Childfree

Em tradução livre, significa “livre de Crianças”. Mas na verdade é um movimento crescente mundo afora para aqueles que simplesmente expõem seu simples desejo de não ser pais.

Claro, existem os Childfree que não querem sequer estar perto de crianças por não gostar, mas na maioria dos casos, são pessoas que gostam dos sobrinhos, dos priminhos, fazer visitas frequentes, mas não tem a intenção de ter na sua vida cotidiana crianças ao redor.

Isso não é nada demais, nada diferente de escolher casar ou ser solteiro, fazer medicina, direito ou biologia, escolher entre passar as férias nas montanhas ou na praia. Ou seja, é uma escolha, uma simples escolha.

Ocorre que, como quase tudo nesse mundo, pessoas que não são childfree costumam tentar interferir na escolha daqueles que são, principalmente para as mulheres, como se a principal finalidade da mulher no mundo fosse ser Mãe.

Assim como em todas as outras decisões pessoais do Universo, não há nada mais chato do que ter que aturar outras pessoas querendo saber mais sobre você, do que você mesmo, ou achar suas vontades um “absurdo”, ou um erro.

Frases prontas como “Quem vai cuidar de você quando ficar velha/o?”, como se todos os filhos ao menos liguem para seus pais uma vez por mês ao menos ou “Você nunca vai entender o que é amor de verdade!” O que provavelmente é verdade, pois não acredito que exista amor maior do que de uma mãe para com seus filhos, mas ninguém, nessa hora, cita as tristezas e decepções que alguns filhos causam aos seus pais.

 

Eu, particularmente, acredito que é muito melhor alguém saber que não está pronto para ter filhos, do que aqueles que têm os filhos sem preparo nenhum. Prefiro a honestidade de quem sabe o que não quer, do que aqueles que acham que querem, mas, fundamentalmente, prefiro que respeitem as decisões das pessoas. Quer ter filhos, tenha, quer ter cachorros e gatos, tenha, mas não queira que todo mundo tenha as mesmas vontades e desejos que você tem.