Categoria: Psicologia

Considerado o Pai da Psicanálise, Freud nasceu na atual República Tcheca em 1856.

Freud se interessou pelo estudo da mente quando se deparou com a forma de tratamento dada pelo médico francês Charcot, que utilizava da hipnose para casos de histeria e com ótimos resultados.

Através de seus estudos chegou à conclusão que a causa para a histeria era mental (psicológica) e não orgânica.

A partir desse entendimento abriram-se as portas para que Freud começasse a desenvolver suas teorias mais conhecidas, como o conceito de inconsciente (Id).

Ele também foi o precursor dos atendimentos clínicos psicoterápicos, através da escuta dos pacientes.

Outra teoria muito conhecida e que até virou tema de novela no Brasil é o chamado Complexo de Édipo, quando o filho se apaixona pela imagem feminina da mãe.

Em sua obra, Freud deixou claro que, em sua opinião ,o desejo sexual é a energia motivacional da existência do ser humano e que ao se juntar à sua racionalidade imperfeita e à vida em sociedade, ou seja, condicionada à moral e aos costumes da época, transformavam o sujeito em um ser psicologicamente atormentado.

Mesmo depois do surgimento de outros grandes nomes na área da psicologia e consequentemente outras teorias, é impossível negar a importância do trabalho de Freud para a ciência que estuda a mente humana e uma das personalidades mais influentes da idade moderna.

Ainda hoje é comum usar jargões, como o famoso “Nem Freud explica”, quando se fala sobre acontecimentos estranhos às chamadas pessoas “normais”.

Particularmente, meu trabalho se baseia em outra teoria, de outro profissional iluminado por suas ideias, Carl Rogers, mas mesmo discordando de alguns pontos das teorias freudianas, não deixo de lado a imensa contribuição dele para a nossa área.

Boa Semana para todos e até a próxima!

Id, Ego e Superego são as chamadas 3 instâncias da mente humana.

Se transformam durante a vida, ou seja, em algum momento o Ego pode ser prevalente, ou até mesmo o Id, mas via de regra o que nos rege é o nosso Superego.

O Id é onde ficam guardados os impulsos mais primitivos. A energia psíquica.

Comandado pelo chamado princípio de prazer, não há para o Id nenhuma regra a ser seguida, apenas o fluir dos desejos e a realização que resulta em satisfação.

O Id é o inconsciente, portanto, não tem distinção entre certo e errado. Não existem consequências, não há medida de tempo e o mais importante, o Id é egoísta, ele não aceita frustração.

A maioria das vezes em que conseguimos acessar o Id é através dos sonhos, mais precisamente do que lembramos de nossos sonhos.

O Ego em tese evolui a partir do Id e, portanto, possui alguns traços de inconsciente, mas claro, funciona fundamentalmente a partir da consciência. Conduzido pelo chamado princípio de realidade, sua principal função é não permitir o surgimento do Id quando considera seus desejos inadequados para determinadas ocasiões.

Para todos os efeitos, o Ego é quem decide o que deve ser feito. Quando o ego é frágil existe o risco do Id dominar a mente e o indivíduo passar a agir sem nenhum tipo de filtro, sendo conduzido apenas por seus impulsos e desejos primitivos.

O Superego, por sua vez, é o mediador entre o Id e o Ego. Se desenvolve com o decorrer do tempo, começando na infância e ganhando corpo até a maturidade da personalidade. É formado pelos ensinamentos que desde criança são obtidos no lar, na escola e na sociedade como um todo.

Ele permite e media a socialização do sujeito e isso se percebe através das diferentes formas de adaptação de cada pessoa. Pessoas menos sociáveis tendem a ter o superego formado por imposições e castigos sofridos na tenra idade, enquanto pessoas mais sociáveis tem o superego formado por disciplina, mas sem excesso de medos e punições.

Em linhas gerais, o superego é o regulador da mente, que não permite que o ego se sobressaia e ao mesmo tempo impede o acesso do Id ao consciente, pois é representado pela censura social e moral que cada pessoa desenvolveu.

Não há meio termo entre certo ou errado para o superego, se por seus valores algo é errado, assim sempre será.

As três instâncias são fundamentais e devem ser equilibradas para ter a saúde mental estável e íntegra, o excesso de qualquer um dos três, gera desequilíbrio e consequente transtorno, que precisará de cuidados e tratamento.

Até semana que vem!

A Síndrome do intestino irritável ( SII ) é bastante comum e atinge de 10 a 15% da população.

Ela se caracteriza por ser uma doença com fundo basicamente emocional, uma vez que o seu diagnóstico principal é a ausência de anormalidades estruturais ou bioquímicas que possam ser descobertas por endoscopia, ou exames de imagem e laboratoriais.

Os sintomas mais comuns são: Forte dor abdominal, gases, diarreia, prisão de ventre e constipação.

A causa, evidentemente, não é completamente esclarecida, mas no âmbito emocional, o estresse, a ansiedade, depressão e medo, além de alimentos específicos para cada indivíduo que acabam desencadeando a SII.

Portanto, um tratamento psicológico para melhorar os pontos emocionais e a correção dos hábitos alimentares vai ajudar o individuo a se sentir melhor, contudo, se houver recaída ou descuido na alimentação, o problema vai surgir novamente, pois infelizmente não há cura.

A medicação também é indicada, mas varia de acordo com cada sintoma, desde antidepressivos até remédios mais comuns para controle da diarreia ou prisão de ventre.

Com relação aos alimentos é necessário “mapear” por tentativa e erro quais são os mais propensos a causar os desconfortos. Assim o paciente vai perceber se tem crises quando ingere derivados de leite, por exemplo, ou alimentos gordurosos e etc.

Alguns itens são importantes para todos os casos, como por exemplo evitar cigarro e bebidas alcoólicas, normalmente também não são indicados vegetais que aumentam a produção de gases e no lado oposto, sempre apostar em atividades físicas e de relaxamento, afim de melhorar a respiração e, claro, acompanhamento psicológico para a saúde mental.

Não existem estudos que comprovam ou indicam que a SII pode causar outros problemas de saúde ou piorar situações clínicas.

Foco na mente, na alimentação, e na sabedoria para encontrar o equilíbrio entre o que traz prazer, mas depois causa um problema que para muitos é intimidador à ponto de prejudicar a vida social.

Cuidem-se e até a próxima semana!

A pessoa impulsiva tende a agir com pouca ou até mesmo nenhuma premeditação, planejamento ou pensamento anterior.

Em virtude de toda essa falta de concepção anterior da ideia, fato, palavras ou atitudes, o resultado da impulsividade normalmente traz consequências indesejadas, ou ao menos desproporcionais ao esperado para quem recebe qualquer das ações do ser impulsivo.

Um exemplo comum é a fala impensada, quase automática, uma resposta mais áspera ou desagradável do que o necessário. Mesmo que seja encarada como simples sinceridade, a impulsividade pode desestabilizar amizades, coleguismos e até mesmo relacionamentos.

Algumas atitudes impulsivas podem ser confundidas com coragem ou espontaneidade, mas só em casos positivos, ou seja, quando a atitude não causa maiores danos.

Normalmente o impulsivo procura usar justificativas ou tenta amenizar o resultado de suas ações ou palavras, seja quando perde ou estremece uma relação, tentando se convencer de que aquela pessoa que se afasta não faz tanta falta ou não era tão importante, ou ainda dizendo que não falou ou fez nada demais e que a reação do outro e não a ação dela foi desproporcional.

A impulsividade pode simplesmente fazer parte da personalidade e, portanto, pode ser trabalhada em terapia, como também pode fazer parte de inúmeros transtornos de personalidade, para os quais além do tratamento convencional, é necessário o uso de medicamentos. Ela é percebida mais comumente nos transtornos bipolar, de personalidade antissocial e procrastinação.

É possível, também, ser causada por dano cerebral ou Neurodegeneração, pois observou-se em pesquisas que determinadas áreas do cérebro são envolvidas nos casos de impulsividade.

Como em qualquer transtorno, para uma pessoa ser considerada patologicamente impulsiva, são necessários vários episódios, frequentes, intensos e que causam grande arrependimento, culpa ou sofrimento ao impulsivo.

Caso contrário, pode ser considerado apenas um traço da personalidade que socialmente pode ser corrigido, caso o individuo entenda seus atos impensados como problema e queira evoluir e melhorar suas relações.

Para finalizar, devemos lembrar sempre do equilíbrio, no caso da impulsividade, o que mais falta é esse equilibro entre a ação e pensamento, entre a fala e análise das consequências.

Quando esse equilíbrio se estabelece, a tendência é de melhora pessoal e exterior, facilitando a vida do sujeito em todos os âmbitos e lugares.

Pensem bem e nos vemos semana que vem!

A Laicidade é o que torna as sociedades democráticas entre as pessoas e o Estado, e também entre as próprias pessoas. A Laicidade permite a separação da sociedade civil e das religiões, impedindo que o Estado tenha poder religioso e as igrejas poder político.

Na prática, nos dias atuais, sabemos que as coisas não caminham conforme o planejado e muitos Estados acabam impondo de várias maneiras diferentes, aos seus cidadãos uma forma de pensamento religioso, bem como muitos religiosos e suas igrejas milionárias se envolvem na política. E isso ocorre no mundo todo, desde o Estado Islâmico que não aceita outras religiões, até o nosso Brasil onde existem bancadas religiosas no congresso nacional.

A Laicidade deveria garantir a todo sujeito o direito de ter seu próprio posicionamento religioso, a possibilidade de mudar esse posicionamento a qualquer tempo, e inclusive de não possuir religião ou crença.

Portanto, o chamado Estado Laico é a condição essencial para a coexistência entre todas as pessoas e suas formas distintas de pensamento.

Por mais que isso pareça simples e deveria mesmo ser, ainda existem pessoas que não conseguem respeitar escolhas diferentes das suas próprias, pessoas que se acham superiores e detentoras de todo conhecimento do universo e que discriminam quem pensa diferente. E essa é a principal razão para que o poço em que nos metemos pareça cada vez mais sem fundo

Além disso, essas mesmas pessoas que se acham superiores, nem sabem o real sentido da palavra e acreditam que a laicidade do Estado transformaria todos em ateus, quando na verdade não há relação entre isso. O Estado laico defende o respeito por todas as religiões, desde as mais conhecidas, até as menores, formadas em pequenas comunidades.

Garantir o Estado laico significa garantir o direito de expressão por parte de todos, defendendo os cidadãos de possíveis perseguições religiosas, como ocorreram em séculos anteriores, quando a igreja perseguia e matava quem não concordasse com sua linha de pensamento e crença.

Essa liberdade de expressão, não pode nunca ser confundida com agressões e ofensas, outra coisa que tem sido estupidamente comum nos dias de hoje. Como falta educação, falta inteligência e consequentemente argumento para debater uma opinião divergente e o que resta são as agressões e ameaças.

Infelizmente, se não começarmos, como sociedade a respeitar a laicidade, em breve estaremos de volta ao tempo das trevas.

Respeito, para todos, sempre!

Boa Semana!

As chamadas PICS são tratamentos que utilizam recursos terapêuticos baseados em conhecimentos tradicionais e específicos, voltados para prevenir e agir sobre diversas patologias e também para tranquilizar, imputar conhecimentos diversos ligado à vida atual e pregressa do paciente. Em conjunto com a psicoterapia tradicional, pode ajudar com problemas de depressão, hipertensão, entre outros. Podem também ser usadas como tratamentos paliativos em algumas doenças crônicas.

Estudos científicos têm mostrado os benefícios do tratamento integrado entre medicina, psicologia e práticas integrativas e complementares. Além disso, há crescente número de profissionais capacitados e habilitados e maior valorização dos conhecimentos dessas novas terapias de onde se originam grande parte dessas práticas.

Algumas das mais conhecidas a procuradas são:

Acupuntura, homeopatia, constelação familiar, meditação, terapia de florais.

Todas essas práticas que antes eram vistas como “exóticas” e até com desconfiança, hoje podem ser acessadas inclusive pelo SUS (Sistema Único de Saúde) e está presente em todo o território nacional.

Além disso, algumas dessas práticas tem como objeto a prevenção de doenças e o estímulo a uso de remédios naturais, menos invasivos e prejudiciais ao organismo.

Os profissionais capacitados em cada uma das áreas procuram ter uma visão ampliada do processo saúde X doença e da visão geral do cuidado com cada pessoa, essencialmente aquelas que procuram cuidar de si mesmas voluntariamente. Os diagnósticos, quando a prática assim exige, consideram vários aspectos: físico, psíquico, emocional e social na busca de uma constante evolução da saúde física e mental de cada sujeito.

Tire um tempo para conhecer todas as Práticas Integrativas e Complementares e veja se existe alguma do seu interesse para que possa praticar.

E lembre-se, a saúde mental é tão importante quanto a saúde física.

Boa Semana!

O Mundo passou por momentos dramáticos com a aparição do já não tão novo coronavírus, o chamado COVID-19.
Alguns países conseguiram sair da crise com a união das pessoas, sacrifício e uma batalha contra o real inimigo, o vírus.
Por aqui, infelizmente, o vírus ficou em segundo plano. Consideramos o verdadeiro inimigo o opositor político, fizemos de vidas perdidas verdadeiros palanques e com medidas pouco efetivas e divergências entre política e economia muitas famílias perderam seu rumo.
Esse vírus trouxe várias lições importantes, entre elas a conscientização do quanto é importante ter foco na saúde.
Os mais saudáveis, em sua grande maioria, passaram pela doença sem sequer perceber ou tendo sofrido muito pouco, com sintomas leves, enquanto os que negligenciaram ou não puderam cuidar melhor da saúde estão mais vulneráveis.
Por ser um País predominantemente pobre, a saúde das pessoas normalmente fica em segundo plano e é muito difícil exigir prática de esportes e alimentação saudável para milhões de pessoas que mal tem tempo para descansar e ter uma noite boa de sono para colocar o básico no prato da família.
Sem contar nos diversos problemas psicológicos causados pela pandemia e que serão permanentes, pois essas mesmas pessoas não têm acesso e por vezes nem conhecimento da necessidade do tratamento psicológico.
Para prosperar, precisamos ter foco na saúde e para ter foco na saúde, precisamos evoluir enormemente na educação.
Aí sim estaremos um pouco mais protegidos contra os eventuais problemas que surgirão no futuro.
Se você pode, cuide melhor da sua saúde física e mental. Movimente-se, mesmo que seja uma ou duas vezes na semana, procure ingerir alimentos saudáveis sempre que possível. Olhe para o espelho e se não gosta do que vê, trabalhe para melhorar, se esforce e se for muito difícil encontrar a força de vontade necessária, procure ajuda emocional.
A terapia é tão importante para a sua saúde, quanto as calorias que você gasta correndo na esteira.
Boa semana, com saúde!

Pode parecer estranho o tema posse de armas aparecer em um blog sobre psicologia, mas na verdade, faz todo sentido.

Sem a psicologia, ninguém, legalmente, pode ter o porte de uma arma de fogo.

Tanto civis, como militares, precisam de um aval da área da psicologia, depois de vários testes e análises, para conseguir o porte.

De acordo com a Lei 10.826/03, o interessado no registro de posse de arma de fogo deverá ter a aptidão comprovada por meio da submissão à bateria de instrumentos de avaliação composta por testes projetivo, expressivo, de atenção e de memória, bem como à entrevista semiestruturada.

Todos esses cuidados e análises são necessários porque o sujeito que usa uma arma precisa analisar rapidamente a situação no momento do trabalho, para decidir quando e se o uso da arma vai ser necessário. Essa decisão é complexa e não pode ser emocional.

A função do psicólogo é de extrema importância, pois avaliar quem pode ou não portar uma arma é de vital importância para evitar o aumento da violência, portanto deve ser realizada com enorme cuidado e responsabilidade, seguindo parâmetros éticos, legais e institucionais.

Alguns dos principais indicadores psicológicos para quem deseja portar uma arma de fogo são:

Atenção;
Concentração;
Memória;
Audição e visão em perfeitas condições.

A reprovação é muito comum quando o responsável pelos testes e análises percebe que o sujeito possui algumas das seguintes características:

Contradições e conflitos:
Depressão;
Dissimulação;
Tendências psíquicas à transtornos envolvendo exibicionismo;
Irritabilidade e agressividade;
Insegurança, entre outros.

Desejo que ninguém queira portar uma arma, mas se quiser, pense bem antes de investir, pois o porte só é deferido para um número restrito de pessoas que são analisadas cuidadosamente.

Boa Semana, em paz!

Criança fazendo o que chamamos de birra é muito comum. O que nem todos sabem é que esse comportamento pode não ser simples pirraça, mas sim um transtorno que precisa ser tratado.

O Transtorno de oposição desafiante é marcado por um comportamento negativo, desobedinte e desafiante ante os responsáveis, sejam eles pais, professores ou qualquer outra autoridade.

Para não confundir com episódios esporádicos, a criança precisa ter esse comportamento por pelo menos 6 meses consecutivos, em ambientes diversos e com todas as pessoas.

A fase mais comum da doença vai dos 6 aos 12 anos, mas pode ocorrer com pessoas mais velhas em probalidades bem reduzidas.

Esse sujeito não assume responsabilidade por seus erros, demosntra que qualquer sitação vai levar ao stress e fundamentalmente não se apoia em nenhum tipo de lógica para defender seu ponto de vista. Nem provas, nem tampouco as mais claras evidências conseguem convencê-lo a mudar de postura.

Esse distúrbio toma muito tempo e energia da criança, pois ela sempre vai buscar uma forma de mostrar sua inocência ou que está certa e quando não consegue demosntra grande irritação e agressividade.

Por óbvio essas crianças acabam sofrendo bullyng na escola, limitam demais o círculo de amizades e acabam sendo excluídas de diversas atividades, como passeios ou excursões, em virtude de seu comportamente explosivo.

Uma das possíveis causas para o transtorno é a convivência da criança em um ambiente repleto de brigas, discussões e gritos, sejam dos pais ou tutores.

O Tratamento precisa ser feito em conjunto entre 3 profissionais, o médico psiquiatra, que vai precisar orientar e medicar, o psicólogo, de preferência da linha comportamental para começar a mudança de comportamento da criança e o professor ou pedagogo, para auxiliar na vida escolar.

Se uma criança conhecida apresenta os comportamentos descritos por muito tempo, entre em contato ou peça para os pais procurarem ajuda!

Boa Semana!

Podemos dizer que automedicação é o processo no qual o sujeito realiza o seu próprio diagnóstico e a partir dessa análise própria e superficial, procura medicamentos para tratar os sintomas percebidos. Em geral são sinais de doenças ou transtornos menores e recorrentes.

Mas o fato de serem medicamentos normalmente considerados inofensivos, o uso deles pela automedicação é a principal causa de intoxicação no país, segundo informações do Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas. Pelos estudos, cerca de 70% da população realiza algum tipo de automedicação, ou seja, o consumo de medicamentos sem prescrição médica.

O uso exagerado desses remédios pode levar a graves problemas como lesões no fígado, que é o mais atacado pelos medicamentos, mas também pode causar insuficiência nos rins, sangramentos no estômago e nos intestinos e ainda interferência na formação das células do sangue.

Um dos medicamentos mais comuns e mais vendidos é o paracetamol. O que quase ninguém se interessa é que para adultos, a partir de 4 gramas por dia ou 1 g de uma vez só, o fígado pode não dar conta de toda a NAPQI produzida. Nesse caso, aumenta o risco de lesões irreversíveis e falência do órgão. As crianças são ainda mais vulneráveis.

Existe um grande número de pessoas que passa da medida sem perceber. Ou porque acha que a droga é segura, e nenhuma é, ou por desconhecer que muitos outros medicamentos para dor, coriza, febre, alergia e inflamação contêm o princípio ativo e quando tomados em conjunto, claro, aumenta a dose máxima suportada pelo fígado.

Outro ponto muito importante, é saber que nem todos os organismos são iguais, portanto, não é porque um remédio acabou com a enxaqueca da amiga da vizinha, que você pode tomar para tentar curar a sua.

Na dúvida é sempre melhor consultar o farmacêutico antes de combinar medicamentos ou comprar algo que lhe foi indicado. Passar para ele se tem alguma alergia ou se toma remédios diários prescritos pelo seu médico, para que ele possa te indicar a medicação e dosagem correta, para que a sua tentativa de cura não se transforme em uma nova doença.

Saúde à todos e até semana que vem!