Mentes Pós-Covid

O mundo mudou, e nunca mais voltará a ser o mesmo.

Isso é um clichê, afinal o mundo muda todo dia. Novas invenções, novas tecnologias, praticidade, substituição de pessoas por processos por máquinas e por entretenimento.

Mas, depois de uma pandemia que tirou mais de 2 milhões de vidas, dizer que o mundo mudou não é apenas um clichê, é uma constatação.

As pessoas não vão mais se olhar da mesma maneira. Haverá sempre a distinção entre aqueles que buscaram refúgio no meio da pandemia e aqueles que buscavam o lucro.

Entre aqueles que choravam as mortes e aqueles que diziam que não haveria nada a ser feito, entre os que acreditavam no óbvio, na ciência e aqueles que escolheram acreditar e multiplicar mentiras.

Alguns hábitos também ficarão diferentes para sempre. Muitos continuarão usando máscaras, pois perceberam que elas protegem não apenas da Covid, mas de qualquer outra doença transmitida pelo ar.

Muita gente também vai continuar com o distanciamento social, afinal tem gente que é melhor deixar longe mesmo.

Mas, as maiores mudanças certamente serão no âmbito profissional.

O fim das reuniões presenciais, o trabalho remoto, o home office, a telemedicina e no meu caso, o atendimento on-line. Essas coisas vieram para ficar e arrisco dizer que mesmo que não houvesse a pandemia, essas mudanças aconteceriam, talvez em mais alguns anos, mas aconteceriam.

O trânsito, a emissão de carbono, as pautas sustentáveis, a economia de tempo, a evolução da velocidade das conexões, tudo isso colabora com a mudança e não há mais espaço para retroagir.

Outro grande impacto da pandemia está na mente humana, no lado emocional. Muitas famílias perderam pessoas queridas, muitas desenvolveram transtornos, como síndrome do pânico, transtorno de ansiedade generalizada, entre outros, muitos conheceram o pior lado do medo e, claro, muitos tiveram e ainda tem que conviver com os sintomas da depressão.

Uma doença assim, que não deixa escapar nenhum cantinho do mundo, traz consequências, deixa cicatrizes, marcas profundas e que não são fáceis de apagar, na verdade, são mais fortes e penetrantes do que poderíamos imaginar.

Boa semana a todos!