Traumas

Todos os dias milhares de acontecimentos, no mundo todo, causam traumas psicológicos em milhares de pessoas.

Dos mais simples, aos mais graves, os traumas são responsáveis por grande parte dos transtornos psicológicos ou problemas emocionais das pessoas.

Mas o que é um trauma emocional ou psíquico?

De acordo com o meu ponto de vista, a melhor explicação é a da Associação Americana de psiquiatria:

“(…) a experiência pessoal de um acontecimento que envolve a morte ou ameaça de morte ou ferimento grave, ou ameaça à integridade física; ou testemunhar um acontecimento que envolve a morte, ferimento ou ameaça à integridade de outra pessoa; ou ter conhecimento de uma morte inesperada ou violenta, ferimento grave ou ameaça de morte ou doença grave num familiar ou amigo próximo (…). A resposta da pessoa ao acontecimento tem de envolver medo intenso, impotência ou horror (…)” (DSM, p. 424).

Como podemos perceber, os traumas são muito mais comuns do que gostaríamos, mas praticamente inevitáveis. É muito factível dizer que ao menos 90% das pessoas já passaram por algum tipo de situação traumática.

Psicologicamente essas situações são divididas entre situação de estresse e trauma de acordo com a forma que cada indivíduo consegue reagir e conviver socialmente depois do fato ocorrido.

Quando efetivamente chamamos de trauma, o bem-estar do sujeito fica comprometido, limitando-o em diversas situações de acordo com o seu estado emocional.

Essa intensidade vai variar de acordo com a situação vivida, uma pessoa que sofre abuso na infância tende a “esconder” essa lembrança no seu inconsciente mais profundo, contudo, mesmo sem lembrar ou entender porque, ela trará consigo as cicatrizes desse passado e terá provavelmente dificuldade em se relacionar com outras pessoas, medo exacerbado, entre outras possibilidades.

Alguém que presencia ou vivencia um acidente pode adquirir síndrome do pânico, ter dificuldade para realizar tarefas externas, entre outras coisas.

Se o indivíduo sofre um sequestro, fica preso por muito tempo em algum lugar escuro, perde toda a família ou qualquer situação semelhante, pode desenvolver ilusão ou esquizofrenia.

E temos muitos outros exemplos e possibilidades que vão criar traumas e com várias intensidades, mas todos precisam ser cuidados, trabalhados e resolvidos, para que as pessoas tenham condição de retornar com qualidade de vida ao convívio social.

E nada melhor ou mais eficiente para isso do que o trabalho com um psicólogo em sessões individuais de terapia.

Cuidem-se e até a próxima semana!

Janeiro Branco

Assim como em outras campanhas anuais, como os mais conhecidos Outubro Rosa e Novembro Azul, o Janeiro Branco tem o objetivo de chamar a atenção para que as pessoas possam se conscientizar sobre um problema bastante grave e recorrente no mundo todo, a saúde mental.

Conhecemos muitos transtornos e doenças mentais, sobre as quais escrevo aqui com frequência para todos vocês, mas, diferente do que se possa pensar, a saúde mental não está relacionada à simples ausência dessas doenças ou transtornos.

Uma pessoa pode não apresentar nenhum sintoma grave de doença ou transtorno e mesmo assim não ser saudável emocionalmente.

Então, o que é saúde mental?

Podemos definir como sendo a maneira que cada pessoa consegue reage aos desafios, exigências e mudanças cotidianas do dia-a-dia e de que forma ela consegue lidar com todas as suas emoções.

A vida é uma “gangorra”, cheia de bons momentos e maus momentos, dias tensos e mais calmos, tristes e divertidos e o jeito que conseguimos lidar com essas frequentes mudanças é que define a nossa saúde mental.

Como vimos, uma pessoa sem nenhum transtorno pode não ser emocionalmente saudável e essa qualidade de vida emocional ruim, pode sim ser a causa, a origem de doenças que podem surgir.

E não é fácil, principalmente nos dias atuais, ter boa saúde mental. E desde o começo da pandemia sabíamos que seria assim. Muitas preocupações diferentes surgiram e cada pessoa tem sua maneira particular de lidar com cada situação:

Medo
Ansiedade
Depressão
Stress
Finanças
Solidão
Ausência do próprio espaço

Uma série de conflitos internos e externos, de busca de informações, de situações novas com as quais nunca precisou lidar antes.

Dúvida entre excesso de informação e alienação, entre tantas outras questões.

Tudo isso que listei, já acontece normalmente, desde sempre, mas não ao mesmo tempo e com tantas pessoas de uma só vez.

Justamente por isso é tão importante cuidar da saúde mental ainda mais nesse período.

O Janeiro Branco vem, também, para fazer com que tabus e preconceitos sejam aos poucos quebrados, para que as pessoas compreendam a beleza e a necessidade de fazer terapia, de entender, conhecer e aceitar o seu próprio “eu” e encarar de forma mais positiva e assertiva os problemas.

E Janeiro é um mês simbólico para isso, é o momento onde as pessoas gostam de fazer novos planos, preparar recomeços, escrever novas histórias da própria vida.

É nossa oportunidade de ajudar muitas pessoas que não conhecem, tem medo ou vergonha, de mostrar suas fragilidades e fazer com que todas entendam que todos nós somos frágeis e que é muito difícil não “quebrar” se não melhorarmos nossa estrutura interna.

Compartilhe essa ideia com as pessoas que você admira, que são importantes para você e que precisam, com certeza de ajuda!

A consciência da necessidade de melhorar a saúde mental é o primeiro passo para uma humanidade melhor.

Feliz Ano Novo, Feliz Vida Nova!

Sociologia

Uma ciência situada dentro do conjunto das ciências humanas, cujo objetivo é estudar, entender e classificar as formações sociais, comunidades e outros agrupamentos humanos, para que outras ciências e técnicas possam apresentar propostas de intervenção social que propiciem melhorias nesses grupos sociais.

Quase todos os profissionais e pesquisadores de quase todas as áreas necessitam de teorias apresentadas pela sociologia para poder montar, analisar e depois estudar os dados apresentados por essas pesquisas.

A sociologia estuda a sociedade, mas é um enorme engano achar que essa é uma tarefa simples, na verdade é ao contrário. A sociologia é uma ciência complexa que compõe a área das ciências sociais e estuda as relações humanas na sociedade.

 

Assim como a antropologia e a ciência política, é a sociologia que pode descobrir os mecanismos de funcionamento das sociedades humanas, e entendê-los para oferecer modelos de intervenção social aplicadas às ciências sociais, como, por exemplo, as ciências jurídicas.

 

O objeto básico de estudo da sociologia é, claro, o que chamamos de sociedade.

Contudo, ao especificarmos nossa compreensão dessa ciência, percebemos que existem alguns focos específicos de estudos que nos ajudam a compreender quais são os seus objetivos.

Primeiramente é fundamental destacar que a sociologia estuda para tentar entender a sociedade em seus mais amplos e variados aspectos.

 

E mais especificamente, podemos dizer que ela tenta compreender o comportamento humano em grupos, nas relações sociais e com base na sua relação individual com o meio e com as associações que cria com o passar do tempo.

 

Com base nisso, a Sociologia estabelece campos de estudos precisos da que cobrem variadas áreas das sociedades humanas e da interação humana com o meio.

 

Mas esses são apenas alguns dos pintos dessa ciência fundamental, importante e que aos poucos vai sendo ignorada por governos que gostam de disseminar ignorância e espalhar mentiras, ao invés de plantar a semente do conhecimento em nossos jovens.

 

Desejo à todos um ótimo 2021 e em breve nos vemos de novo!

Alcoolismo

Talvez você não saiba, mas quando a sua cervejinha diária passa a ser uma necessidade e você se sente pressionado a ponto de não conseguir pensar em como prosseguir com seu dia se não tomar uma dose, você está doente.

Sim, doente, pois o alcoolismo, também conhecido como síndrome da dependência do álcool, é considerado uma doença de acordo com a Organização Mundial de Saúde e não é uma doença simples, ao contrário, é bem grave e compromete seriamente órgãos vitais e pode levar facilmente uma pessoa à morte.

Além das consequências físicas, também traz consigo muitos problemas emocionais, tanto para o viciado, como para as pessoas ao seu redor, seja no ambiente familiar ou o profissional.

Claro que tomar uma cerveja no fim de semana com os amigos, ou uma taça de vinho em uma noite para acompanhar uma refeição não torna uma pessoa dependente do álcool e é essa uma das diferenças entre quem aprecia bebidas alcoólicas e quem depende delas, a tolerância e o controle. O dependente perde o controle com facilidade, vai aumentando o consumo com frequência e perde a normalmente tende a achar que não está fora de si, pois já se acostumou com aquele estado físico.

Você pode começar a se preocupar, consigo ou com pessoas queridas, quando percebe que existe uma compulsão, ou seja, uma necessidade, um desejo incontrolável de beber.
Depois, ou concomitantemente, percebe que não consegue mais controlar o consumo, ou seja, começa a beber e só para quando cair ou quando não houver mais nada naquele momento para beber.

E por fim, quando começa a perceber fisicamente sintomas ligados à abstinência, como acontece também com outras drogas, ou seja, náusea, suor, tremores e ansiedade que vão aumentando até que o indivíduo comece a beber novamente.

Outro fator para ficar atento é a dificuldade do sujeito aceitar que é dependente e de se perceber afetado pelo álcool. Muitos perdem completamente a noção e tentar “enganar” pessoas próximas escondendo a bebida e tentando conversar como se estivessem sóbrios, quando na verdade qualquer um pode perceber sua alteração.

Quando sóbrias as pessoas dependentes do álcool têm consciência que deveriam diminuir o consumo, se sentem mal, culpados por não ter controle sobre seus atos, mas esses sentimentos não são fortes o suficiente para impedir a primeira dose.

Pessoas próximas criticam seu comportamento e mesmo assim nada muda. Por vezes a necessidade do álcool é tão urgente que a primeira coisa que o sujeito faz pela manhã não é tomar café e sim ingerir uma bebida alcoólica.

Quando a pessoa chega nesse estágio, é imperativo conseguir ajuda, pois o próximo passo é a destruição física e emocional completa.

Fique de olho, não deixe que uma cervejinha recreativa se torne um pesadelo para você e para todos ao seu redor!

Psicodrama

Resolver seus problemas com criatividade e espontaneidade pode ser uma ótima solução e é isso que acontece quando você procura a terapia regida pelo psicodrama.

Criado pelo romeno Jacob Moreno, por volta de 1925, esse tratamento quase centenário procura facilitar o contato do paciente com suas próprias emoções o transformando em protagonista de uma “peça de teatro”, onde ele é o protagonista e o psicólogo o diretor.

Além de psicólogo, Moreno foi médico e filósofo, além de um apreciador de teatro.

E a teoria que ele desenvolveu hoje é utilizada não só no tratamento de indivíduos e grupos, mas também em dinâmicas empresariais, nas escolas, comunidades ou qualquer outro grupo.

A metodologia utilizada pelo Psicodrama consiste em manejo e intervenções com foco na criatividade e espontaneidade dos pacientes. O psicólogo especialista e diretor das encenações é chamado de psicodramatista.

O objetivo da teoria é levar o sujeito a entrar em contato com questões que estejam dificultando seu cotidiano, por falta de espontaneidade e criatividade.

Cada peça cria uma nova experiência, estimulando respostas criativas e espontâneas para futuros acontecimentos da vida real. O papel do psicodramatista é coordenar todo esse processo, utilizando todas as ferramentas disponíveis na teoria.

Todo sujeito possui espontaneidade e criatividade desde crianças, de forma inata, mas ambas sofrem alterações ou até mesmo desaparecem de acordo com a educação, o meio social e familiar ou a forma que a personalidade se desenvolve.

O Psicodrama torna possível que o sujeito busque no seu âmago e nas entranhas do seu inconsciente sensações que permitem uma recriação ou alteração da personalidade e o reestabelecimento da criatividade e da espontaneidade, fazendo com que os pacientes desenvolvam ferramentas internas para lidar com os problemas do dia a dia que o levaram a iniciar o atendimento.

Amparado pela teoria e pela prática, o diretor de Psicodrama trabalho com o aqui e agora, para a liberação da espontaneidade e da criatividade do indivíduo. Combinando intuição e compreensão subjetiva, busca criar um ambiente para a investigação, onde todos os envolvidos tem um papel importante.

Existe um vasto e consistente caminho teórico que o psicodramatista deve percorrer, munindo-se de um arsenal de técnicas que usará em sua atuação profissional. Assim, há um campo aberto de possibilidades na utilização do Psicodrama, seja nas terapias, na área social, educacional ou empresarial.

É uma opção bastante interessante para quem procura um tipo de atendimento diferente, mas tão eficiente quanto a terapia tradicional.

Terapia em Grupo

Uma boa alternativa para a terapia individual, é a terapia em grupos.

Ainda não há viabilidade para o atendimento on-line em grupos, apesar de sabermos haver tecnologia disponível, mas por enquanto, os encontros precisam ser presenciais.

A terapia em grupo é bastante indicada para pessoas com timidez, problemas com a comunicação, que tem dificuldade para falar de si mesmos e expor seus sentimentos.

Os primeiros passos são difíceis, justamente pelos motivos que a fazem ser indicada, pois falar e se abrir com estranhos é um processo que demanda tempo, confiança e coragem.

Os grupos são compostos por pelo menos três pessoas e não devem passar de dez pessoas, caso o espaço permita esse número de participantes.

Assim como na terapia convencional, os encontros são semanais, mas com uma duração maior, na maioria dos casos 90 minutos.

Além de compartilhar seus problemas e dores, a terapia em grupo proporciona aos participantes troca de experiências e principalmente encontro de apoio por parte de todos os pacientes.

Cabe ao psicólogo, além de conduzir e mediar as sessões, apoiar os participantes e cuidar para que no grupo não existam pessoas destrutivas, ou mal intencionadas, que queiram fazer parte dele apenas para menosprezar ou desrespeitar os demais participantes.

Isso é muito importante, porque a maior dificuldade das pessoas em procurar esse tipo de atendimento é justamente a vergonha ou medo de expor seus sentimentos e um indivíduo destrutivo pode acabar de vez com a estima deste participante.

Com o tempo e com a empatia entre os participantes, o medo e a dificuldade se dissipam e todos do grupo se mostram dispostos a ouvir, ajudar e fundamentalmente, não julgar. É comum, com o passar das sessões, que os pacientes percebam problemas similares entre si e isso facilita a compreensão, aceitação e entendimento dos problemas.

Existem também grupos já pré organizados em que os pacientes obrigatoriamente são colocados juntos por terem a mesma questão para ser resolvida, como por exemplo grupo de pacientes obesos em busca de ajuda para cuidar da saúde, grupo de gestantes que tiveram depressão pós parto depois do primeiro filho, grupo de pessoas recentemente enlutadas e etc.

Além de todas essas vantagens, ainda existe a questão do custo mais baixo por paciente. O valor pago por cada um é por vezes 1/3 do valor pago na sessão individual.

A terapia em grupo é uma boa maneira de se conectar consigo, interagir com outras pessoas e se cuidar de forma mais econômica!

Boa Semana!

Assistência Social

Em tese, a assistência social é um direito de todo cidadão e foi criado um sistema (SUAS), cujo objetivo seria garantir a proteção social a todos os cidadãos, suas famílias e a comunidade onde vivem. Através de serviços e benefícios esse sistema deveria ajudar todos a combater suas dificuldades, mas sabemos que, infelizmente, o programa e seus projetos não atingem todos que precisam.

Contudo, os psicólogos que atuam na área de assistência social, onde ela chega, tem papel importante.

Um de seus papéis nessa política pública é o de fazer o indivíduo enxergar e acreditar no seu potencial, mesmo estando em situação de vulnerabilidade social, ou seja, dar suporte e mostrar maneiras para que ele possa superar essas dificuldades e fragilidades por meio de ações e até mesmo doações.

Também é muito importante mostrar caminhos para a prevenção, através de atividades de integração e cobrança por direitos básicos de cidadania, entre eles saúde e higiene.

O profissional trabalha em acompanhamento familiar, onde pode mapear causas e consequências, entender o sistema e amenizar problemas. Desenvolvimento de grupos para pessoas fora da idade profissional, afim de fortalecer os vínculos entre idosos, crianças e suas famílias. Faz visitas às casas para verificar o andamento da situação, entre outras coisas.

O Psicólogo também está presente nos casos de violência, direcionando corretamente as vítimas, acompanhando os demais membros da família e também na tentativa de prevenção e respeito aos direitos fundamentais.

Mas é importante salientar que existem, como sempre, regras e diretrizes a serem seguidas e o terapeuta precisa se adequar a todas elas.

Precisa trabalhar na integração da psicologia com o serviço social visando complementar as ações e conhecimentos das áreas para sempre melhorar o serviço oferecido.

Pela heterogeneidade do Brasil, o profissional deve se adaptar a cada região, suas culturas e costumes para fazer intervenções corretas de acordo com a população, dessa forma será mais produtivo e compreendido na hora de intervir na comunidade.

Outro trabalho importante e interessante é o de identificar e potencializar recursos e pessoas com capacidade de evolução através de intervenções, tanto individuais, como familiares ou até mesmo situações que vão servir para toda comunidade. Com esses trabalhos é possível identificar e criar espaços para a participação e mobilização da sociedade, proporcionando maior autonomia, controle social e minimizando as dificuldades emocionais oriundas da situação de vulnerabilidade que a comunidade se encontra.

E o mais importante, a comunicação, o diálogo, a aproximação da psicologia com o saber popular, valorizando o conhecimento, as experiências e expectativas de todos que moram e formam aquela sociedade.

Obrigado pela leitura e até a próxima semana!

Equoterapia

A Equoterapia é um método relativamente novo, no qual cavalos são utilizados como facilitadores para a melhora nas áreas social e física, nas quais ele auxilia o desenvolvimento mental, físico e esportivo em crianças e adultos com transtornos, deficiências ou necessidades especiais.

A equitação exige do indivíduo o uso de todo seu corpo, o que contribui para a força muscular, relaxamento mental, conhecimento do próprio corpo e limites, além de trazer muitos ganhos com relação à coordenação motora (dispraxia) e pontos de equilíbrio.

Além dos citados acima, existem muitos outros benefícios no trabalho, tais como:
Ajuste da coluna cervical, ganho em relação à postura, coordenação entre os membros e integração sensorial entre todas as sensações (Tato, olfato, visão e audição)

Além destes grandes ganhos na parte física, na parte psicopedagógica pode trazer benefícios como ajudar no aprendizado e emocionalmente como uma das ferramentas para a melhora de distúrbios comportamentais.

Quando se estabelece a empatia entre o cavalo e o sujeito, além de tudo isso, ele ainda pode aprender a usar e externar sentimentos de afeto e a cada novo passo alcançado, objetivo atingido e etc, será possível notar sinais claros de melhora na autoconfiança e autoestima.

Claro que os resultados não são automáticos, é preciso ter paciência com o paciente, pois a evolução é progressiva e lenta, principalmente se não existiu contato anterior com cavalos e terapia.

Pode, inclusive, ser outro fator de ganho emocional, quando o paciente perde um possível medo do animal, de animais ou montaria e aos poucos vai ganhando e recebendo a confiança necessária para poder tocar e conhecer o cavalo.

As atividades iniciais são nomeadas como “Fases Educativas” que servem basicamente para que o paciente execute tarefas simples e receba orientações de como sentir cada movimento e informações necessárias.

Ao final de cada sessão, pode ser mais difícil para o sujeito se separar do novo “amigo” e se torna importante permitir que ele possa alimentar, acariciar e até mesmo conversar para se despedir do cavalo.

Depois de finalizado o tratamento, quando esse caso é possível, será, também, muito importante permitir que o indivíduo mantenha o contato com o local e com o cavalo e sua ruptura vá se dando aos poucos, o afastamento aconteça de forma lenta e gradual, para que não exista perda emocional incompatível com o ganho no tratamento.

Trazendo o foco ainda mais para perto da psicologia, podemos afirmar que o autismo é o transtorno para o qual a Equoterapia pode trazer mais ganhos e benefícios. Haverão ganhos na interação social, na linguagem emocional e na percepção espacial. Ajuda principalmente a superação de medos, além de em muitos casos conseguir fazer o foco, olho a olho com o cavalo que depois vai poder conseguir com outras pessoas, pode aprender a se despedir e acenar, além de fazer amizades com colegas semelhantes no ambiente da terapia.

É um trabalho diferente, mas muito divertido, educativo e que vale à pena experimentar!

Psicologia Forense

Continuando com os artigos sobre as atividades dos psicólogos fora do consultório, hoje vou escrever sobre os psicólogos forenses.

A união entre a psicologia e o direito, na qual a ciência da psicologia é fundamental para resolução de casos, testemunhos científicos e mais outras situações em que os profissionais são extremamente necessários.

Dentro da psicologia forense, umas das atividades mais comuns e mais importante, se encontra no direito da família, onde o psicólogo vai ajudar o juiz a decidir sobre guarda de filhos, regime de visitas, além, claro, de opinar sobre a necessidade de acompanhamento psicológico das crianças em virtude possíveis abusos, ou até mesmo traumas que podem surgir em virtude da separação dos Pais.

Mas além disso, em muitos outros casos o psicólogo forense é importante. Ele é responsável por buscar a proteção e defesa de todos os cidadãos em relação às suas bases psicológicas. Sempre amparado por métodos e recursos científicos, ajuda todos os profissionais envolvidos na cadeia jurídica, desde juízes e promotores, até advogados e réus.

Todos os casos que envolvem um criminosos é objeto de estudo da psicologia judiciária, que levanta o histórico de vida do indivíduo, os possíveis motivos que o levaram a cometer o delito, a origem da situação e ainda se existem transtornos mentais que foram responsáveis por desencadear o ato criminoso, afim de definir os limites da responsabilidade e culpa do julgado.

Contudo, não é só dentro dos tribunais que os psicólogos forenses trabalham. Eles atuam, também, nos centros prisionais em instituições para reintegração e reeducação de jovens infratores, centros de apoio às vitimas de violência, centros de saúde mental prisional, além de ONGs e até mesmo como profissional liberais, atuando em perícias.

Também está inserida em suas atividades a chamada psicologia aplicada à polícia. Esta é uma atividade relativamente nova, na qual o profissional trabalha com a identificação de stress, resiliência, se o sujeito possui perfil para promoções ou tarefas mais qualificadas, como ser membro de esquadrões de Elite, a ROTA em SP e etc.

Nessa linha de atuação, foi possível perceber que a grande maioria dos homens da corporação são honestos e acreditam fazer o melhor trabalho possível, mas os poucos que se destacam negativamente chamam mais atenção, pois mesmo sendo casos isolados, ganham mais notoriedade.

Também foi possível perceber e atuar sobre o elevado número de policiais que desenvolvem stress-pós traumático e transtornos ligados à ansiedade, principalmente naqueles que atenderam casos mais cruéis, como assassinato de crianças, estupro de vulneráveis e etc.

Ou seja, além de atuar de forma direta, o psicólogo forense também trabalha com pesquisas e estatísticas ligadas, sempre, a justiça.

Obrigado pela visita ao blog e espero que voltem na próxima semana!

Psicologia Escolar

Semana passada escrevi sobre a importância dos psicólogos no ambiente hospitalar. Esta semana entrarei em outra área, na qual os psicólogos são fundamentais, a educação.

Assim como em todas as áreas, a psicologia escolar também evoluiu muito desde que foi inserida no contexto estudantil.

A princípio, a função do psicólogo era de auxílio às crianças com dificuldade de aprendizado e/ou comportamento. Com o tempo ficou claro que dessa forma, ao colocar o psicólogo para tratar do aluno, a instituição estava se eximindo de seus problemas e de seus educadores e colocando toda culpa na criança.

Hoje a atuação do profissional da psicologia no âmbito da educação é muito maior e mais importante. Com foco nos professores, nas relações de trabalho e na relação aluno-escola.

Os alunos chamados problemáticos, ou com dificuldades são analisados dentro de um contexto mais amplo, que pode envolver não apenas problemas na escola e de aprendizado, mas também dificuldade na relação com pais, outros alunos, insubordinação e vários outras transtornos que precisam ser considerados na sua totalidade e não apenas no período em que ele passa na escola.

Muitas famílias “abandonam” a educação dos filhos, deixando para que a escola, ou seja, professores e funcionários, tentem fazer da criança ou adolescente uma pessoa boa no futuro. Esses pais precisam urgentemente de tratamento e de conhecimento sobre a vida, as tarefas e responsabilidades de cada pessoa e cada grupo na educação dos seus filhos.

Em virtude disso, muitos professores hoje precisam mais do auxílio dos psicólogos na escola, do que os próprios alunos.

Também se torna cada vez mais importante a presença do profissional da área para evitar, controlar, informar e reduzir casos de bullying ou outras agressões direcionadas à alunos ou grupos de alunos, através da conscientização dos colegas.

Todo trabalho de RH desenvolvido dentro da instituição também pode ter a participação dos psicólogos, seja na aplicação e análise de testes para contratação, ajuda na organização de tempo, entre outras tarefas administrativas, mas que envolvem diretamente as pessoas.

Enfim, buscar a harmonia, com organização e consciência, integrando alunos, professores, pais e a instituição, esse é o resumo de toda importância do profissional de psicologia na área da educação.

Boa Semana e até a próxima!