Nós, adultos, sabemos como é difícil perder peso, depois que exageramos em alguns dias, ou até mesmo durante semanas ou meses, na alimentação errada, falta de exercícios e sedentarismo.
Se para nós, que temos que lidar com a vaidade, o conhecimento sobre os problemas de saúde e tantas outras coisas é difícil ter controle, imagina para crianças, que por vezes apenas conhecem a sensação de prazer que os alimentos trazem.
Segundo a OMS, mas de 40 milhões de crianças com menos de 5 anos já estão acima do peso considerado ideal, tantos nos países mais desenvolvidos, como nos mais pobres.
Isso se dá porque culturalmente a maioria dos pais só se preocupa com o peso das crianças, quando elas são magrinhas, mas não se importam quando elas estão gordinhas, ao contrário, imaginam que isso significa que elas estão saudáveis.
Esse erro comum, acarreta muitas consequências ruins para o futuro. Diversas doenças podem surgir já na tenra infância, como diabetes, hipertensão e problemas osteoarticulares. Além disso, com o passar do tempo podem surgir problemas emocionais, baixa autoestima e consequente diminuição na qualidade de vida.
O tratamento da obesidade infantil não é simples. Precisa começar com os pais, ou responsáveis, que devem identificar o problema e começar a trabalhar na mudança dos hábitos alimentares da família.
Isso significa que não é apenas colocar a criança para fazer um regime e perder peso. Essa atitude normalmente não tem resultado e a tendência é que o peso perdido no regime seja recuperado posteriormente, além de chances de trazer consigo outros transtornos alimentares.
É preciso comer menos e gastar mais energia, de forma constante e orientada. Essa mudança deve ser não apenas alimentar, mas no estilo de vida, com alimentação regular, em horários corretos e preferencialmente em família, ou seja, não deixar a criança comer olhando para o celular ou para a televisão.
O celular, ou qualquer outra tela, também é vilão nessa história, pois quanto mais tempo a criança passa com ele, menos se exercita, fica ao ar livre e em contato com alimentos saudáveis, preferindo fast-food ou coisas práticas, como salgadinhos e sem teor nutritivo correto.
Famílias com pais obesos, ou que ao longo do começo começam a ganhar mais peso do que deveriam, tendem a criar filhos similares, pois o exemplo serve não apenas para a educação comum, mas também para a educação alimentar.
Afinal, de nada adianta dizer para a criança pegar uma maçã na geladeira, se você estiver com um sanduíche e um pacote de batas fritas na mão.
Cuidem-se e cuidem dos seus pequenos!