Provavelmente você já ouviu falar sobre o complexo de Édipo e se for um pouco mais velho, como eu, deve se lembrar de uma novela em que o filho Édipo, se apaixona por sua mãe, Jocasta.
Sófocles, filósofo grego, escreveu a peça Édipo rei, na qual o filho, apaixonado pela mãe deveria matar seu pai e Freud, baseado nessa peça, criou a teoria do complexo de Édipo no início do século XX.
Segundo a teoria de Freud, o complexo de Édipo é o primeiro momento de conflito vivido pelo menino, já na primeira infância
Ele dividiu sua teoria em três partes, ou tempos, sendo a primeira a perspectiva de que a mãe é uma extensão do próprio corpo da criança e onde ela se percebe como sendo o único objeto do desejo dessa mãe. Dentro da teoria, este desejo de exclusividade seria um ato incestuoso.
Na segunda parte, já com o menino na fase da infância mais avançada, aparece a figura do pai como sendo aquele que é o concorrente direto pelo amor e cuidados da mãe, além de comumente, principalmente no início do século passado, visto como sendo aquele que proíbe, que controla, que castiga. Era muito comum e ainda é um pouco até hoje, a mãe dizer para o filho “Se não fizer a lição, vou contar para o seu pai” ou “quando seu pai chegar vou falar tudo o que você fez.”
A terceira parte é quando a criança já está em fase de amadurecimento e o pai começa a ser um exemplo a ser seguido, alguém que o filho admira, mesmo com seus defeitos e cujas qualidades são inspiradoras e quando isso tudo corre normalmente, o complexo de Édipo se dissolve completamente.
Portanto, para Freud, o complexo se torna um problema quando não é dissolvido, quando uma das fases, ou tempos, não correm conforme o esperado.
O ciclo do complexo varia de criança para criança, mas tende a ser da fase fálica até aproximadamente os 13 anos de idade, quando o pai deixa definitivamente de ser um rival e passa a ser essa figura que o menino terá como exemplo.
A grande importância do conceito é a de formação da personalidade e entendimento da proibição do incesto e posteriormente o entendimento da necessidade de obediência às leis, além de ter papel importante na estruturação da orientação do desejo da criança.
Contudo, é importante salientar que o complexo não é apenas uma questão de vivência com os pais, afinal de contas depois de uma certa idade a criança começa a se relacionar de forma social com outros grupos, como parentes, amigos, na escola e etc.
Um caso de Édipo mal resolvido é passível de tratamento através de psicanálise e terapia tradicional.
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