Narcisismo

Narciso, segundo a mitologia grega, era um jovem muito bonito que desprezou o amor de uma linda ninfa e por isso foi condenado a apaixonar-se por sua própria imagem espelhada na água, o que levou Narciso à morte, afogado em seu reflexo.

Baseado besta história, o narcisismo retrata a tendência do indivíduo de alimentar uma paixão exagerada por si mesmo.

Todos nós devemos nos apaixonar pelo que somos, mas sem exagero, sem soberba. Quando essa paixão passa dos limites, passa a ser patológica e precisa de tratamento para que o sujeito volte à realidade.

A primeira grande dificuldade para o tratamento está exatamente no ego inflado do narcisista, pois ele dificilmente vai admitir que alguém tão bom, tão superior, tão excepcional como ele precisa de ajuda.

Quando e se aceitar que precisa de ajuda, o terapeuta terá que ser reconhecido, famoso, tão bom no exercício da profissão, quanto ele acha que é na vida.

Como toda patologia, o narcisismo não está ligado à nenhuma classe social. Normalmente achamos que pessoas mais abastadas tendem a ser narcisistas, mas mesmo pessoas com condições precárias de vida podem ser acometidas pela doença, criando uma ilusão de que ela é, pelo menos, “a melhor entre os piores”.

Narcisistas normalmente são pessoas amargas, porque estão sempre insatisfeitas, pois nada atinge suas expectativas, usam de uma falsa bondade para “aparecer” socialmente, fazendo doações e pretensas caridades apenas para fins de exibicionismo, mas normalmente não entram em contato direto com as pessoas que deveriam receber essa caridade.

O portador da patologia também é prejudicial para aqueles que vivem ao seu redor, pois ele sempre tenta diminuir outras pessoas, desmerecer seus feitos, fazer piadas recheadas de preconceito e subordinação.

Sem um tratamento, o narcisista é perigoso para a sociedade e para si mesmo, pois em determinado momento pode achar que nada será suficiente para fazê-lo feliz.

Alguns dos principais traços da personalidade narcisista são:

Necessidade de liderar. Eles não aceitam ordens e se sentem desconfortáveis ao ter que realizar tarefas determinadas por outras pessoas;

Ser o centro das atenções. Precisam ser vistos, ser entendidos como responsáveis pelo sucesso de qualquer coisa que aconteça;

Excentricidade. Para serem notados, por vezes exageram no visual, seja por estarem muito formais ou completamente informais, ou usando o sapato mais brilhante e diferente, ou colocando um chinelo para usar com o terno;

Excesso de vaidade e autovalorização. Não sair da academia, ter cuidado demasiado com o corpo e lugares que frequenta e a todo momento ostentar suas pretensas qualidades.

Se você vê em si mesmo ou em pessoas próximas esses sinais, acenda a luz amarela, talvez seja a hora de procurar ajuda e começar uma terapia!

Boa Semana!