Por natureza, sentir ciúmes não é saudável. Apesar de algumas pessoas dizerem que é uma forma de demonstrar amor, cuidado, isso não faz o menor sentido. Ciúme é sinônimo de desconfiança e se a pessoa que está ao seu lado não merece sua confiança, talvez você esteja perdendo seu tempo.
A pessoa ciumenta não é muito diferente daquela vizinha que fica na janela olhando a vida alheia ou que fica parada na porta da casa olhando pela fresta o que está acontecendo no vizinho.
Essas pessoas, assim como as ciumentas, perdem boa parte da própria vida, querendo viver a vida do outro, se preocupando com o que as outras pessoas fazem e naturalmente deixando de lado o que precisam fazer.
E se o ciúme fosse mesmo uma forma de amor, não seria responsável pelo fim de tantos relacionamentos.
Mesmo assim, sabemos que o ciúme está presente na vida das pessoas, e não só em relacionamentos, mas também em amizades e até profissionalmente.
Esse ciúme acabou, portanto, sendo de certa forma aceitável. Mas uma forma mais profunda de ciúme, se torna uma doença, um transtorno e chamamos de ciúme paranoico, ou Síndrome de Otelo.
Neste estágio, a pessoa, que se acha dona da parceira ou parceiro, fica tão obcecada e delirante com a ideia da traição que faz qualquer coisa para buscar provas de que está certa, que seu par é realmente infiel.
A síndrome de Otelo é caracterizada, nos dias atuais, por invasão da privacidade da pessoa companheira través de buscas em seu celular, computador, e sem contexto nenhum começam a ser agressivas e a humilhar a pessoa que em tese ama.
Nos casos mais extremos, o assassinato da parceira ou parceiro pode ocorrer. Nesses casos é bastante provável que além do ciúme paranoico exista um outro transtorno delirante em conjunto para sustentar esse tipo de ação.
Pessoas fracas e influenciáveis também se deixam levar pela conversa de terceiros, ou seja, cria desconfiança não baseada em fatos e sim em fofocas e acaba destruindo mentalmente a própria vida e o relacionamento.
Os portadores mais comuns da síndrome são homens, por duas razões básicas, o instinto de defesa da mãe, quando coloca a sua parceira em um pedestal que não a pertence e ao inconsciente coletivo que responde pelo machismo exacerbado e faz com que o homem considere sua parceira como propriedade e não permite que ela tenha pensamentos e atitudes próprias, criando assim uma desconfiança e ciúme quando a mulher possui essas simples características.
As pessoas precisam aceitar com mais naturalidade o fim de ciclos, se preparar para o início de novos e entender que o ciúme não impede a traição e sim é um combustível que pode levar os parceiros à infidelidade.
Vivam as próprias vidas e fiquem livres das responsabilidades que não são suas!
Boa Semana!