Todo mundo que acompanha o meu trabalho por aqui, pelos vídeos no youtube, ou pelas outras redes sociais, sabe que meu trabalho é voltado para a linha de trabalho humanista, mais orientada para a parte comportamental da psicologia.
Não sou muito fã da teoria de Freud e não trabalho com psicanálise, mas gosto demais de algumas coisas da teoria de Carl Rogers, e o conceito de inconsciente coletivo é uma dessas coisas, que se encaixa bem tanto para a psicanálise, como para as terapias mais modernas.
Para Jung, o inconsciente coletivo, diferente do inconsciente único de cada indivíduo, não deve sua existência a experiências pessoais. Ele é herdado. É um conjunto de sentimentos, pensamentos e lembranças compartilhadas por toda a humanidade.
Para entender o inconsciente coletivo, precisamos falar sobre os arquétipos, que são modelos, exemplos ou padrões seguidos pelas sociedades.
E para Jung, o inconsciente coletivo é uma “coleção de arquétipos”, que são herdadas pelas pessoas de seus ancestrais. Conscientemente, ela não se lembra dessas imagens ou conceitos, mas eles estão presentes e se manifestam inconscientemente.
Por exemplo, uma criança não tem consciência que cobras são animais perigosos, mas muitas delas sentem medo ao verem uma, porque o medo de cobras está no inconsciente coletivo da sua cultura.
Com isso ele explica muitas coisas, como o fato da criança encontrar o peito materno e saber que dele provém seu alimento.
Contudo, é importante salientar que nem sempre o inconsciente coletivo se manifesta de maneira tão simples. Sempre existirão exceções ou casos em que a fixação dos arquétipos levará mais tempo e novas situações.
Por definição, os arquétipos presentes no inconsciente coletivo são universais e idênticos em todos os indivíduos. A manifestação dos arquétipos pode ocorrer de forma simbólica, como as religiões, mitos, histórias infantis e fantasias.
Durante o desenvolvimento, essas imagens preconcebidas são moldadas conforme as experiências de cada criança.
Para Jung cada individuo tem como tarefa uma realização pessoal, o que torna uma pessoa completa. E quando completa, essa tarefa é o alcance da harmonia entre o consciente e o inconsciente.
Obrigado pela visita e semana que vem tem mais!