que começa com a aceleração cardíaca que despeja adrenalina no corpo. O Cérebro, por sua vez, secreta substâncias ativadoras de regiões que são o centro das sensações de prazer,

Cada indivíduo precisa de um tempo, estímulos e intensidades diferentes para chegar ao orgasmo.

A anorgasmia pode ser causada por características físicas, como por exemplo o envelhecimento natural, condições médicas, como a diabetes, cirurgias ginecológicas, uso de medicamentos psicotrópicos, entre outras coisas, mas comumente os problemas que causam a anorgasmia são emocionais.

O campeão nesse aspecto está ligado à religião e crenças culturais e familiares. Nesses casos, sentir prazer pode trazer culpa por estar desfrutando de algo que é considerado “pecado”. Também é muito comum pelo medo, por estar em uma situação que a própria pessoa enxerga como errada e não vai ter coragem de contar e acaba vivendo com medo de ser descoberta.

Outro ponto está dentro do próprio relacionamento, depois de brigas, discussões ou no meio de uma turbulência afetiva, é mais difícil sentir prazer.

Por fim, a baixa autoestima, que faz o sujeito não aproveitar o momento e ficar pensando que está sendo usado, ou que não merece estar passando por aquele momento.

Em suma, para chegar ao orgasmo é fundamental estar com a cabeça boa, a mente aberta e preparada para sentir prazer.

E esse assunto pode ser delicado, uma conversa que não pode se ter com qualquer pessoa.

Para ajudar a resolver o problema, procure profissionais da psicologia. Orientação e resolução dos problemas emocionais vão fazer você sentir capaz de chegar ao prazer que todos merecem!

Boa Semana!

Transtorno de Conversão

Ainda nos dias de hoje é comum ouvirmos pessoas chamando, de forma pejorativa, outras de histéricas, mesmo que o termo histeria tenha desaparecido dos manuais de psicologia e psiquiatria.

Tratamos da histeria hoje como transtorno de conversão, ou transtorno dissociativo conversivo.

Esse distúrbio é uma condição em que o sujeito manifesta sintomas, dores ou perda de sentidos, sem nenhuma explicação física.

Normalmente o início dos problemas se dá após situações de estresse, problemas emocionais ou transtornos mentais, tais como a depressão e crises de ansiedade.

Na maioria das vezes é uma condição que limita apenas o paciente e não há medicamento eficaz, uma vez que na verdade as dores ou sensações percebidas por ele, efetivamente não existem, ficando, portanto, a terapia como o único método eficaz de tratamento.

Contudo, em casos mais graves, nos quais o paciente possa se irritar a ponto de ficar agressivo por não aceitar os resultados de exames ou análises científicas, ele pode ser hospitalizado para se acalmar.

É possível perceber que diagnosticar esse transtorno é algo difícil, antes de chegar a essa conclusão é necessário que sejam feitos muitos exames clínicos para descartar todas as possibilidades de problemas físicos levantados pelo paciente e também testes psiquiátricos para excluir outros transtornos que demandariam medicação. É aconselhável que pessoas conversivas tenham sempre um médico de confiança, que os faça acreditar que não há problema, por mais que as sensações sejam reais.

O grupo mais atingido pela doença são mulheres jovens, entre 20 e 50 anos, mas, claro podem atingir todos os outros grupos, sendo muito raro em crianças.

O maior problema causado por esse transtorno é sofrimento emocional, a dúvida constante entre o que sente e o que é efetivamente real e por consequência, o risco de não reportar algo realmente grave por pensar que é mais uma reação psíquica que o acomete.

Os sintomas são os mais variados possíveis, desde cegueira até calafrios e palpitação. Perda de equilíbrio, tontura, paralisação de membros, dificuldade em se alimentar, entre tantos outros e sempre com a mesma característica, nenhuma explicação física, resultados de exames negativos e etc.

O tratamento, como escrevi acima, é psicológico, terapia e a mais indicada é a comportamental. Descobrir a causa do estresse ou problema emocional que desencadeou o problema, trabalhar a depressão ou crise de ansiedade, fazendo assim com que o sujeito tenha de volta a noção do que real e o que é imaginário.

Não há muitas formas de se prevenir contra essa doença, mas tentar ao máximo aumentar a qualidade de vida, se preocupando apenas com o que é de cada um, alimentação correta e saudável e exercícios físicos para controlar o estresse ajudam sempre.

Boa Semana!

Remorso

O remorso é um dos sentimentos mais difíceis de experimentar, que traz danos graves emocionalmente e prejudica de forma perigosa o andamento da vida das pessoas.

Assim como qualquer sentimento, o remorso é incontrolável e não há como se desviar dele, exceto em casos de personalidades com algum tipo de transtorno, como psicopatia, por exemplo.

Podemos definir o remorso como sendo uma tristeza profunda que é sentida quando uma pessoa sabe, ou acredita que causou um dano irreparável para alguém, quando desobedecem conscientemente a uma conduta moral que vai afetar outra pessoa.

É importante, também, destacar que remorso não é arrependimento. O arrependimento está ligado a um “fracasso” pessoal, quando uma atitude tomada pela pessoa não atinge o resultado esperado, enquanto o remorso está sempre ligado ao outro, a um sujeito diferente, ou na ausência de atitude perante ele e não a si mesmo.

Até por isso, o remorso mostra uma humanidade em quem cometeu o erro, uma certa dignidade por perceber sua atitude, mas que não muda o fato em si do erro cometido.

A situação mais comum onde o remorso aparece é no luto. Pessoas que se culpam por não ter aproveitado ou passado mais tempo com os pais, avós ou outros familiares se desesperam na hora da despedida. Indivíduos que criaram intrigas, alimentaram o ódio ao invés do amor por seus pais, se afastaram e quando recebem a notícia são destruídos eternamente porque não puderam pedir perdão, não puderam se despedir ou dizer “Eu te Amo” pela última vez.

O fantasma do remorso estará em todas as lágrimas e o tempo vai ter muito trabalho para fazer com que as coisas entrem nos eixos.

Contudo, não podemos achar que tudo vai causar remorso. É preciso saber muito bem distinguir chantagem emocional, abuso e outras situações que deveriam causar remorso no agressor, mas acabam gerando uma culpa na vitima que pode sentir remorso indevidamente quando faz alguma coisa que desagrada, ou que o outro diz que o desagradou.

Não podemos carregar culpa pelas palavras e atitudes de outras pessoas, pois conviver com um remorso que não deveria existir é pesado demais para quem já teve que liar com pessoas tóxicas.

Nesses casos, a terapia tende a ser ainda mais demorada, até o profissional conseguir mostrar a verdade e fazer com que a culpa e consequentemente o remorso saiam daquela mente tão sofrida.

A melhor maneira de evitar o remorso é controlar a impulsividade, valorizar o pensamento anterior às atitudes e aprender um pouco mais sobre o amor incondicional e o respeito e empatia aos próximos.

Fiquem todos bem e em paz. Até semana que vem