Ninfomania

Certamente você já ouviu falar em compulsão. Aqui mesmo no blog já escrevi sobre compulsão alimentar e outras tantas, como causa ou consequência de outros distúrbios. As compulsões mais conhecidas são por bebidas, comidas ou compras, também chamamos de vício em algumas ocasiões. Assim como nos casos acima, é possível ter a compulsão por sexo e ela é chamada de ninfomania, uma doença reconhecida pela OMS, cuja condição não está relacionada à produção de hormônios sexuais.

Ou seja, não existem razões biológicas para explicar o distúrbio assim como não basta dizer que gosta muito de sexo para ser considerada uma pessoa ninfomaníaca.

A ninfomania nada mais é do que um distúrbio mental de hipersexualidade, ou, como escrevi acima, uma compulsão sexual. Apesar do termo “ninfa” referir-se a mulheres, o distúrbio serve para ambos os sexos, contudo foi criado um termo para os homens compulsivos por sexo. Satiríase.

O desejo sexual só se transforma em ninfomania quando a ausência de sexo causa sofrimento, prejudicando a vida social, profissional e sentimental das pessoas.

Quando o sujeito gosta de sexo, mas não é doente, nota-se que apesar de querer praticar frequentemente, não há problemas caso não seja possível, essa ausência não causará depressão ou ansiedade exacerbada.

Traumas infantis podem ser os principais causadores do distúrbio. Se quando criança a pessoa foi agredida sexualmente, fisicamente ou emocionalmente, na fase adulta pode encontrar o alívio deste trauma no ato sexual, tornando-se dependente dele para se sentir bem.

Além disso, medo e outros distúrbio psicológicos estão entre as causas.

Medo da solidão ou isolamento pode fazer com que o sujeito busque vários parceiros e não consiga criar um vínculo e acabe virando dependente.

Como em qualquer outro vício, seja por jogos, droga ou bebidas, outros transtornos podem desencadear a compulsão, como TOC ou bipolaridade.

Os sinais mais comuns da doença são:

Masturbação excessiva, pelo menos algumas vezes todos os dias.
Uso exagerado de objetos sexuais, ou seja, quando deixa de ser algo preparado para ocasiões esporádicas e passa a ser presente em todos os momentos, seja em uma relação, seja na masturbação.
Uso excessivo de conteúdo pornográfico, seja em computadores, revistas ou televisão.
Ausência de prazer ou satisfação sexual. Em outras palavras é como se o ato em si fosse um objetivo, uma necessidade e não algo que vá levar ao prazer.

O tratamento é psicológico e psiquiátrico com a ministração de remédio inibidores da libido.

Sexo é bom, mas o prazer é fundamental, se acha que há algo errado com você ou seu par, procure ajuda!

Até semana que vem!