Bulimia

bulimia é um distúrbio que afeta o indivíduo na sua alimentação. Fazendo com que ele oscile entre uma vontade enorme de comer e exagerar e o sentimento de culpa sobre a falta de controle com os alimentos, causando episódios de vômitos forçados, ingestão de laxantes e outras formas incorretas para evitar o ganho de peso. Pessoas com bulimia são propensas a se preocupar demais com a aparência, principalmente com o que pensa ser excesso de peso.

Não se pode ainda definir as causas da bulimia, mas podemos afirmar com certa precisão que fatores externos como: televisão, internet e o ambiente em que as pessoas vivem; como escolas, trabalho e etc. tem influência no transtorno, pois as pessoas acometidas pela bulimia sempre querem ter o corpo perfeito, aparência de modelo, além de zombarem das pessoas acima do peso.

Portanto, a bulimia, em si, não é classificada como doença, mas pode trazer consigo níveis graves de ansiedade pela preocupação exagerada com o corpo e a aparência e causar problemas até mais sérios, como a alucinação, onde ao olhar para o espelho o indivíduo enxerga um corpo muito diferente da realidade.

Apesar de atingir pessoas de todos os gêneros e idades, a bulimia atinge um percentual bem maior de mulheres e na faixa etária da adolescência para a fase adulta. Existem estudos que tentam provar que o transtorno pode ser genético, mas a tendência é que seja apenas um problema familiar, no qual mães passam para filhas a necessidade do corpo perfeito e a situação se propaga por toda cadeia familiar.

Não entre nessa! Se perceber algum sintoma ou se incomodar demais com a sua aparência, procure ajuda. Todos precisamos e podemos ser felizes com o corpo que construímos para nós, sem precisar sofrer por causa disso!

Ótima semana!

Síndrome do Impostor

Apesar de ainda não ser reconhecida como uma doença mental, a síndrome do impostor vem surgindo com cada vez mais frequência nos meios e consultórios psicológicos.

Ela se caracteriza por uma condição, que pode ser permanente, ou não, de rejeição das conquistas pessoais do indivíduo.

Com dificuldade de reconhecer o próprio esforço, ou seus méritos, ele prefere colocar o resultado positivo obtido como uma questão de sorte, por estar no local correto na hora certa, os com mais fé dizem que foi obra divina, ou ainda diminuindo seus feitos, alegando que as pessoas de fora o julgam muito mais inteligente ou capaz, do que na verdade é.

Além disso, costumam desmerecer o próprio trabalho e esforço, tanto na área profissional, como na pessoal, julgando-se em casos mais extremos como uma fraude, como não merecedores de elogios ou premiações.

Apesar de ser uma condição que aparece nos homens, hoje é mais frequente em mulheres e em boa parte justamente naquelas que atingiram sucesso profissional, ocupando cargos de alto escalão que normalmente são, ou foram ocupados por homens.

Com os estudantes, os casos mais frequentes são aqueles em que depois de muito estudo e dedicação estão chegando nas fases mais agudas da formação, como uma pós graduação ou até mesmo mestrados e doutorados.

A ajuda psicológica na síndrome do impostor é fundamental para que o sujeito trabalhe sua estima, aceite sua capacidade e aprenda a lidar com o sucesso que ele conquistou com méritos.

Espero que tenha gostado de mais esse artigo e que esteja de volta para ler o da próxima semana!

Compulsão Alimentar

Não podemos confundir a compulsão alimentar com gula. Compulsão alimentar é uma doença ligada à mente assim como tantas outras.

A pessoa doente não consegue parar de comer. Mesmo já estando satisfeita comem muito e em pouco tempo e o mais intrigante é que conseguem perceber que perderam o controle, mas não conseguem parar de comer.

Uma das causas mais comuns da compulsão são as dietas feitas sem prescrição ou acompanhamento de nutricionistas nas quais as pessoas se privam de forma desregulada de alimentos que gostam ou são necessários para o organismo. Essa ausência acaba gerando desanimo, desconforto e uma vontade muito grande de comer, causando a compulsão alimentar.

Outra causa comum é a substituição de sentimentos por comida. Comer causa um conforto emocional e quando a pessoa fica triste, depressiva, acaba encontrando no alimento um motivo para acalmar o coração, infelizmente, trazendo além do conforto a compulsão.

Estresse e nervosismo também tendem a ser compensados com a comida, por isso cuidado ao querer passar em uma lanchonete depois de um dia difícil no trabalho.

Pessoas que são muito preocupadas com a imagem corporal também podem cair na cilada da compulsão. Por nunca se sentirem satisfeitas com a própria imagem tendem a ceder mais fácil ao impulso dos sanduiches gordurosos depois de se olhar no espelho.

Como toda doença, se não tratada a compulsão pode causar sérios riscos para a saúde física e emocional.

No campo emocional, o maior problema é a baixa estima que ela causa. Mas existe também a dificuldade para expressar sentimentos e necessidades e propensão a casos de bullying.

Para saber se você ou alguém conhecido precisa de ajuda, fique atento aos sinais:

– Comer sem ter fome;
– Continuar comendo mesmo depois de saciado;
– Comer muito rápido, sem tempo para mastigação correta;
– Comer escondido por se sentir culpado por estar comendo.

Não hesite em procurar ajuda caso se encaixe em alguns dos itens. Lembre-se: é uma doença, mas com tratamento tem cura!

Boa Semana!

PSICOLOGIA E PSIQUIATRIA

Ainda existem muitas pessoas que confundem psicólogos com psiquiatras, pessoas que acham que os dois são “a mesma coisa”, que o trabalho é o mesmo, cuidar de loucos.

Os trabalhos são bem diferentes entre si e a finalidade de nenhum dos dois é tratar de loucos, até porque não existe um padrão considerado normal, assim como doenças e transtornos mentais não são loucura.

A diferença entre os dois profissionais começa já na formação. O Psiquiatra é médico. Assim como seu cardiologista ou plantonista do Pronto Socorro, o Psiquiatra fez 6 anos de faculdade de medicina e depois residência e especialização na área. O Psicólogo tem o curso específico de Psicologia, faz os 5 anos de faculdade e especialização na área de sua preferência, que não é apenas clínica. E dentro da Clínica também existem especializações, como atendimento infantil, para adolescentes, adultos, familiar, terapia breve, psicanalise, entre outros.

Outra diferença fundamental é que por ser médico, os psiquiatras, quando necessário, passam medicação ao paciente, enquanto os psicólogos não podem fazer isso. Em caso de transtornos mais graves, depressão e etc, encaminhamos o paciente à um psiquiatra para que ele possa fazer sua análise e indicar a medicação adequada.

Apesar das diferenças é preciso entender que psicologia e psiquiatria se complementam, pois apenas a medicação não é suficiente para que a maioria dos problemas seja resolvido. A medicação reduz os sintomas físicos do presente, sem acessar a causa das desordens. O trabalho psicológico vai mais a fundo, para que o paciente entenda o que o levou ao estado atual, para que não precise mais de medicamentos e nem tenha recaídas emocionais frequentes.

Em caso de dúvidas, a orientação é sempre primeiro procurar um psicólogo para que seja feito o diagnóstico e em caso de necessidade de medicação, o profissional vai orientar ao individuo a procura de um médico psiquiatra e vai continuar o acompanhamento em duas sessões semanais.

O mais importante é não ter medo de procurar ajuda, de encaminhar um tratamento e buscar a felicidade. Sua saúde mental é tão importante quanto o bom funcionamento do seu coração, pulmão e qualquer outro órgão do corpo humano necessário para a vida.

Ficou alguma dúvida? pergunte, entre em contato!

Boa Semana e até a próxima!

DEPENDÊNCIA

Em virtude das minhas férias, semana passada não teve post, mas estou de volta e para falar de um assunto interessante, que originalmente seria publicado na segunda passada. A dependência.

Quando falamos em dependência, não nos referimos apenas à dependência química, mas além dela, toda e qualquer situação em que o indivíduo se vê com dificuldade de seguir adiante sozinho, tomar decisões por si só, conseguir dormir sem precisar de um medicamento ou até mesmo encarar o dia sem precisar de um incentivo.

Ser dependente significa não ter autonomia na maior parte da própria vida sem precisar de artifícios externos, sejam eles o uso de drogas, álcool, cigarros ou pessoas.

Vamos tentar focar para efeito do artigo nos dependentes químicos, sejam as drogas fracas, como a maconha, por exemplo, ou mais fortes e devastadoras, como a heroína.

O que sempre me gerou questionamento foi o motivo, a razão pela qual uma pessoa usa qualquer alucinógeno, sabendo que há um risco para a saúde, afim de se sentir melhor. Por muitas vezes pensei em solidão, mas não faz sentido, porque a maioria dos dependentes faz uso da droga em grupos. Pensei, então, em aceitação, utilizando a “rebeldia” para fazer parte do grupo das pessoas legais e descoladas, o que me pareceu fazer mais sentido. Mas ainda assim não me senti satisfeito, pois existem muitos outros grupos em que nada disso é necessário e, até ao contrário, grupos que repelem pessoas dependentes.

Então me deparei com uma resposta que me pareceu ser mais apropriada. Fuga. Sim, fuga de si mesmo, seja naquele momento, em que um “baseado” vai desligar uns neurônios e trazer sensação de paz, felicidade, companheirismo entre outras coisas, fugindo da realidade mais sombria da timidez, do embaraço ou das mazelas do dia a dia. E nos casos mais extremos, a fuga completa da realidade, usando drogas mais pesadas que literalmente tiram o sujeito do ar, removem o presente, o passado e o futuro, dando uma falsa sensação de bem estar. E esse é o maior dos problemas, pois a dependência se consuma quando não é mais possível viver a realidade, quando fica impossível olhar para si mesmo no espelho, fica impossível acordar e aceitar que a realidade não é composta pelo vazio da ilusão.

O grande dilema é descobrir quando a pessoa se vê em uma situação tão grave a ponto de embarcar nessa ideia, porque o mais difícil não é identificar os motivos e sim quando os motivos começaram a gerar a necessidade da fuga.

Além disso, é fundamental conseguir diferenciar aqueles que podem e conseguem viver muito bem por dias, meses e até anos sem dar uma tragada e eventualmente em uma reunião de amigos fumam um “baseado” para descontrair, daqueles que efetivamente precisam dele para conseguir fazer qualquer movimento pessoal.

Por fim, vamos ajudar e pedir ajuda, pois sozinhos somos muito fracos perante qualquer dependência.

Boa Semana!

Maturidade Emocional

Muita gente acha que uma pessoa madura deve ser chata, ranzinza, rabugenta e etc. Mas na verdade, a maturidade nada mais é do que a fase da vida do ser humano alocada entre a adolescência e a velhice. Um adulto pode ser divertido, brincalhão, alegre e mesmo assim é maduro.

Contudo, existe grande diferença entre maturidade e maturidade emocional. A maturidade emocional não tem idade. Uma criança pode ser emocionalmente madura e uma pessoa na casa dos trinta anos pode ainda não ter atingido essa etapa.

Para ser considerada emocionalmente madura, a pessoa precisa entender que não há amor no mundo que seja maior do que o amor próprio, pois apenas quando nos amamos temos a capacidade de amar outra pessoa. É fácil entender a maturidade emocional quando pensamos em nossos pais, que geralmente são os maiores amores da vida de alguém. Mas como amar aos pais sem amar a si mesmo? Se você não é capaz de se aceitar, é mentira o amor que você sente por eles, pois não há como amar quem gerou alguém que não se ama. O contrário existe, ou seja, mesmo sem amar os pais, por qualquer razão, desde abandono até a perda dos mesmos, é sinal de extrema maturidade emocional amar a si mesmo.

Assumir seus erros e tropeços é outra qualidade das pessoas emocionalmente maduras. Se você não tenta culpar outras pessoas pelos seus fracassos, você tem meio caminho andado para chegar ao sucesso. Aquele que controla a própria vida está mais apto a saber lidar com qualquer situação.

Se libertar do passado, viver o presente e se abrir para o futuro talvez seja o mais bonito dos sinais da maturidade emocional. O medo de viver impede a pessoa de evoluir e a deixa presa nas consequências do passado. Aprender a se desapegar, deixar ir tudo aquilo que não volta e ser livre para viver o presente e o futuro significa que você atingiu um estágio evolutivo inspirador.

A vida é curta demais para viver reclamando ou parado no tempo. Assista mais seu esporte favorito, leia mais livros, se for de dia, passeie mais pelos parques, se for da noite, saia mais para dançar, mas viva e se precisar de ajuda para desapegar e deixar ir o que não te pertence mais, procure ajuda, nós psicólogos estamos à disposição também para esse trabalho.

Boa Semana!

DEPRESSÃO PÓS-PARTO

Conforme já diz o nome, esse tipo de depressão ocorre após o nascimento de um filho e diferentemente do que se propaga hoje se sabe que além das mães, alguns pais também sofrem com esse quadro.

Contudo é muito mais comum nas mães, por se tratar de uma alteração hormonal que se segue a diversos possíveis acontecimentos pré e pós-natais.

Portanto é extremamente importante ressaltar que a depressão pós-parto não é uma falha de caráter ou algum tipo de fraqueza e que assim como a depressão, precisa de acompanhamento e tratamento especializado.

Além da alteração hormonal, fatores físicos e emocionais contribuem para a formação do caso, tais como: as mudanças no corpo da mulher, que ela pode de início rejeitar por se sentir menos ou nada atraente para o parceiro; problemas para dormir; estresse; problemas financeiros; ausência do pai; medo de assumir uma nova responsabilidade; entre tantas outras coisas.

Deve-se levar em conta também a pré-disposição para a depressão, se houve depressão pós-parto em um ou mais filhos anteriores, se a família ou o parceiro não dão apoio à gravidez, conhecimento pré-natal de deficiência do bebê, depressão antes ou durante a gravidez, violência doméstica antes ou durante a gravidez, entre outras possibilidades.

Os sintomas são parecidos com os da depressão, basicamente sentimento de tristeza e desespero na maior parte do tempo e sem razão aparente e falta de vontade de realizar atividades em casa ou fora dela.

Em casos mais graves, pode haver o pensamento em suicídio ou uma sensação conflitante de fazer mal ao filho ao mesmo tempo em que não pensa em nada diferente de protegê-lo.

Caso você tenha ou conheça alguém que apresente uma boa quantidade dos sintomas listados acima, procure ajuda! Depressão não é frescura e é muito mais perigosa do que a maioria das pessoas imagina!


Boa Semana e até a próxima!

Autossabotagem

A autossabotagem é um problema que atinge pessoas que têm medo do sucesso, de conquistas e acabam optando por não correr riscos e nem assumir novas e mais importantes responsabilidades. Vamos imaginar uma pessoa que não se sente atraente, mas na verdade tem medo de rejeição. Essa pessoa vai começar um regime, vai aos poucos ver o resultado e assim que perceber o objetivo se aproximando, vai sabota a dieta para não ter que correr o risco de continuar se sentindo rejeitada, mas agora sem seu motivo principal Profissionalmente a recusa de uma promoção na carreira por ter medo de não capaz de lidar com as pressões e obrigações da nova função.

Um dos principais fatores para que a autossaboagem ocorra vem da infância. País, parentes e até colegas da escola que desestimulam o indivíduo, tecem críticas destrutivas o tempo todo e o fazem acreditar que ele nuca terá sucesso na vida são os responsáveis indiretos para que o Sujeito duvide o tempo todo de si mesmo. Quando todos valorizam demais os erros e tratam as pequenas vitórias como obrigação, o fracasso se enraíza como parte da pessoa, a impedindo de acreditar que coisas boas podem acontecer com ela.

Esse problema gera uma zona de conforto quando o indivíduo atinge um objetivo mínimo fazendo com que ele se sinta bem e não veja motivos para querer sair dela, melhorar, expandir, se sobressair.

 

Não existe nada melhor do que um processo terapêutico para que os sintomas da autossabotagem sejam analisados, tratados e o indivíduo possa acreditar em seus talentos, suas habilidades, que o sucesso é possível e que evoluir faz parte do ser humano.

Derrubar crenças pessimistas, aprender a correr riscos, acreditar que pode ser feliz e que isso não é um problema, sair da zona de conforto e conhecer um novo eu.

Se você quer, pelo menos lute para ter, não tenha medo de não conseguir, todos estamos aqui para encontrar a felicidade!

Precisa ter mais coragem para enfrentar o sucesso? Entre em contato!

Boa Semana e até a próxima!

Dislexia

A Dislexia em linguagem simples, é um transtorno de aprendizagem que se caracteriza por dificuldade de aprendizado. O indivíduo com dislexia apresenta dificuldade para ler e soletrar palavras além de claramente ter maiores dificuldades cognitivas do que as outras pessoas com a mesma idade.

É possível começar a identificar a dislexia já nos primeiros momentos da criança na escola, desde o pré-primário, quando se nota dificuldade em manter o foco em atividades e brincadeiras, vocabulário limitado para a idade, limitação para decorar músicas simples, falta de habilidade com jogos e quebra-cabeças de poucas peças, entre outras coisas.

Já na fase escolar de aprendizado, começa a se notar dificuldade em copiar informações, seja da lousa ou de livros, falta de coordenação motora tanto para escrita como para outras atividades, como esportes por exemplo, desorganização pessoal, com atrasos, confusão de datas e grande facilidade para perder ou esquecer seus pertences, dificuldade para lidar orientação e mapas, confundindo por exemplo, frequentemente, direita com esquerda e etc.

Dependendo do grau da dislexia, com tratamento adequado é possível minimizar muito as dificuldades, principalmente com a leitura e a escrita utilizando além do trabalho terapêutico, acompanhamento pedagógico. Normalmente chamamos este tipo de intervenção de trabalho multidisciplinar, onde vários profissionais atuam para ajudar o paciente.

Sabe-se hoje que a dislexia é hereditária, mas isso não significa que um dos pais tendo o transtorno o filho obrigatoriamente terá. Isso apenas aumenta as probabilidades, contudo, o ambiente e os estímulos em casa e na escola tendem a reforçar ou atenuar a condição.

Para diagnosticar a dislexia, além do trabalho colaborativo entre profissionais, é necessário o histórico escolar e evolutivo da criança e a aplicação de testes.

Com os resultados é possível afirmar com maior clareza a presença ou não do transtorno.

O tratamento deve ser feito por profissionais especializados, em psicologia, fonoaudiologia e pedagogia. É fundamental salientar que não há medicamentos dentro deste quadro.

Quer saber mais? Entre em contato pelo site ou pelo blog!

Causas da Depressão

Para falar sobre algumas das causas da depressão é preciso frisar duas coisas muito importantes. Primeiro, depressão é uma doença séria, mortal e precisa de atendimento médico e medicação. Segundo, há uma enorme diferença entre tristeza, desmotivação e tantas outras coisas que tratamos como estado depressivo e depressão.

Isto posto podemos começar a falar sobre uma das causas mais comuns e talvez a mais perigosa, que é justamente a ausência aparente de qualquer motivo para o início da depressão. Alterações nos neurotransmissores da sensação de bem-estar causam depressão sem que o sujeito saiba; Simplesmente sente uma tristeza sem motivo, desmotivação, falta de vontade de sair de casa, mas ao mesmo tempo angustia por não sair, uma vontade incontrolável de ficar sem fazer nada, mesmo com muitas atividades disponíveis e etc.
Esse cenário cria no sujeito uma vulnerabilidade preocupante, pois ele fica suscetível a atitudes perigosas como automutilação, desejo de morte, falta d apetite e etc. Contudo o problema se agrava ainda mais porque pessoas ao redor, por não verem um motivo aparente para esse estado, acabam classificando como frescura, ou como uma forma de “chamar a atenção”. Nesse caso a medicação vai atuar nesses neurotransmissores, causando quimicamente a sensação de bem-estar.

Outro fator comum para o surgimento de uma depressão é o luto. Seja pela morte de um ente querido, seja pelo fim de um relacionamento ou até mesmo pelo fim de um ciclo profissional. Quando a pessoa não consegue superar de forma natural qualquer um desses casos, o estado depressivo evolui para a depressão e existe a necessidade de medicação e é aconselhável o acompanhamento psicológico. A medicação nos casos de depressão não deve ser ministrada por um prazo superior a 6 meses, para não criar dependência no paciente. Portanto, as sessões de terapia têm um valor inestimável no tratamento e recuperação. Com a terapia o paciente vai voltar a enxergar a vida com novas possibilidades, entendendo que quem foi já cumpriu o seu papel, que relacionamentos acabam, mas podem ser para melhorar a vida e até que o fim do ciclo profissional pode ser a chave para um crescimento. Escrever isso tudo é muito fácil, mas praticar sem a ajuda profissional é um caminho penoso e por vezes inatingível.

Por fim, outro fator que deve ser citado são as doenças graves, como câncer, HIV, entre outras. Doenças que deixam o paciente temeroso pela própria vida e sem esperança de cura ou medo excessivo de falha no tratamento. Esses casos são muito complicados, pois em grande parte o paciente tem razão. O que ele normalmente não consegue é entender que é preciso aproveitar o máximo possível os dias que restam, acreditar e batalhar para que a cura seja eficiente, ou ao menos que seja suficiente para prolongar o máximo possível o tempo que resta.

Nesse caso nem toda medicação é recomendada, mas o tratamento psicológico é de suma importância, para que o indivíduo entenda que mesmo a mais saudável das pessoas pode ir embora a qualquer momento e que ficar em casa ou em uma cama se lamentando pelo pouco tempo que resta, vai diminuir ainda mais esse mesmo tempo. Nosso trabalho é fazer o paciente entender que cada dia é uma vitória e uma possibilidade e que devemos gratidão a cada amanhecer.

Se você se enquadra em qualquer um desses casos, ou conhece alguém que possa estar em depressão, procure ajuda. Depressão, infelizmente, mata.