Ablutomania

Em tempos de pandemia, acabamos por criar alguns novos hábitos e até mesmo novos vícios com relação à nossa saúde e proteção.

Um deles, certamente, é a ablutomania, que apesar do nome difícil, é a obsessão pela limpeza continua das mãos. Principalmente motivada pelo medo de contrair doenças ou infecções, ou ainda por se sentir com as mãos sujas.

Lavar a mão ao sair do banheiro, ou ao chegar em casa é absolutamente normal, mas lavar as mãos em períodos curtos de tempo, mesmo sem ter feito nada que pudesse ter causado uma sujeira, pode chegar ao nível patológico.

A ablutomania faz com que o sujeito tenha uma ideia fixa de que até mesmo o ar pode estar causando uma contaminação ou trazendo sujeira, fazendo com que ele não consiga viver em paz, pois a todo tempo precisa se lavar.

É comum que a ablutomania faça parte de uma doença maior, como por exemplo, seja um braço do T.O.C. e em crianças, onde os casos são mais comuns, pode estar entrelaçada com a esquizofrenia infantil.

Para tratar, a boa e velha terapia, principalmente a comportamental, onde o sujeito aos poucos vai enxergar que não há perigo de contaminação frequente em qualquer espaço. A terapia vai melhorar a qualidade de vida e inserir o indivíduo de uma forma mais tranquila na sociedade.

Em casos mais graves, em conjunto com a terapia, recomenda-se o acompanhamento psiquiátrico.

Boa Semana à Todos!

Assédio Moral

Toda atitude praticada dentro do ambiente de trabalho, seja ela promovida por um superior hierárquico, ou colega, que torne o ambiente profissional insuportável para o colaborador atingido, é considerada assédio moral.

Ações repetitivas ou frequentes que visam atingir a dignidade, a autoestima ou os valores morais do colaborador, com o claro objetivo de fazê-lo pedir demissão ou que acarretem transtornos emocionais ou ainda problemas físicos são as principais características do assédio moral.

Contudo por vezes, principalmente superiores, utilizam de palavras sutis, ou “brincadeiras” que estimulam a humilhação e rebaixam pessoalmente o colaborador, também estão praticando assédio e mesmo sendo mais difícil para o empregado entender esses sinais, por vezes inconscientemente ele absorve esse sentimento e tem as mesmas consequências emocionais que as ações diretas.

Ou seja, toda conduta abusiva, seja ela dirigida através de ofensas, inclusiva em forma escrita que ferem a integridade do colaborador e coloca em risco seu emprego ou  sua integridade emocional ou física, é passível de punição, para a empresa e em casos mais graves, para aquele ou aqueles que a agem contra o colaborador.

Por questões pessoais, ou até mesmo financeiras, alguns superiores tendem a pressionar colaboradores para se demitirem, agindo de forma desonesta e com atitudes como por exemplo:

– Orientar o colaborador a realizar uma tarefa de forma incorreta e propositalmente com o claro intuito de fazê-lo errar e cobrá-lo de forma humilhante ou degradante na frente de colegas.

– Interferir diretamente no andamento do trabalho do colaborador, influenciando assim a entrega do trabalho dentro do prazo determinado.

– Atribuir ao colaborador um erro, sabendo que não foi ele que cometeu, com o intuito de prejudica-lo ou defender a si mesmo, ou ainda defender um colaborador de sua preferência.

– Sobrecarregar o colaborador com tarefas que vão demandar mais tempo do que sua carga horária determina, ou classificar tarefas comuns como urgentes afim de gerar stress, ansiedade e medo no funcionário.

– Ignorar a presença de um colaborador na frente de outros ou de superiores, como por exemplo cumprimentar todas as pessoas da sala, menos aquele que ele deseja ver pedindo demissão.

Existem muitos outros exemplos e atitudes que configuram o assédio e alguns empregadores só aprender a se comportar melhor ou enxergar seus funcionários como pessoas, depois que recebem os primeiros processos trabalhistas.

Um funcionário que precisa do emprego, por vezes suporta mais do que deveria, mas nunca sem consequência para si mesmo e as pessoas ao seu redor.

Uma empresa nunca vai funcionar perfeitamente, enquanto não enxergar seus funcionários como seres humanos.

Xenofobia

A xenofobia é o preconceito contra pessoas estrangeiras, ou até mesmo nascidas no local, mas filhos de estrangeiros que carregam a cultura do país de origem dos seus pais ou antepassados.

Desde a antiguidade, quando os humanos começaram a navegar e conhecer outras etnias, a xenofobia existe, principalmente por parte dos Europeus, que eram os viajantes e não conseguiam entender e aceitar diferentes culturas, crenças e valores.

Obviamente, com o passar do tempo isso foi piorando e com a globalização e os movimentos migratórios de refugiados e a inserção de turistas e imigrantes de todas as partes do mundo, a xenofobia ficou ainda mais evidente.

Em uma tradução livre do grego, xenofobia significa aversão ao estrangeiro e apesar do sufixo fobia normalmente representar medo, não é esse o caso aqui, pois fobia vem do grego phóbos (estrangeiro).

Agressões verbais, bullying, piadas de mal gosto e isolamento são as expressões mais comuns de xenofobia, mas infelizmente em muitos casos elas avançam para agressões físicas, atentados e destruição de locais sagrados ou relevantes para a cultura estrangeira.

Um dos casos mais tristes e mais conhecidos de xenofobia no mundo se deu contra os povos de origem semita, que foram levados à morte aos milhões na época do holocausto.

Mas, tão violento quanto o holocausto, foi o holodomor, quando milhões de ucranianos foram deixamos para morrer de fome e frio pelo regime soviético comandado por Stalin, ou seja, mesmo países quase vizinhos, mas culturalmente diferentes não são bem aceitos.

Vemos isso de perto, entre brasileiros e argentinos, que, claro, não se matam, mas nutrem uma certa inimizade quase inexplicável, que muitas vezes é utilizada inclusive por jornalistas como uma “brincadeira”, mas na verdade e uma simples expressão de xenofobia.

Com o advento e aumento frequente das redes sociais e da internet como um todo, a xenofobia fica ainda mais clara em respostas ou comentários cheios de ódio sobre postagens de estrangeiros.

Por terem nascido ou ter origem familiar islâmica, muitas pessoas de países mulçumanos são vítimas de violência no ocidente, como se não houvessem pessoas com pensamentos diferentes daqueles que apenas incitam a guerra e o ódio em nome do Deus em que acreditam.

Outro mal que avança no mundo é o racismo xenofóbico, quando uma pessoa de outra etnia é aceita dentro dos limites do seu país, mas se for oriunda de outra nação sofrerá tanto pelo racismo, quanto pela xenofobia. Por exemplo, um sueco negro é aceito no seu país, mas um negro inglês pode ser ridicularizado ou não aceito na comunidade local. Lembrando aqui que os países citados servem apenas como forma de expressão.

O que precisamos é aprender a respeitar as pessoas, sejam de onde for, seus pensamentos e seus ideais. Viver em sociedade no mundo de hoje é isso, saber que estaremos cercados por diversas culturas e diversos idiomas e respeitar todos, assim como queremos ser respeitados onde quer que formos!

Conselho Tutelar

Em um país tão grande como o Brasil,  em que boa parte das famílias vivem em uma pobreza avassaladora, em condições difíceis, em locais distantes, com a educação quase ausente, muitas crianças já nascem fadadas ao sofrimento, sem expectativas de sucesso e em dezenas de milhares de casos, todos os anos, são desamparadas.

Para tentar amenizar essas situações, foi criado o ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) e entre suas normas a obrigação da criação dos conselhos tutelares, ao menos um em cada município do país.

O conselho tutelar, apesar de ser um órgão público, é permanente e autônomo e tem o objetivo de zelar dos direitos das crianças e adolescentes previstos no ECA.

O conselho deve ser acionado sempre que algum desses direitos é ameaçado ou violado, seja pela própria família, pela sociedade ou até mesmo pelo Estado. Em um âmbito geral, podemos dizer que sua funcionalidade é voltada para a camada da população mais desassistida pelas políticas públicas.

Os conselheiros devem ser eleitos pela própria comunidade para mandatos de três anos e em número de cinco conselheiros. Eles serão os porta-vozes dela junto às entidades, como escolas, hospitais e órgãos públicos. Além disso têm papel de aconselhar e orientar tanto os jovens quanto seus responsáveis, quando notam ou recebem denúncias de maus-tratos ou qualquer outra violação do ECA.

Essa denúncia pode ser anônima, o que a maioria dos casos e pode ser feita por telefone, ou qualquer outro canal de comunicação disponibilizado.

Os problemas mais comuns reportados aos conselhos são:

Negligência;
Discriminação;
Exploração;
Violência;
Crueldade e
Opressão.

Assim que recebe a denúncia, o conselho passa a acompanhar o caso e procura encontrar uma solução para o caso. Se não for possível, o conselho deve acionar outras forças públicas, como as polícias civil e militar, o tribunal de justiça ou o ministério público.

O conselho tutelar não tem poder para proceder busca de jovens ou de pertences em casa de jovens, nem tampouco tem decisão sobre a guarda compartilhada ou negada de filhos.

Além disso, não é um local de abrigo ou acolhimento direto de crianças e adolescentes.

O conselho, nos casos acima, faz o encaminhamento para cada área responsável, seja judicial, administrativa ou programas de atendimento de crianças e adolescentes.

Agora que você sabe quais são as atribuições do conselho tutelar, não hesite em buscar na sua cidade caso veja ou fique sabendo de crianças em uma das condições citadas acima.

Precisamos proteger o maior bem do nosso futuro!

Cardiofobia

É absolutamente normal ficar preocupado se em algum momento você percebe que seu coração “disparou”, ou se começar a sentir dores frequentes no peito.

Contudo, algumas pessoas apresentam queixas de palpitação, ou dores no coração que não correspondem à realidade. Essas pessoas possuem um transtorno chamado Cardiofobia.

A cardiofobia, portanto, afeta a qualidade de vida do sujeito, pois limita suas atividades, uma vez que ele se obriga a não fazer muito esforço físico por medo de afetar o coração. Além disso, o transtorno causa grande ansiedade, o que é extremamente desconfortável para qualquer pessoa.

Os pacientes cardiofóbicos pensam com frequência que estão doentes e ficam remoendo esse pensamento por um longo tempo. Também procuram cardiologistas com frequência, mas seus resultados de exames estando sempre bons e não indicando nenhuma doença.

Mas, mesmo assim, como acontece na maioria dos casos de fobias, o medo do indivíduo é irracional e faz com que ele se desconecte dos resultados obtidos, entrando em uma realidade paralela onde só ele sabe a verdade sobre a condição da sua saúde coronária.

O lado positivo é que a cardiofobia pode ser tratado com sucesso através de terapia. Principalmente as cognitivas e comportamentais.

Os principais sintomas da cardiofobia são:

Ansiedade muito elevada;
Sedentarismo por medo de forçar o coração;
Falta de ar ou respiração ofegante;
Taquicardia;
Tontura;
Vômito e/ou diarreia;
Dor de cabeça, entre outros.

Como de costume dentro do universo das fobias, é difícil determinar a causa da cardiofobia, mas sabe-se que pode ser originada na infância, através de traumas, principalmente quando há dano físico no sujeito.

Mas também sabemos que muitas fobias tem causas hereditárias, ou seja, há uma tendência maior de adquirir o transtorno quando um parente próximo já o possui.

Uma educação voltada para o medo, também pode criar o transtorno, ou seja, pais que tentam educar a criança dizendo que se não fizerem isso, ou aquilo, vão ficar doentes, também são responsáveis pela cardiofobia do filho no futuro.

Se você sente dores, fica ansioso, tem medo de se exercitar, mas os exames mostram sua saúde em dia, não hesite, procure ajuda!

Bom ano para todos!

Fibromialgia

A fibromialgia é uma síndrome que causa dor em vários pontos do corpo. E por que falamos dessa síndrome aqui no Blog sobre psicologia?
Porque ela se apresenta em conjunto com depressão, ansiedade, distúrbios do sono ou alterações intestinais causadas por fundo emocional.

A fibromialgia prejudica demais a qualidade de vida das pessoas que sofrem com a síndrome, porque a dor muitas vezes impede o indivíduo de realizar as atividades previstas, conseguir se divertir e até mesmo trabalhar.

Não há uma causa específica para a fibromialgia, mas como é sabido que os sujeitos acometidos por ela têm uma sensibilidade maior à dor, e por sua vez a dor é percebida pelo sistema nervoso, conclui-se que alterações nos nervos, medula e cérebro estejam entre as principais causas.

Como a dor é uma sensação muito comum e que ocorre no corpo todo, o diagnóstico da fibromialgia precisa ser feito com muito cuidado.

Tem que haver uma dor crônica em uma parte do corpo específica por mais de 3 meses, ou no mesmo período a chamada dor no corpo, que não permanece em apenas um membro.

Em conjunto com a dor, alterações no sono, no hábito intestinal, perda de memória e cognição, além de quadros de ansiedade ou depressão.

Além disso, o paciente normalmente não consegue determinar quando as dores começaram, pois comumente elas se iniciam de forma branda e vão ficando mais intensas com o passar do tempo. Normalmente a dor fica mais intensa ao final do dia, o que não significa que durante o dia o sujeito esteja livre delas.

Em alguns casos a dor é tão intensa que o portador evita qualquer topo de contato físico, como abraços, por exemplo.

Os medicamentos indicados para o tratamento da fibromialgia são os anti-inflamatórios e os analgésicos, que vão ajudar a controlar a dor.

Quando se percebe depressão ou ansiedade em conjunto, os psicotrópicos prescritos por psiquiatras também fazem para da lista dos remédios ingeridos diariamente.

Além da medicação, o acompanhamento psicológico é fundamental para que aos poucos o paciente consiga recuperar sua qualidade de vida e aprender a lidar com a dor e o uso constante da medicação.

Lembro que todo medicamento deve ser prescrito por médicos e alguns outros hábitos podem ajudar a minimizar as dores, tais como;

Evitar atividades que levam o corpo ao limite;
Reduzir o Stress;
Encontrar as melhores posições para repousar;
Fisioterapia. Obrigado pela visita e um ótimo 2022 para todos!

Demência

A demência, ou distúrbio cognitivo maior, é uma diminuição, lenta e progressiva, da função mental, que afeta a memória, o pensamento, o juízo e a capacidade para aprender.

Aos poucos a pessoa começa a perder a memória, não consegue mais se comunicar de forma eficiente e concisa, diminui sua capacidade para realizar atividades, começa a apresentar desorientação espacial e cognitiva e seu comportamento pode se tornar inapropriado.

À medida em que os sintomas evoluem os portadores passam a não conseguir realizar mais suas atividades sozinhos e se tornam dependentes de familiares, ou cuidadores.

Sabemos que a memória se deteriora, principalmente em idosos, com o passar do tempo, por isso é preciso ter muito cuidado ao fazer o diagnóstico da demência, para isso são necessários exames físicos, além dos mentais, de sangue e por imagem.

Apesar de em alguns casos, raros, a demência ser revertida, em linha geral, por ser progressiva, o tratamento se concentra em manter a qualidade da função mental o maior tempo possível e com o passar do tempo, fornecer cada vez mais apoio físico e emocional para a pessoa portadora do transtorno.

A maior incidência dos casos de demência se dá em pessoas acima de 65 anos e ela é a causa de mas de 50% dos casos de internação de idosos em asilos ou lares, principalmente em virtude da dificuldade das pessoas em lidar com o idoso quando o quadro de demência faz com que eles se tornem socialmente complicados em virtude de atitudes inadequadas.

Contudo é muito importante salientar que a idade avançada não é sinônimo de demência, muitas pessoas com mais de 90 anos não têm sinal nenhum da doença.

A perda de memória, principalmente a curto prazo, associada à idade ocorre normalmente em todas as pessoas, diferente da demência, mas é sempre importante ficar de olho, porque esses sintomas de perda de memória são comuns nos dois casos. Portanto é importante analisar se junto com a perda da memória outros fatores estão presentes, para então procurar ajuda e tratamento.

A deterioração da memória, nos pacientes com demência é mais grave, mas o que piora cada vez mais com o passar do tempo são as habilidades para realizar funções e atividades básicas.

 O mal de Alzheimer é uma das causas da demência, portanto é equivocada a associação entre as duas doenças, mesmo que a maioria dos casos de demência, tenha relação com o mal de Alzheimer.

Além do Alzheimer outra causa comum da demência é uma doença cerebral sem qualquer causa, que é o motivo da demência também ser conhecida como doença cerebral primária. Mas outras doenças podem ser determinantes, como Parkinson, tumores ou ferimentos na cabeça, entre outras coisas.

Fiquem sempre atentos aos sinais, desenvolvam sempre a memória, cuidem-se e cuidem dos seus!

Boa semana!

Autofobia

Semana passada escrevi sobre o medo da pessoa ficar solteira, essa semana vou falar sobre o medo da solidão, a Autofobia.

Os portadores dessa fobia têm medo exagerado de ficarem sozinhos, isolados ou abandonados, ainda temem ser ignoradas ou ficar sem contato humano.

Esse medo também faz com que a pessoa tenha confusão de sentimentos, como por exemplo sentir-se egoísta por querer a presença de alguém todo tempo, ou companhia para suas atividades externas e não deixar tempo para essa companhia cuide de si mesma.

Podem existir muitos fatores para o surgimento da Autofobia, mas os mais comuns estão relacionados com traumas causados por abandono na infância, ou que se envolveram em qualquer tipo de acidente enquanto estavam sozinhos.

Em casos mais graves, além do medo da solidão física, ou seja, não ter pessoas por perto e da sensação de abandono emocional, o autofóbico, em alguns casos, tem medo de perder bens materiais ou dinheiro e assim ter uma mudança drástica na sua rotina.

Esse transtorno não tem idade ou sexo para se manifestar, sendo comum tanto em crianças e adolescentes, como em adultos. Se o corpo identifica a solidão ou o abandono como sinal de perigo, o medo aparece e se torna incontrolável, causando reações físicas como a sudorese, taquicardia, falta de ar, entre outros.

O indivíduo já pode ter esses sinais pelo simples pensamento de ficar sozinho, ou imaginar-se abandonado, ignorado por pessoas próximas, ou até mesmo criando situações hipotéticas onde não receberá apoio de nenhum desconhecido caso se veja em um momento traumático que poderia acontecer enquanto ele caminha sozinho, ou dirige sozinho pelas ruas.

Além dos sintomas físicos, também existem os sintomas emocionais, tais como o ciúmes, quando o medo do abandono faz com que o sujeito não admita que as pessoas próximas a ele possam o trocar por outras, ou gostar mas de ficar com elas do que com ele, estresse, por ficar agitado antes mesmo de precisar ficar sozinho, raiva por achar que as pessoas não o entende e insistem em deixa-lo sozinho, entre outros menos comuns.

A Autofobia também é relacionada ao medo de lugares desconhecidos e até mesmo dificulta o convívio social, pois nem sempre pessoas novas são aceitas no ciclo social, por medo de futuro abandono, ou de tomar os amigos existentes.

O tratamento da Autofobia é a terapia e em casos graves, terapia acompanhada do atendimento psiquiátrico.

Na terapia o profissional vai trabalhar na melhora da autoconfiança, estima e amor próprio, para fazer com que o paciente se sinta, aos poucos, mais seguro e confortável consigo mesmo.

Tem medo da solidão? Faça terapia!

Até semana que vem!

Violência Doméstica

Depois de um dia cheio, cansativo, tudo o que a maioria das pessoas quer, é chegar em casa para poder fazer suas tarefas e depois descansar. Mas para algumas mulheres, o fato de chegar, ou ficar em casa, pode ser um pesadelo.

Ela pode ser vítima de violência doméstica, quando maridos, namorados, vizinhos ou qualquer outro morador da residência causa a ela morte, lesão, sofrimento físico, emocional ou sexual ou ainda dano moral ou do patrimônio.

Cerca de 20%, e isso é um número gigantesco, das mulheres no Brasil sofre, ou já sofreu alguma forma de violência dentro da própria casa, cometida por um homem e desse total, 80% foram cometidas pelo próprio parceiro, ou ex-parceiro inconformado com o término do relacionamento.

E esses números podem ainda ser piores, pois a estimativa é de que grande parte das mulheres que sofrem com a violência doméstica e conseguem sobreviver, não se reportam à polícia ou outras autoridades.

O medo de uma retaliação ainda maior e mais violenta, o desamparo, falta de outra moradia, a ineficiência do Estado em proteger as vítimas ou garantir que o homem cumpra os mandados de distância  ou não ter outro sustento para si e para os filhos são os maiores responsáveis pelo silêncio de boa parte das mulheres.

A violência doméstica não pode ser tratada como fato isolado, como um momento de descontrole ou impulsividade. O homem que agride sua mulher e não é abordado, vai repetir sua atitude e provavelmente com mais violência, para sempre.

Por isso, é fundamental denunciar e incentivar colegas, amigas e outras mulheres a fazerem o mesmo.

A violência familiar, não é apenas um problema particular, é um problema social e não atinge apenas mulheres de classes sociais inferiores, etnia, ou opção religiosa.

O machismo não enxerga dinheiro e nem educação, ele está arraigado na sociedade e precisa ser duramente combatido, caso contrário sempre encontrarão justificativas para as agressões e a vítima vai continuar sendo vista como culpada por boa parte das pessoas, afinal, sempre existirão aqueles que vão dizer que a mulher “não apanhou por acaso” ou “ As mulheres apanham porque gostam ou porque provocam.”

Nenhuma mulher gosta de apanhar, na verdade elas esperam que a violência acabe, que o parceiro mude, ou que tenham recursos para poder se sustentar ou sustentar seus filhos.

Além disso, engana-se quem acha que é fácil saber quando uma mulher é vítima de violência doméstica. Parceiros que parecem perfeitos e mulheres que em público só emitem sorrisos, podem muito bem ter uma realidade muito diferente dentro de casa.

Desde o ano de 2006, existe a chamada lei Maria da Penha, que criou mecanismos para coibir a violência familiar e doméstica. E mesmo que ainda não seja completamente eficiente, já ajudou centenas de milhares de mulheres pelo Brasil afora.

Não se cale, denuncie!

Anuptafobia

É bastante comum, infelizmente, pessoas desagradáveis dizerem para pessoas solteiras, mulheres mais frequentemente, a frase: “Se não casar logo, vai ficar para titia.”

Boa parte das pessoas, felizmente, conseguem ignorar comentários desnecessários como esse, mas algumas acabam internalizando esse sentimento e são acometidas pela Anuptafobia, que é o medo irracional de não encontrar um parceiro, ou parceira.

Nesses casos, arrumar um namorado deixa de ser um desejo e passa a ser uma obsessão.

Pessoas solteiras e na casa dos 30 anos de idade são as mais afetadas por esse distúrbio. Em virtude de fatores culturais e sociais, como escrevi no começo, mulheres são mais propensas à Anuptafobia, pois ainda hoje o homem solteiro nessa faixa de idade ainda é visto com bons olhos. Os homens normalmente são julgados por seu sucesso profissional, enquanto as mulheres são julgadas pejorativamente se não são esposas e mães.

Normalmente esse transtorno vem acompanhado de outros, como depressão ou ansiedade generalizada e outros fatores negativos, como insegurança, baixa autoestima, carência afetiva, entre outros problemas.

Em países como o Brasil, onde as mulheres ainda sofrem demais por suas escolhas, o receio de ficar solteira chega a ser compreensível, mas quando esse receio se transforma em medo profundo, a vida da pessoa se transforma e não existe nada mais importante do que arrumar um par, se possível casar e ter filhos.

E o pior, como disse acima, é que essa cobrança além de ser interna, vem de fora, da família, amigos, pessoas da igreja e etc., que ficam o tempo todo cobrando um relacionamento, como se fosse impossível uma pessoa ser feliz sem depender da presença de um par.

O período da vida entre 30 e 40 anos também é um fator limitante quando se pensa em gravidez. Apesar dos avanços tecnológicos, ainda é um tabu para mulheres acima dos 40 anos terem filhos, o que também contribui para a Anuptafobia.

Para identificar uma pessoa com esse distúrbio, alguns fatores são importantes:

  • Vitimização excessiva por não ter um par.´
  • Sentimento excessivo de solidão, mesmo tendo família, amigos e colegas por perto.
  • Não conseguem se divertir, nem socializar sem a presença de seu parceiro.
  • Necessidade exacerbada de exibir o parceiro em redes sociais ou círculos de amizade.
  • Sentimento de incapacidade e estado depressivo após o término de um relacionamento.
  • Promiscuidade
  • Identificação de pessoas em locais públicos como sendo “solteironas” ou acompanhadas, entre outras coisas.

Como em todos os transtornos, doenças mentais ou distúrbios, o melhor tratamento para a Anuptafobia é a terapia, onde o profissional vai ajudar os pacientes a enxergarem melhor todo o contexto, elevar a estima e ensinar sobre o amor-próprio.

Afinal é absolutamente impossível ser feliz ao lado de alguém, se você não é feliz consigo mesmo!