Autismo

O TEA (Transtorno do Espectro Autista), mais conhecido como autismo, é uma doença normalmente identificada na tenra infância, sem cura e com diversos graus de gravidade.

É fundamental trabalho psicológico, familiar e pedagógico com as crianças, para que se minimize o isolamento social, fazendo assim com que elas sejam incluídas cada vez mais no cotidiano natural para a idade.

Os sinais da doença podem ser notados já nos primeiros meses de vida, durante a amamentação, por exemplo. Se a criança não consegue manter o olhar nos olhos da mãe pode ser um problema. Já nos casos mais leves, também conhecidos como de alta funcionalidade, é possível que apenas quando adulto o indivíduo descubra que é portador do transtorno, assim como em muitos casos passará a vida toda sem descobrir.

Nos casos mais graves, chamados também de baixa funcionalidade, a criança tem movimentos repetitivos, não interage com outras pessoas e provavelmente viverá assim por toda a vida.

Há alguns anos uma nova classificação foi criada para o transtorno, chamada Savant, da qual fazem parte os indivíduos que apesar do autismo possuem algum talento natural extraordinário, além de uma memória muito superior à média das demais pessoas. Esses talentos podem aparecer na área de exatas, como matemática, ou física, ou humanas, como enorme facilidade com desenhos, música ou aprendizado de outras línguas.

Não se sabe exatamente quais são as causas do autismo, mas acredita-se, através das pesquisas, que na maioria dos casos é a genética, contudo, não se abandonam as possibilidades de problemas com o ambiente durante a gravidez, como por exemplo, o excesso de poluição.

Alguns dos sinais para os quais os pais devem ficar atentos, além do já citado fato da ausência de contato visual durante a amamentação podem ser: Choro ininterrupto sem identificação de dor ou irritação; Apatia; Inquietação anormal, ou seja, excesso de movimentos para o padrão da idade, principalmente repetitivos; Surdez aparente, quando sabe-se que não há problema físico com o aparelho auricular, mas a criança não atende aos estímulos vocais, como por exemplo não olhar quando é chamada pelo nome; Repetição constante das palavras que ouve e aprende, fora de qualquer contexto; Agressividade e por fim, sinais de ansiedade.

Como não há cura, só são ministrados remédios em casos de presença de outros distúrbios em conjunto com o TEA, como por exemplo a depressão. Portanto, o melhor tratamento é o trabalho multidisciplinar entre psicologia, pedagogia, fonoaudiologia, entre outras atividades, para que o indivíduo possa ter a melhor adaptação possível dentro do grau da doença de cada um.

E o mais importante, deixar de lado o preconceito, e ajudar os portadores a terem uma vida mais agradável e integrada com a sociedade.

Somos todos humanos, apesar de alguns se acharem mais humanos do que os outros.

Boa semana!

Alzheimer

O mal de Alzheimer é uma doença neurodegenerativa progressiva que se manifesta apresentando deterioração cognitiva e da memória de curto prazo e uma variedade de sintomas neuropsiquiátricos e de alterações comportamentais que se agravam ao longo do tempo.

Neurodegenerativo progressivo e infelizmente ainda fatal a doença se manifesta pela deterioração cognitiva e da memória, causando grave comprometimento progressivo das atividades de vida diária e diretamente outros tantos sintomas neuropsiquiátricos, além de alterações comportamentais.

Sabe-se que a doença se manifesta quando o processamento de certas proteínas do sistema nervoso central começa a dar errado.

Em linguagem mais simples, ocorre perda de neurônios progressivamente no cérebro, afetando diretamente a região que controla a memória, o raciocínio, reconhecimento de pessoas e pensamentos abstratos.

Os cuidados dedicados às pessoas com Alzheimer precisam acontecer em tempo integral. Cuidadores, enfermeiras, outros profissionais e familiares, mesmo fora do ambiente dos centros de referência, hospitais e clínicas, devem encarregar-se de detalhes relativos à alimentação, ambiente e outros aspectos para proporcionar a melhor qualidade de vida possível aos pacientes.

Apesar de muitos estudos e análise dos casos clínicos, a causa do Alzheimer ainda é desconhecida, mas o mais provável é que seja geneticamente determinada. A Doença é a forma mais comum de demência neurodegenerativa em pessoas idosas, sendo responsável por mais da metade dos casos de disfunção psíquica nessa população.

A descoberta, ou percepção dos primeiros sinais da doença de Alzheimer aparece nos primeiros esquecimentos das coisas atuais e cotidianas, pequenas mudanças na personalidade e nas habilidades, tantos visuais, como espaciais.

Depois disso evolui para maior dificuldade na comunicação verbal, para realizar tarefas simples e maior perda na coordenação dos seus movimentos.

Mias para a fase final da vida, o paciente apresenta dificuldade para se alimentar, restrição das tarefas diárias e incontinência urinária e fecal e deficiência motora progressiva.

Até que no estágio final, o paciente fica restrito à cama ou leito do hospital, perde completamente a habilidade de se comunicar verbalmente, sente dor ao ingerir qualquer alimento e fica suscetível a vários quadros infecciosos.

O tempo de vida do paciente com Alzheimer é em média de 8 a 10 anos, desde os primeiros sintomas, até o quadro degenerativo final.

Nos casos de Alzheimer, o sofrimento é compartilhado pelo paciente e seus familiares que se sentem impotentes em relação à luta contra a doença. Apesar dos avanços medicinais e científicos, ainda hoje é uma doença sem cura e toda ajuda psicológica se faz importante para os familiares.

 

Até a próxima semana com mais informação para vocês.

Transtorno de Personalidade Histriônica

O nome pode ser difícil ou até mesmo desconhecido, mas esse transtorno é relativamente familiar e atinge pouco menos de 2% da população mundial.

Ele é caracterizado pela emotividade excessiva e constante busca por atenção.

Por isso o paciente deseja sempre ser o centro das atenções e para isso por muitas vezes se veste de forma inadequada, age de forma provocante e sedutora em locais inapropriados, como escolas ou consultórios e em outra extremidade, tenta ser notado pelo excesso de dramaticidade.

São esses os sinais que levam os psiquiatras a classificarem as pessoas neste transtorno e encaminham para o tratamento psicológico.

Assim como em vários outros transtornos, o paciente apresenta sinais de sofrimento e têm prejuízo em sua capacidade funcional.

No caso da personalidade histriônica, a pessoa se coloca em submissão para ter a atenção de quem ela quer, principalmente quando são pessoas influentes, ou que o paciente entenda que podem lhe oferecer qualquer tipo de vantagem ou proteção.

Apesar de aparecer com mais frequência em mulheres, os homens não estão livres desse transtorno.

Normalmente alguns outros transtornos de personalidade aparecem em conjunto com o histriônico, tais como o Narcisismo e transtorno de personalidade limítrofe.

Além de haver a possibilidade de transtornos mais comuns como a somatização e a depressão.

Os sujeitos com esse transtorno também são muito influenciáveis, seja por outras pessoas, seja por tendências e modismos. Normalmente acreditam que suas relações, sejam familiares, profissionais ou afetivas, são muito mais próximas e fortes do que realmente são. Se irritam facilmente e precisam sempre de resultados ou devolutivas imediatas, o que as torna pessoas com excessivas mudanças, de empregos, de amizades ou relacionamentos, pois desejam receber reconhecimento e reciprocidade rapidamente.

O tratamento para a transtorno de personalidade histriônica é feito basicamente com psicoterapia, onde o paciente com a ajuda do profissional pode diminuir a dramaticidade, e entender que não é preciso sempre ser o centro das atenções.

Encontra em si mesmo alguns sintomas ou em outras pessoas? Procure a ajuda da psicologia!

Boa Semana!

Narcisismo

Narciso, segundo a mitologia grega, era um jovem muito bonito que desprezou o amor de uma linda ninfa e por isso foi condenado a apaixonar-se por sua própria imagem espelhada na água, o que levou Narciso à morte, afogado em seu reflexo.

Baseado besta história, o narcisismo retrata a tendência do indivíduo de alimentar uma paixão exagerada por si mesmo.

Todos nós devemos nos apaixonar pelo que somos, mas sem exagero, sem soberba. Quando essa paixão passa dos limites, passa a ser patológica e precisa de tratamento para que o sujeito volte à realidade.

A primeira grande dificuldade para o tratamento está exatamente no ego inflado do narcisista, pois ele dificilmente vai admitir que alguém tão bom, tão superior, tão excepcional como ele precisa de ajuda.

Quando e se aceitar que precisa de ajuda, o terapeuta terá que ser reconhecido, famoso, tão bom no exercício da profissão, quanto ele acha que é na vida.

Como toda patologia, o narcisismo não está ligado à nenhuma classe social. Normalmente achamos que pessoas mais abastadas tendem a ser narcisistas, mas mesmo pessoas com condições precárias de vida podem ser acometidas pela doença, criando uma ilusão de que ela é, pelo menos, “a melhor entre os piores”.

Narcisistas normalmente são pessoas amargas, porque estão sempre insatisfeitas, pois nada atinge suas expectativas, usam de uma falsa bondade para “aparecer” socialmente, fazendo doações e pretensas caridades apenas para fins de exibicionismo, mas normalmente não entram em contato direto com as pessoas que deveriam receber essa caridade.

O portador da patologia também é prejudicial para aqueles que vivem ao seu redor, pois ele sempre tenta diminuir outras pessoas, desmerecer seus feitos, fazer piadas recheadas de preconceito e subordinação.

Sem um tratamento, o narcisista é perigoso para a sociedade e para si mesmo, pois em determinado momento pode achar que nada será suficiente para fazê-lo feliz.

Alguns dos principais traços da personalidade narcisista são:

Necessidade de liderar. Eles não aceitam ordens e se sentem desconfortáveis ao ter que realizar tarefas determinadas por outras pessoas;

Ser o centro das atenções. Precisam ser vistos, ser entendidos como responsáveis pelo sucesso de qualquer coisa que aconteça;

Excentricidade. Para serem notados, por vezes exageram no visual, seja por estarem muito formais ou completamente informais, ou usando o sapato mais brilhante e diferente, ou colocando um chinelo para usar com o terno;

Excesso de vaidade e autovalorização. Não sair da academia, ter cuidado demasiado com o corpo e lugares que frequenta e a todo momento ostentar suas pretensas qualidades.

Se você vê em si mesmo ou em pessoas próximas esses sinais, acenda a luz amarela, talvez seja a hora de procurar ajuda e começar uma terapia!

Boa Semana!

Paranoia

Este é um tema bastante interessante, pois a paranoia é um dos distúrbios mentais mais conhecidos que existem.

Ela consiste em uma perda de realidade na qual a pessoa afetada acredita que está sendo perseguida, seguida, vigiada o tempo todo.

A paranoia é carregada de muito medo e ansiedade, além de deixar o pensamento muito próximo ao delírio e à ilusão.

Os pacientes paranoicos tendem a acreditar em conspirações, acham que tudo que acontece é planejado para atingi-los e não existe coincidência.

Aos pensamentos paranoicos podem ser originados de pelo menos três maneira já conhecidas e estudadas, que são: Fatores genéticos, fatores bioquímicos e stress.

E também existem níveis paranoicos. Algumas pessoas conseguem, com apoio e tratamento ter uma vida em sociedade normal, mas em casos mais severos, isso é praticamente impossível, pois o paciente sempre estará com medo, preocupado e pode agir de forma violenta contra alguém que eventualmente esteja passando ao seu lado e ele considere um espião, um risco, um perseguidor.

Para reconhecer um paranoico, é preciso prestar atenção em alguns detalhes, no caso mais simples e comum, que também chamamos de Personalidade Paranoica, o individuou é muito desconfiado, tem uma sensibilidade maior do que o comum e são frios e distantes com as outras pessoas.

Os paranoides delirantes já são um pouco mais difíceis de perceber, porque neste caso eles tem um delírio, nada incomum, que persiste sem que existam sintomas de quaisquer outros problemas mentais.

Quase todos nós conhecemos alguém que se identifica no sintoma delirante, são eles os megalomaníacos, que tem mania de grandeza, os com delírio ciumento, ou delírio hipocondríaco, além do delírio persecutório grave, diferente do desconfiado.

As características do paranoico grave, são mais complicadas. Elas possuem delírios e alucinações completamente fora da realidade, quase como um sonho estranho, mas que eles enxergam como sendo muito reais. Ouvem vozes que ninguém mais ouve, tem pensamentos perturbados e escuta esses pensamentos, o que o faz achar que todos ao redor também estão ouvindo.

A relação familiar se deteriora de maneira quase irreversível e não há como manter uma relação no trabalho.

O Tratamento da paranoia é complicado, primeiro porque os pacientes não conseguem confiar e nem acreditar nos profissionais. Para tomar o medicamento é preciso muito esforço, pois eles tendem a char que são pílulas maléficas ou que estão tentando o envenenar.

A terapia também é difícil, porque o laço de confiança necessário para o trabalho entre paciente e terapeuta é muito difícil, mas de qualquer forma, quando ele acontece, é um alívio para o paciente, que pode expressar o que sente, o que vê e como enxerga o mundo ao seu redor.

Um Abraço à todos e boa semana!

 

 

 

Somatização

Você já sentiu uma dor no estômago, ou dor de cabeça constante, palpitações e medo de estar sofrendo algum tipo de ataque cardíaco e ao sair do hospital ou do pronto socorro ficou com a “pulga atrás da orelha” porque nos seus exames nada de anormal foi encontrado?

Pois saiba que isso não é incomum, é um efeito da mente sobre o corpo, que causa sensações de desconforto físico, sem nenhum sintoma no órgão afetado.

A isso dá-se o nome de somatização.

Condições psiquiátricas, como a ansiedade, depressão ou qualquer transtorno de personalidade podem causar desconfortos físicos reais, sem diagnóstico médico.

De todos os sintomas, o mais comum é a gastrite, que em sua enorme maioria dos casos tem um fundo emocional e não físico.

Além de ser um transtorno para o paciente, que fica confuso por se sentir “doente” e não ter a causa encontrada, a somatização tem um alto custo para o  Estado, pois muitos exames, consultas e toda rotina hospitalar são realizados sem que o problema seja encontrado e muitos médicos ainda não tem o hábito de enviar os pacientes nestas situações para avaliação psicológica e tratamento. O paciente por muitas vezes se revolta com o médico ou hospital, se julga negligenciado e acaba procurando outros profissionais, mais experientes ou mais novos, ou de outro sexo, aumentando ainda mais o custo do Estado e até mesmo o dele.

A somatização “transforma” a dor emocional e dificuldades da vida em dores e sensações de desconforto físico.

Quando dizemos que “seguramos” as emoções e sentimentos, também somatizamos. Ao “engolir” a raiva, o medo, a culpa, o stress, ressentimentos e outras coisas, acabamos causando problemas físicos gerados unicamente pela mente. Para ajudar a colocar para fora de uma forma saudável todos esses sentimentos, aprender a lidar com eles de uma maneira mais evoluída e principalmente descobrir como viver melhor sem precisar sentir tantas coisas ruins, o trabalho terapêutico é fundamental.

O psicólogo tem o objetivo de ajudar a manter o equilíbrio nas horas mais difíceis, a ser mais flexível em algumas questões, menos impulsivo, além de ser um especialista com quem você pode dividir suas angústias e sentimentos.

Tome menos remédios, tenha uma vida mais saudável e faça terapia!

Bom ano e boa semana!

Efeito Dunning-Kruger

Há algumas semanas escrevi sobre a síndrome do Impostor, hoje vou escrever sobre a oposta.

E apesar do nome estranho, certamente você conhece alguém que a tenha.

A síndrome de Dunning-Kruger atinge pessoas que acreditam saber mais sobre um determinado assunto, para o qual nunca estudaram ou se aprofundaram, do que os especialistas da atividade.

Aquelas pessoas que querem saber mais de direito do que os advogados, que são experts em saúde da televisão e internet e desacreditam os médicos, que opinam fluentemente em educação, mas acreditam que a Terra é plana.

Dizemos que essas pessoas sentem uma superioridade ilusória.

Em 1999 Dunning e Kruger terminaram um estudo e chegaram a uma conclusão preocupante, mas real. “A ignorância gera confiança com mais frequência que o conhecimento.”

Os indivíduos sem competência para os assuntos que tentam abordar normalmente não conseguem reconhecer sua falta de habilidade para tratar do tema, e ainda pior, tentam desmerecer e rebater a todo custo as habilidades reais dos especialistas. Por isso não consegue aceitar e nem entender a própria incompetência.

A única maneira de resolver esse problema é colocar o sujeito em um curso, ou dentro de uma empresa ou instituição para que ele exerça a função que julga conhecer e entenda na prática o quanto incompetente naquele assunto ele era.

Os estudos ainda mostraram que as pessoas com maior capacidade e conhecimento para resolver problemas e testes, acabam se subestimando em virtude dos incompetentes que se julgam superiores. Ao fazer uma autoavaliação depois de receber resultados de testes, os mais inteligentes ao invés de se gabar, imaginavam que todos os demais teriam uma nota boa, pois achavam que o teste era simples demais e não que eles eram melhores que os outros. Já os personagens com a síndrome de Dunning-Kruger imaginaram suas notas muito maiores do que na verdade foram e diziam que os testes eram muito complexos, para assim justificar sua superioridade.

O tratamento psicológico nesses casos é importante, difícil e o portador da síndrome aceitar que precisa de ajuda é mais difícil ainda.

Mas o conhecimento é importante, assim, caso você saiba de alguém que se encaixa nesse perfil, já sabe que não adianta discutir e nem tentar mudar o pensamento do sujeito. Deixe que ele se iluda com o seu falso conhecimento, apenas não siga nunca o que ele diz.

Boa Semana!

Carl Rogers

Quando iniciamos o curso de psicologia na faculdade, se não há uma pesquisa anterior, podemos imaginar que há uma teoria e uma prática, que os atendimentos são similares e baseados em uma premissa: Resolver o problema do paciente.

Mas na verdade as coisas são bem diferentes. Existem dezenas de abordagens cientificas para cada tipo de atendimento, existem dezenas de áreas de trabalho para os profissionais da psicologia e existem, principalmente, as crenças do aluno que vai se tornar um profissional.

A linha de atendimento que tocou meu coração durante a faculdade foi a abordagem centrada na pessoa, desenvolvida por Carl Rogers.

Carl Rogers nasceu nos Estados Unidos e sua dedicação à construção de um método científico na psicologia foi reconhecido através de um prêmio concedido pela Associação Americana de Psicologia, da qual também foi eleito presidente, em 1958. Ele foi o pioneiro no estudo sistemático da clínica psicológica.

Contrário às abordagens tradicionais de seu tempo, a psicanálise e o behaviorismo, Rogers se negou a identificar a pessoa na sessão de terapia como um paciente, ou doente e sim como pessoa, apontado a importância fundamental de que essa pessoa veja o terapeuta como outra pessoa, assim como ele, e não como um ser superior, No trabalho humanista, não há hierarquia.

Ele também foi contrário, e provou cientificamente, que a ideia de todo ser humano possuir uma neurose básica não é correta e sim que o núcleo básico da personalidade humana tende à saúde e ao bem-estar.

Desses estudos e investigações ele criou o método psicoterapêutico centrado no próprio paciente, no qual o terapeuta precisa desenvolver a empatia, criar um vínculo de confiança e fazer com que ele sozinho encontre sua própria cura.

O Terapeuta, nos 50 minutos da sessão, precisa se despir de seus valores, costumes e ideias para “vestir” em si mesmo as características do seu paciente. Sentir o que ele sente, enxergar como ele enxerga e assim encontrar o caminho para a resolução do problema.

Não é incomum terapeutas que seguem a linha de Rogers chorarem com seus pacientes, se divertirem e sentirem o mesmo que eles sentem. Sofrer o que eles sofrem e assim por diante.

Desta maneira fia muito mais fácil compreender os problemas e chegar às soluções.

Para finalizar, o trabalho humano que Rogers fez durante toda a sua vida o levou à disputa do prêmio Nobel da Paz em 1987.

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Terapia Familiar Sistêmica

Sabemos que o trabalho terapêutico é fundamental na vida das pessoas.

Em grande parte dos casos o indivíduo consegue evoluir e encontrar seus caminhos para uma vida com mais qualidade e sem inseguranças, medos e dependência de outras pessoas.

Contudo, é inegável que boa parte dos problemas que os pacientes levam aos consultórios surgiram do exterior e não do interior. São questões ligadas ao trabalho, relacionamentos, e muitas vezes à família.

Neste último caso, o paciente pode evoluir individualmente, mas tende a acabar demorando mais para conseguir a melhora, quando o sistema familiar se permanece igual.

Com essa percepção, no início do século passado foi desenvolvida a teoria para o trabalho terapêutico com a família, a Terapia familiar sistêmica.

Ao juntar na sessão os membros da família, se torna impossível isolar o indivíduo do seu ambiente e com o trabalho bem realizado todos os participantes tendem a evoluir simultaneamente, gerando mudanças em todos. O entendimento do contexto que os levou à terapia fica claro e a percepção da evolução do sistema familiar fica nítida.

Algumas doenças mentais surgem em virtude do mal funcionamento do sistema familiar e a cura do indivíduo só é bem-sucedida quando existe mudança no comportamento do sistema social e familiar em que ele convive.

Como podemos perceber, o objetivo da terapia familiar é remodelar a organização familiar, pois assim a individualidade de cada um dos membros também será alterada. O resultado esperado é de uma mudança madura, mais densa e com uma fundação mais sólida.

Outro aspecto fundamental da terapia familiar é que as pessoas enxergam que o problema não está sempre no outro, como tendem a fazer. Culpar os pais, ou os filhos por problemas no sistema é a coisa mais comum que existe, mas com todos juntos é possível enxergar a participação de todos, incluindo aquele que não enxerga sua parcela de culpa, nos problemas.

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Terapia Infantil

Assim como na terapia tradicional, para adultos e adolescentes, a terapia infantil é voltada para a saúde mental da criança.

Quando os pais notam sinais excessivos, seja de atividades ou desinteresse e afastamento, pode ser necessária a intervenção profissional.

Nesses casos o trabalho se faz fundamental, principalmente para que o problema não seja acentuado na adolescência e posterior vida adulta.

O atendimento às crianças é feito em forma de ludo terapia, ou seja, com brincadeiras, nas quais o terapeuta com sua habilidade e conhecimento pode notar tensão, insegurança, possíveis frustrações, dificuldades de aprendizado e até mesmo descobrir se a criança já tem algum trauma, apesar de nesses casos ser improvável descobrir a causa com a criança, mas possivelmente no feedback com os pais.

Antes de começar o processo em si, o atendimento é feito com os pais, tutores ou responsáveis pela criança, quando o profissional vai recolher todas as informações necessárias para dar início ao trabalho.

Depois disso, o atendimento é feito apenas com a criança, que vai se expressar pela maneira mais lúdica possível, com desenhos, joguinhos, representações imaginativas e et. Sabemos que fazer perguntas diretas às crianças não nos traz respostas objetivas, seja por medo, dificuldade de expressão, falta de entendimento e tantas outras coisas.

Dependendo do andamento das sessões, pode ser necessária a presença dos pais em outras sessões, pois outro fato comum é que por muitas vezes o comportamento da criança se espelha nas atitudes dos pais. Casais que brigam na frente dos filhos, que gritam, discutem, se agridem tem potencial chance de criar uma criança problemática.

A forma de tratar o filho também é causa comum de problema. Agressões, xingamentos, despejo de expectativa nas crianças, obviamente vão resultar em filhos sem a correta saúde mental.

Portanto, não adianta levar o filho à terapia, se você não muda, também, o comportamento do casal no ambiente familiar.

É muito fácil colocar a “culpa” em uma criança que está em formação, e não olhar para os próprios erros que podem ter causado a dificuldade em que a criança se encontra.

Boa Semana!