Amaxofobia

Apesar do nome difícil, essa fobia é uma das mais comuns que existe. O chamado “medo de dirigir”. E não é um medo comum, em uma situação de perigo, excesso de chuva, ou neblina, por exemplo. É um medo irracional e excessivo, que causa alterações físicas e enorme ansiedade no indivíduo.

Em casos mais extremos, inclusive, o medo não é apenas de dirigir, mas até mesmo de entrar em um veículo, prejudicando demais a qualidade de vida que quem é portador da fobia.

Quando acometido pelo transtorno, o individuo tem a sensação de que se for dirigir, vai bater o carro, atropelar alguém, deixar o carro morrer no meio do trânsito, entre outras coisas.

Estima-se que duas a cada cem pessoa aptas a dirigir um carro possuam amaxofobia. Em alguns casos ela vem acompanhada de outas fobias, como a claustrofobia, por exemplo.

Não há como definir as causas exatas para essa fobia, mas o mais comum é que ela seja causada por experiências traumáticas vividas ou presenciadas pelo sujeito, tanto na infância, como na adolescência ou fase adulta, uma vez que a amaxofobia pode surgir mesmo em pessoas já habilitadas há bastante tempo.

Sofrer ou assistir a um acidente grave, ou um sequestro no qual fica preso no porta-malas ou como refém dentro do carro, pode causar o transtorno.

Alguns sinais indicam a presença da amaxofobia. O perfeccionismo é um deles, quando você percebe que o condutor fica ansioso com qualquer pequeno erro ou esquecimento e fica muito sensível a críticas, porque tem medo de serem rejeitados em outras ocasiões.

Também existem os sinais físicos, como sudorese, boca seca, palpitação, agitação ou formigamento, dor de cabeça, entre outras coisas que podem ser notadas pelo próprio paciente e por outras pessoas dentro do veículo.

O melhor e mais eficaz tratamento é a terapia cognitiva e terapia breve, focada na mudança de comportamento e afirmação positiva do paciente em relação ao seu medo e à realidade.

O foco do tratamento gira em torno da causa do medo, seja um acidente pelo qual ele passou ou presenciou, ou outro tipo de problema ocorrido dentro de um veículo.

Não deixe as fobias atrapalharem seu dia-a-dia, procure ajuda!

Boa Semana!

Setembro Amarelo

Cada vez mais se torna imprescindível falarmos sobre a saúde mental. E no mês de setembro, especificamente, o foco é para os suicídios, que vem aumentando frequentemente, não só no Brasil, como em todo mundo.

Aqui no Brasil, a cada dia mais de 30 pessoas tiram a própria vida e a maioria apresenta duas condições, doenças ou transtornos mentais e viciados em algum tipo de substância.

Dentro dos transtornos, o com o maior número de casos é a depressão, seguido do transtorno bipolar.

Isso é fácil de entender, porque até hoje muitas pessoas ainda não aceitam a realidade e julgam a depressão como “frescura”, “preguiça”, entre tantas outras coisas, o que dificulta a procura por tratamento e a aceitação do problema.

No mundo o suicídio é a segunda maior causa de morte nos jovens entre 15 e 29 anos.

Ao contrário do pensamento generalizado, o suicídio fala mais sobre a sociedade, a família em que o indivíduo vivia do que sobre ele mesmo. As pessoas que fazem parte de grupos mais vulneráveis e que sofrem preconceito representam um número bastante superior, quando comparados com a população em geral.

Uma sociedade com a maioria das pessoas preconceituosas, que julgas ao invés de acolher, que excluem ao invés de incluir, que são ignorantes a ponto de não entender a gravidade das doenças mentais, mas se acham capazes de definir sua cura, está fadada ao fracasso.

Por isso é fundamental que pessoas esclarecidas, conscientes e com a mente aberta divulguem a campanha, que conversem, que sejam a voz que muitas pessoas precisam ouvir par salvar suas vidas.

Precisamos ficar atentos à alguns sinais, dar atenção a frases que podem ser despretensiosas, mas que gritam o pedido de socorro em suas entrelinhas. E precisamos agir, divulgar e orientar para que cada vez mais pessoas entendam que a depressão é uma doença e que como toda doença, precisa de tratamento. Para eles, psiquiatria e psicologia, para os que não acreditam e julgam, infelizmente não existe, ainda, remédio contra a ignorância.

Para entender melhor, leiam essa historinha que eu criei falando sobre a depressão:

http://elsopini.blogspot.com/2017/11/dialogos.html

Boa Semana e Divulguem o Setembro Amarelo! Este simples ato pode salvar vidas!

Incontinência Urinária

Perder o controle sobre qualquer uma das funções básicas do nosso corpo é sempre muito ruim. Com a incontinência urinária não é diferente e pode ser bem constrangedor.

Quando o sujeito perde, involuntariamente, urina pelo canal da uretra, ele tem, ou está com incontinência urinária.

A incontinência não é definida apenas pela perda de urina em situações de bexiga cheia, muito tempo segurando a urina ou aquela vontade incontrolável de ir ao banheiro. Ela ocorre em muitas situações, inclusive com a bexiga quase vazia e pequenos escapes diários e frequentes da urina.

Estima-se que 5% da população mundial sofra ou já tenha sofrido com a incontinência urinária, sendo que a incidência é 2X superior em mulheres do que em homens.

Os tipos mais conhecidos da incontinência são:

Por esforço, ou seja, o sujeito não tem mais força muscular pélvica para “segurar” a urina e quando ele faz qualquer pequeno esforço, ocorrem as perdas urinárias. Coisas como um espirro mais forte, uma gargalhada incontrolável, levantar um objeto mais pesado desencadeiam a situação;
Por urgência, que ocorre quando o cérebro entende que a pessoa está com uma vontade tão grande de urinar que ela nem consegue chegar à tempo no banheiro, mesmo que a bexiga não esteja cheia;
Por transbordamento. Nesse caso, sim, ocorre quando a bexiga está completamente cheia, o que ocasiona os vazamentos;
Funcional, que ocorre em pacientes com dificuldade ou impossibilidade de locomoção, permanente ou temporária e que por causa disso não conseguem se locomover até um banheiro sem ajuda.;
E por final, a chamada de mista, quando a incontinência ocorre por um esforço, em conjunto com a urgência. Ou seja, a bexiga já está cheia ou quase cheia e a pessoa solta um espirro mais forte, ou precisa fazer força demais.

São muitas as possíveis causas para a incontinência. Como a eliminação é controlada pelo sistema nervoso central autônomo, qualquer problema nessa área pode ser a responsável direta do problema, mas não exclusivamente. As mais comuns são:

Musculatura do esfíncter comprometida, normalmente pela idade;
Gravidez avançada;
Tumores, malignos ou benignos;
Doenças relacionadas à bexiga;
Obesidade, principalmente obesidade mórbida;
Infecção de urina ou do trato urinário;
Prisão de ventre;
E por fim, estresse emocional.

Nesse último ponto entra o tratamento psicológico, que além de ajudar a recuperação do sujeito na parte física, pode fazer com ele volte a ter uma qualidade de vida melhor, sem os apuros de uma situação constrangedora que pode causar outros males emocionais e danos sociais permanentes.

Não deixe esse tipo de problema atrapalhar sua vida!

Procure ajuda medica, caso seu problema esteja em um dos aspectos ligados à fatores físicos, ou procure um psicólogo. Terapia é vida! Boa Semana!

Inconsciente Coletivo

Todo mundo que acompanha o meu trabalho por aqui, pelos vídeos no youtube, ou pelas outras redes sociais, sabe que meu trabalho é voltado para a linha de trabalho humanista, mais orientada para a parte comportamental da psicologia.

Não sou muito fã da teoria de Freud e não trabalho com psicanálise, mas gosto demais de algumas coisas da teoria de Carl Rogers, e o conceito de inconsciente coletivo é uma dessas coisas, que se encaixa bem tanto para a psicanálise, como para as terapias mais modernas.

Para Jung, o inconsciente coletivo, diferente do inconsciente único de cada indivíduo, não deve sua existência a experiências pessoais. Ele é herdado. É um conjunto de sentimentos, pensamentos e lembranças compartilhadas por toda a humanidade.

Para entender o inconsciente coletivo, precisamos falar sobre os arquétipos, que são modelos, exemplos ou padrões seguidos pelas sociedades.

E para Jung, o inconsciente coletivo é uma “coleção de arquétipos”, que são herdadas pelas pessoas de seus ancestrais. Conscientemente, ela não se lembra dessas imagens ou conceitos, mas eles estão presentes e se manifestam inconscientemente.

Por exemplo, uma criança não tem consciência que cobras são animais perigosos, mas muitas delas sentem medo ao verem uma, porque o medo de cobras está no inconsciente coletivo da sua cultura.

Com isso ele explica muitas coisas, como o fato da criança encontrar o peito materno e saber que dele provém seu alimento.

Contudo, é importante salientar que nem sempre o inconsciente coletivo se manifesta de maneira tão simples. Sempre existirão exceções ou casos em que a fixação dos arquétipos levará mais tempo e novas situações.

Por definição, os arquétipos presentes no inconsciente coletivo são universais e idênticos em todos os indivíduos. A manifestação dos arquétipos pode ocorrer de forma simbólica, como as religiões, mitos, histórias infantis e fantasias.

Durante o desenvolvimento, essas imagens preconcebidas são moldadas conforme as experiências de cada criança. 

Para Jung cada individuo tem como tarefa uma realização pessoal, o que torna uma pessoa completa. E quando completa, essa tarefa é o alcance da harmonia entre o consciente e o inconsciente.

Obrigado pela visita e semana que vem tem mais!

Zoofobia

Boa parte das pessoas gostam de ter um bichinho de estimação, ou passar a mão em um cachorro que encontra no parque, ou ainda ficar feliz quando uma arara chega bem perto para poder tirar uma foto bonita.

Mas para algumas pessoas, a simples presença de um animal por perto pode ser um sério problema.

A zoofobia se caracteriza pelo medo excessivo ou doentio de um animal específico, ou de qualquer animal, seja ele doméstico ou não.

Claro que não se enquadram nesta fobia animais selvagens ou que são mortais, como cobras venenosas, ou felinos de grande porte, que causam medo em todo mundo quando estão por perto, ou ao menos deveria causar.

Os sintomas da fobia não aparecem somente por meio de contato ou encontro direto com os animais, mas um simples pensamento, ou sonho, já pode trazer as consequências mais desagradáveis possíveis, como por exemplo:

Desmaio ou tonturas;
Taquicardia;
Respiração acelerada e falta de ar;
Sudorese;
Congelamento dos movimentos, ou seja, a pessoa trava e não consegue sair do lugar.

Como toda fobia, o medo exacerbado demais atrapalha demais a qualidade de vida de quem o possui, pois limita em grande escala a mobilidade, causando sedentarismo e outros tipos de transtorno, como síndrome do pânico, além de causar graves crises de stress toda vez que o sujeito sai de casa e fica pensando que pode encontrar algum animal.

Normalmente o surgimento da fobia vem da infância, quando o indivíduo provavelmente teve experiências negativas ou traumáticas com animais. Contudo, esse medo pode passar com o passar dos anos e a pessoa vive normalmente, sem necessidade de tratamento ou acompanhamento, mas naquelas que desenvolvem a fobia, ele tende a persistir por toda a vida adulta, ou pelo menos até que seja feito o acompanhamento e tratamento terapêutico.

A terapia não vai fazer o medo desaparecer completamente em apenas poucas sessões, mas tem como objetivo principal fazer com que o paciente possa ir aos poucos se inserindo nos ambientes coletivos e aprenda a lidar de forma mais positiva com o medo, até que em alguns meses ou pouco mais de um ano, possa acabar com a fobia e ter uma vida normal. Até mesmo, quem sabe, com um novo pet dentro de casa!

Não tenha medo dos bichinhos, faça terapia!

Boa Semana!

Síndrome de Riley-Day

Uma das coisas mais desagradáveis que existe é sentir dor. Seja dor de dente, dor no dedinho do pé quando ele encontra uma quina, dor de cabeça, ou a dor de uma fratura.

Mas, ao mesmo tempo, o cérebro usa a dor para nos avisar que algo não está bem, ou seja, sentir dor é fundamental.

Imagine você quebrar o braço e não sentir nada, sofrer uma pancada violenta que pode causar hemorragia interna e não perceber que foi grave, não sentir a dor aguda no peito quando um infarto se aproxima.

Pois então, esse é o problema que acomete as pessoas portadoras da síndrome de Riley-Days ou dysautonomia familial.

A síndrome consiste em uma desordem no sistema nervoso que atrapalha a funcionalidade dos chamados neurônios sensoriais, que são os responsáveis pela reação do corpo à estímulos externos.

As pessoas acometidas por esse transtorno são insensíveis à todos os estímulos de dor e, em conjunto, podem apresentar outras dificuldades, como dificuldade no desenvolvimento lógico e motor, dificuldade em se alimentar corretamente, vômitos, convulsões e outras tantas coisas, além da mais complicada que é incapacidade de produzir lágrimas.

E o problema não é por não chorar, uma vez que não sente dor, mas a lágrima é fundamental para a hidratação dos olhos, que acontece o tempo todo com as pessoas não portadoras da doença.

A Dysautonomia familial é hereditária autossômica recessiva, ou seja, não há maior probabilidade de desenvolvimento da doença em homens ou mulheres, a chance é a mesma.

Para que a doença se manifeste, é preciso que ao nascer a criança herde um gene defeituoso de cada um dos pais, o que, por sorte, torna-a extremamente rara, algo em torno de nove para cada um milhão de pessoas.

Os portadores da síndrome, infelizmente, tendem a morrer jovens, em média por volta dos trinta anos de idade. Sempre em virtude de acidentes ou circunstâncias comuns à maioria das pessoas, mas que não são percebidos pelo indivíduo, uma vez que ele não sente dor, não recebe o alerta que algo não vai bem com o corpo.

Um portador da doença pode morrer de frio ao sair em temperaturas muito baixas, ou cair em um lago congelado e não perceber que seu corpo está entrando em hipotermia, ou não perceber que está se queimando em um acidente caseiro, entre tantas outras situações que poderiam ser evitadas.

O diagnóstico é feito através de exames físicos que vão comprovar a inexistência de reflexos e falta de respostas do organismo à aplicação de histamina.

Em casa é necessário começar a se preocupar se a criança não apresenta sinais de sentir frio ou calor, não lacrimejar e não se incomodar com quedas, nas quais pode ralar um joelho, ou bater a cabeça. Fiquem atentos, apesar de muito rara, essa é uma doença fatal que precisa de cuidados constantes, físicos e, claro, emocionais.

Acrofobia

Muitas pessoas conseguem, sem muitos problemas, subir em telhados, jantar em terraços altos, olhar para baixo de cachoeiras ou montanhas altas, mas para outras, isso é absolutamente impossível.

O medo exagerado e irracional de altura é chamado de acrofobia.

Não é incomum, claro, pessoas sentirem medo de lugares muito altos, principalmente quando não há nenhuma, ou pouca proteção, porém, nos casos de acrofobia, o medo se torna um empecilho muito grande e perigoso, pois são acometidos por ataque de pânico quando se veem em alturas elevadas, ou nem tanto para os padrões da maioria das pessoas. Ficam extremamente agitados até que encontrem um local mais seguro, expondo-se, assim, a um risco maior de queda ou desequilíbrio.

Em média, de 2 a 5 pessoas da população mundial sofrem de acrofobia, apesar da maioria não ter ciência do problema, sendo as mulheres as maiores portadoras.

O medo, como sabemos, é um instinto de sobrevivência, mas no caso de qualquer fobia, ele foge ao controle do indivíduo. Assim como tantas outras fobias, a acrofobia pode ser desencadeada através de um trauma na infância ligado a quedas, ou ameaças assustadoras que ficaram guardadas no inconsciente.

Os sinais mais comuns da acrofobia são: Vertigem, pânico e insegurança quando a sua capacidade de equilíbrio.

Essa insegurança pode fazer com que o indivíduo passe por situações embaraçosas, como procurar um lugar seguro rastejando ou ajoelhado e com as mãos no chão. A sudorese excessiva, taquicardia, tremedeira e choro descontrolado também podem aparecer nessas situações.

Apesar de limitar a vida do sujeito em diversas ocasiões, os portadores da acrofobia não possuem, via de regra, medo de avião.

O tratamento se dá por terapia, normalmente comportamental cognitiva, para reforçar a confiança e comportamento positivo dos pacientes.

Não deixe a acrofobia impedir que você visite lugares maravilhosos e aprecie vistas magníficas!

Procure ajuda!

Savant

Possivelmente vocês se lembram de terem lido aqui, ou assistido um dos meus vídeos no Youtube sobre autismo.

Depois de algum tempo, percebeu-se que classificar uma criança como autista era complicado, porque existem muitos graus de comprometimento, dos mais severos, aos quase imperceptíveis.

Savant, em francês, significa sábio, o que qualifica bem este transtorno, visto que mesmo com limitações graves, que por vezes causam enormes dificuldades intelectuais, de comunicação, compreensão e socialização, o portador possui talentos extraordinários, principalmente ligados à área da memória.

Assim como o autismo mais simples, o Savant não tem cura e o tratamento é importante para controlar os sintomas e melhorar a qualidade de vida dos pacientes.

Essa síndrome é bastante rara e comumente é genética e desde a tenra idade é possível perceber as diferenças dos portadores para as demais crianças. Contudo, em casos ainda mais raros, é possível desenvolver a doença na fase adulta em caso de acidentes que causem traumatismo cerebral.

No mundo todo encontramos pessoas portadoras da Savant e com várias habilidades excepcionais. Seja na memorização pura e simples, na qual pessoas conseguem decorar livros inteiros, uma infinidade de números telefônicos, dicionários entre tantas outras coisas.

Na parte da matemática, que também inclui a memória, os portadores são capazes de realizar, em segundos, contas complexas que demoraríamos para resolver com a ajuda de uma calculadora.

Também podem, apenas ouvindo uma única vez, aprender a tocar uma música sem erros pela habilidade de audição e memorização.

Na parte artística, não menos surpreendente, são capazes, mesmo com toda limitação, de desenhar pessoas, lugares e espaços que tenham visto uma única vez com riqueza de detalhes, entalhar esculturas em 3D de forma quase inimaginável, reproduzir pinturas famosas, entre tantas outras habilidades.

Além disso tudo, ainda conseguem, sem aula nem professor particular, aprender diversas outras línguas além de sua nativa.

O portador da síndrome pode apresentar uma ou mais das habilidades citadas acima.

Os Savants nos ajudam a entender que estamos muito longe de entender os limites do nosso cérebro. Mesmo com o QI muito abaixo, entre 40 e 70, quando a média geral fica entre 90 e 109, eles são capazes de realizar atividades que nem os maiores gênios conseguem com tanta facilidade.

Além da terapia convencional, a terapia ocupacional também é uma aliada na melhora do desenvolvimento e qualidade de vida do paciente.

Boa Semana para vocês!

Agorafobia

Quando muito se fala em distanciamento social, lockdown e isolamento em virtude da pandemia, muita gente reclama e diz que não consegue ficar longe de outas pessoas, que gosta de agitação, movimento, precisa de gente por perto.

Agora, imagine as pessoas que independente da pandemia, não conseguem permanecer em lugares desconhecidos, muito menos cheios e apertados, como elevadores, transporte público, ou eventos que reúnem milhares de pessoas, como shows.

A agorafobia é o medo irracional dessas situações. A pessoa acometida por este transtorno fica ansiosa, sente tontura, tremedeira, taquicardia e falta de ar ao ser exposta a uma dessas situações e até mesmo ao pensar em estar nesses lugares.

A agorafobia, portanto, se assemelha muito à síndrome do pânico, diferenciando-se apenas pelo fato de que a pessoa com agorafobia consegue sair de casa para lugares abertos, conhecidos ou até mesmo se obriga a vivenciar as situações que a fazem mal para cumprir seus compromissos, evitando o máximo possível lugares cheios e fechados

Apesar disso, o transtorno é muito limitante e afeta diretamente a qualidade de vida de quem o possui, pois a pessoa não consegue frequentar ou ao menos relaxar em lugares desconhecidos ou ambientes cheios o que, fatalmente, prejudica a interação com outras pessoas e pode levar ao isolamento voluntário.

Além de não se sentir bem em lugares apertados, é possível perceber que o transtorno está presente quando a pessoa sente medo de ficar presa e não encontrar a saída em lugares fechados, mesmo que amplos e cheios de gente, como cinemas, restaurantes e até shopping centers.

A agorafobia traz consigo a baixa autoestima, fazendo com que o sujeito sinta-se incapaz de se proteger ou reagir nas situações imaginárias de problemas nos locais que evita frequentar o que propicia a ele a vontade de sempre ficar em casa, que é o único lugar que se sente seguro e, ainda assim, sem a presença de visitantes em excesso que eventualmente possam “encher” a casa.

Claro que quando expostos às situações limites se sentem muito mal e a simples lembrança da angústia que viveram faz com que tenham pavor de pensar na ideia de precisar repetir a situação e passar pelos mesmos problemas emocionais novamente.

Com a pandemia, a agorafobia se tornou ainda mais grave na vida dos pacientes, pois somou-se ao medo natural de exposição o medo da contaminação que é maior e mais comum em lugares não ventilados e com pessoas aglomeradas.

A terapia e o acompanhamento médico, com psiquiatra, são os caminhos para o tratamento da agorafobia, com o objetivo de fazer o paciente se sentir mais seguro e confiante para enfrentar a ansiedade e o medo do desconhecido.

Obrigado pela visita ao blog e até a semana que vem!

Transtorno Depressivo Persistente

Também conhecido como distimia, o transtorno depressivo persistente pode ser definido como uma tristeza duradoura e indefinida, acompanhada por quaisquer outros dois sintomas da depressão clássica.

Normalmente as pessoas portadoras desse transtorno não são adequadamente diagnosticadas porque socialmente são vistas apenas como pessoas negativas, pessimistas.

Tantos as pessoas pessimistas como as doentes enfatizam demais os problemas, não só de si mesmos, mas da vida em geral, estão sempre de mau humor e nada do que as pessoas fazem parecem agradá-las, portanto, é muito importante tomar cuidado com julgamentos apressados.

A grande diferença nos dois casos é invisível para quem está do lado de fora, pois enquanto a pessimista é vista como uma companhia ruim para os outros, a doente se enxerga como uma péssima companhia para si mesma.

Até mesmo por ser um tipo de depressão, também há um desequilíbrio químico dos neurotransmissores no cérebro, na região responsável pelo  humor. Portanto os portadores da distimia além de pessimistas não tem senso de humor, são introvertidos e sempre se queixam dos outros e de si mesmos. Além da depressão, em virtude das dificuldades sentidas, há uma grande tendência de ansiedade intensa.

Para ajudar no diagnóstico, que só pode ser feito por psicólogos ou psiquiatras, é considerada distimia quando existe a manifestação da melancolia na maior parte do dia por pelo menos 2 anos.

Para complementar o diagnóstico, o sujeito deve apresentar duas destas características:
Falta de apetite ou gula;
Insônia ou hipersonia ;
Cansaço extremo;
Falta de foco;
Falta de Esperança.

O tratamento é feito à base de medicação e terapia, normalmente mais duradoura, tanto no número de sessões quanto no tempo da medicação, do que no tratamento da depressão maior.

Fique de olho! Ao notar alguns desses sinais em si ou em pessoas queridas, procure ajuda!