Transtorno de Personalidade Limítrofe

O Sujeito portador deste transtorno tem uma enorme instabilidade em sua vida, variando momentos de intensa euforia e estado depressivo, sempre ficando no limite de uma explosão de sentimentos direcionados a si mesmo ou para outras pessoas.

Relacionamentos pessoais e profissionais são muito afetados, assim como o amor próprio e a imagem que o sujeito faz de si mesmo. Além disso, por ter uma sensibilidade limítrofe, todos os sentimentos tendem a ser mais intensos, inclusive os negativos, como rejeição e abandono.

A principal característica do indivíduo portador desse transtorno é o sentimento de vazio que o acompanha e não pode ser preenchido por ele mesmo, o que causa uma dependência enorme de outras pessoas, nas quais se apoia, criando assim sofrimento e medo quando essas pessoas se ausentam.

Cansado desse sentimento, a pessoa borderline, como também é conhecido transtorno de personalidade limítrofe, pode chegar ao extremo de se isolar voluntariamente para não correr o risco de se sentir sozinha, rejeitada ou abandonada, uma vez que é essa a sensação que ela tem, caso esteja próxima de alguém.

Ao mesmo tempo, o isolamento voluntário causa uma raiva terrível das pessoas que o sujeito julga terem o abandonado, o rejeitado e ele despeja essa raiva em outras pessoas e em casos graves em si mesmo, através de automutilação.

Podemos perceber, portanto, que a pessoa fica extremamente instável, sentindo satisfação e até mesmo felicidade quando sente disponibilidade e apoio de quem se considera dependente, mas quase ao mesmo tempo percebe que está demonstrando sinais de carência e vulnerabilidade, causando o surgimento da raiva, estado depressivo e sentimento de desvalorização.

Assim como o isolamento voluntário, a autossabotagem é outro sinal comum. Por medo dos sentimentos ruins, o indivíduo prefere desistir dos objetivos antes que os conquiste, julgando assim que continuará tendo apoio e suporte das outras pessoas.

Por ser tão dependente, o borderline pode facilmente mudar de opinião, postura e comportamento, de acordo com o que ele acha que vá agradar quem ele espera ter ao seu lado, seja no trabalho no âmbito pessoal ou familiar.

O diagnóstico de uma pessoa com sinais de borderline só pode ser feito por psiquiatra e psicólogos, através de levantamento feito com o paciente e pessoas próximas.

Existe uma lista de características presentes em vários transtornos, que quando combinadas determinam a presença do transtorno de personalidade limítrofe.

  • Fazer esforços desesperados para evitar o abandono (real ou imaginado).
  • Ter relacionamentos intensos e instáveis que se alternam entre idealização e desvalorização da outra pessoa.
  • Mudar frequentemente a autoimagem ou senso de si.
  • Agir impulsivamente em, no mínimo, duas áreas que poderiam prejudicá-la (como praticar sexo sem proteção, alimentar-se compulsivamente ou dirigir de forma imprudente).
  • Ter repetidamente comportamentos suicidas, incluindo tentativas e ameaças de suicídio e automutilação.
  • Ter mudanças rápidas no humor, que normalmente duram apenas algumas horas e raramente mais do que alguns dias.
  • Sentimento de vazio crônico
  • Sentir raiva intensa e não justificada ou ter dificuldade em controlar a raiva.
  • Ter pensamentos paranoicos temporários ou sintomas dissociativos graves (sensação de que não é real ou desprendimento de si mesma) desencadeados por estresse.

Se 5 das características acima estiverem presentes, é hora de procurar um profissional para o diagnóstico preciso e início de tratamento.

Boa semana para todos e até a próxima!

Transtorno da Personalidade Antissocial

O Transtorno da personalidade antissocial, mais conhecido como sociopatia acomete jovens adultos e pode permanecer com o individuou por toda a vida.

A sociopatia se caracteriza por um padrão de descaso com a consequência dos seus atos, seja sobre si mesmo, ou os que atingem outras pessoas.

Em linhas gerais, os sociopatas cometem crimes, desde pequenos, até assassinatos para satisfazer suas necessidades ou prazeres, sem sentir nenhum tipo de culpa ou remorso.

Suas características mais marcantes são a imprudência, a mentira, fraudes, inclusive mentindo sobre seu próprio nome, condição social ou objetivos.

Pessoas acometidas pela sociopatia tendem a não se conformar com as próprias derrotas e fracassos e, ao mesmo tempo, achar que todo perdedor merece sua derrota, porque são fracos ou ruins no que fazem. Sempre culpam as vítimas, alegando que se foram enganadas, assaltadas ou até mesmo violentadas, o foram em virtude de suas fraquezas, impotência, ingenuidade ou falta de conhecimento e inteligência. Além disso, eles não se emocionam quando assistem outras pessoas sendo exploradas, assassinadas ou enganadas por outros.

Esse transtorno é mais comum em homens e segundo pesquisas recentes atinge cerca de 0,2% da população. Sabe-se que fatores hereditários são preponderantes nessas pessoas, mas o convívio familiar também é muito importante, tanto que até mesmo filhos adotivos tendem a apropriar as características negativas dos seus pais e se tornar sociopata na vida adulta.

Se há algo bom nisso tudo é que, em boa parte dos casos, a sociopatia vai diminuindo com a idade e em conjunto com tratamento psicológico e por vezes medicação, o indivíduo tem chance de mudar seus comportamentos e tentar iniciar uma nova vida.

É comum que existam outros problemas ou doenças que se juntam à sociopatia. Abuso de drogas, por exemplo é muito comum nesses pacientes. Mas eles também podem desenvolver Transtornos de déficit de atenção e de personalidade borderline.

Percebe-se, pelas características, que muitas coisas são semelhantes entre a sociopatia e a psicopatia. Mas há algumas diferenças básicas: A Psicopatia é fundamentalmente genética, hereditária. OS comportamentos que geram traumas na infância são vistos como um resquício do que o indivíduo passou quando criança, justamente porque seus país já eram portadores do transtorno.

Enquanto os Psicopatas são bem apresentados, calmos e muito organizados, os sociopatas são mais impulsivos e desorganizados. Psicopatas não conseguem criar laços afetivos, já os sociopatas conseguem e se sentem culpados por criar esses laços.

E, claro, o psicopata não tem tendência à cura psicológica, já o sociopata pode, sim, conseguir mudar o comportamento através da terapia, principalmente comportamental-cognitiva e por vezes ajuda de medicação.

Cuidem-se e fiquem sempre de olhos abertos! Até a próxima!

O Dinheiro e sua Força na Família

Quantos relacionamentos acabaram por causa de dinheiro? E, infelizmente, quantos só começaram por causa disso?

É inevitável aceitar o poder do dinheiro nas relações pessoais, não só hoje, mas desde que o dinheiro, ou seus representantes similares, foi inventado.

O Dinheiro estabelece uma relação de poder, que por vezes é exagerada demais, onde um membro do casal faz o que quer e o outro, por medo, insegurança ou comodismo, obedece e aceita tudo.

Quando há uma diferença tão grande entre a vida financeira pré nupcial do casal, ou quando apenas um dos dois é responsável pela renda familiar, conversar sobre a vida financeira pode ser muito difícil e também muito emocional.

Um marido que perde o emprego, pode se sentir acuado ao dizer para a companheira que dias de dificuldades virão e, infelizmente, a situação pode ficar violenta. A falta de dinheiro, de emprego, se torna um fracasso e poucas pessoas sabem lidar com fracasso.

Uma das maiores causas de suicídio no mundo é a perda de renda, principalmente daquelas pessoas que se acostumaram a viver com muito e não controlam o seu lado financeiro e acabam se perdendo e entrando em depressão irreversível.

A ausência do dinheiro, além do sentimento de fracasso, pode trazer a vergonha, o nome sujo, dívidas e cobranças. Humilhação. A quem lide com isso de forma calma e tente resolver, mas muitas pessoas se desesperam e se afundam ainda mais, emocionalmente e fisicamente.

É muito comum encontrar nos tabloides sensacionalistas casos de celebridades endinheiradas que criam novas famílias com a maior facilidade do mundo. Tendo filhos e ex-esposas(os) e com qualidade para sustentar a todos, mas, também via de regra, o dinheiro míngua e ao invés de famílias felizes, as notícias vão parar nas páginas policiais, com dívidas de pensão, agressões e outras coisas mais.

A família, quando envolve muito dinheiro, por vezes envolve também muitas futilidades. É o desejo de ter uma “vida boa”, coisas que com parceiros mais próximos da sua realidade e do seu sentimento, provavelmente não teria.

É impossível viver sem dinheiro, mas em tese, ele seria um coadjuvante nos relacionamentos, que deveriam sem prioritariamente regidos pelos sentimentos que uniram o casal e é claro que há um número significativo de casais que conseguem, pelo menos por algum tempo apenas rodeados pela felicidade e com a estabilidade financeira suficiente para viver, mas, hoje em dia, os sentimentos é que são secundários ou inexistentes. O dinheiro é o novo lema, o novo caminho para a felicidade, que não é eterna, nem enquanto dura…

Boa Semana Pessoal!

Desapego

A prática do desapego pode ser por muitas vezes difícil, mas extremamente necessária.

Se desprender de coisas ou de pessoas pode ser a única maneira de seguir em frente com a própria vida.

Quando ficamos muito presos a lugares, coisas ou pessoas, temos tendência a criar um sentimento de posse, ou ainda pior, se ver como posse de outra pessoa ou sem enxergar uma vida longe daquele lugar, trabalho ou qualquer outra coisa que nos prende.

E quando alguma dessas coisas acaba, ou quando uma pessoa vai embora, pode ser que as raízes que você criou já estejam profundas demais para que seja possível prosseguir um novo caminho.

Outra dificuldade que temos em nossa cultura e que para algumas pessoas é um fator limitante importante, é desapegar das pessoas que partem dessa vida. Nosso egoísmo por vezes nos faz preferir, em nome de um milagre que sabemos ser quase impossível, continuar vendo quem amamos vivos, mesmo que por vezes com uma dor insuportável, ou até mesmo uma vida artificial por não aceitar o sofrimento da perda, do luto.

Desapegar é dar dignidade a quem se vai, é se despedir e como agradecimento pela vida de quem se foi, compartilhar e continuar seu legado e não apenas chorar sua ausência.

Posso falar, com tranquilidade, que desapegar é aprender. Aprender a viver de uma forma diferente. Aceitar um novo emprego, um novo lar, novas pessoas, uma nova vida!

É não lamentar o que passou e sim agradecer por ter passado bons momentos, por ter compartilhado aprendizado, pela evolução e conhecimento de cada dia.

Se despedir sem mágoa ou rancor, sem remorso, sem medo de olhar para trás, mas com muita vontade de olhar para frente!

Desapegar é doar a quem precisa, uma roupa que não lhe serve mais, ou que não serve mais em sua nova personalidade, um sapato, uma bolsa, uma boa ação. É se doar para quem vier e precisar da sua mão, do seu respeito, da sua atenção, do seu carinho. É estar presente no presente e não usando o presente como arma para esquecer do passado. Quem tenta esquecer, não desapega!

Olhe bem para a sua rotina e veja se nela não existem coisas que você faz por comodidade, mas que já perderam o sentido, perderam a razão.

Não fique ruminando seus erros, deixe-os ir e fique com o aprendizado, viva seu luto, de tudo e de todos e se prepare para sempre renascer, como a Fênix, que das cinzas se transforma em uma linda criatura. Uma semana de desapego para todos vocês!

Medo de ser Feliz

Pode parecer uma afirmação estranha, mas muitas pessoas tem medo da felicidade.

Isso acontece, principalmente em casos de baixa autoestima e falta de amor próprio.

As pessoas que sofrem com essa situação normalmente se acomodaram em um lugar de “desconforto confortável”, na qual passam o dia reclamando da vida, das coisas, dos outros e deixam a própria vida de lado, convenientemente.

Outro fator é o medo do fracasso. Quando uma pessoa acha que vão vai conseguir atingir determinados objetivos de vida, seja na parte afetiva, ou na parte profissional, acaba se auto sabotando para nem precisar justificar o fracasso que ela já espera.

Por exemplo, uma pessoa que gostaria de fazer uma corrida de rua de 15km, sonha com isso, se vê em holofotes e etc. Mas duvida da sua capacidade, tem medo de não conseguir e se imagina sendo julgada e sentindo muita vergonha por não ter conseguido. O que essa pessoa faz? Negligencia o próprio corpo, come demais, engorda e assim justifica para si e por vezes para o outro que só não corre porque está fora do peso, não consegue treinar e etc…

Mesmo com incentivos e ajudas, a pessoa que tem medo de ser feliz não desiste das suas reclamações e não faz absolutamente nada para ser diferente.

Sempre culpa o mundo, o tempo e outras pessoas por sua infelicidade, mas não admite seus erros e não se esforça para atingir objetivos.

Profissionalmente são aquelas pessoas que por fora nutrem inveja dos colegas que são mais bem sucedidos, fazem fofoca com outros colegas, criam teorias sobre o companheiro e seus superiores, mas internamente, as vezes até inconscientemente, sentem-se aliviadas por não ter que assumir uma nova responsabilidade.

Afetivamente, essas pessoas normalmente nutrem um amor platônico por alguém inatingível, ou que se torna platônico pela falta de atitude e coragem. Sempre acham que as pessoas de quem gostam são boas demais para eles, mas nada fazem para melhorar, na verdade, pelo contrário, assim como no exemplo da corrida, sabotam a si mesmos para poder culpar o corpo, a forma física e até mesmo o baixo salário ou cargo considerado inferior para argumentar que nem adiantaria tentar nada para conseguir o objetivo.

Outra dificuldade de quem não consegue ser feliz é sempre reclamar de abandono, solidão, mas também reclama quando alguém aparece para uma visita ou avisa que vai fazer a visita.

Eles sempre acham problemas, dificuldades e reclamam, como reclamariam se não houvesse ninguém indo.

Enfim, sem tratamento, sem perceber o que está acontecendo e sem vontade de mudar, essas pessoas nunca terão oportunidade de encontrar a verdadeira felicidade. Se você leu e se enxergou em algum pedaço do texto, ou reconheceu alguém próximo, procure ajuda! Obrigado pela visita ao blog e até semana que vem!

Chantagem Emocional

A chantagem, por si só, já é algo muito negativo, incorreto, ou qualquer outro adjetivo pejorativo que você queira usar.

Extorquir dinheiro ou favores de alguém através de ameaças é algo impensável para qualquer pessoa com o mínimo de hombridade.

Mas a chantagem emocional, é ainda pior, mais cruel e destrutiva, principalmente quando a ameaça contém mentiras, culpas imputadas incorretamente ou ainda ameaça de abandono.

O que dificilmente nos damos conta é que a chantagem emocional cresce com as pessoas desde a tenra infância, quando a criança chora esperando o leite ou “faz birra” no supermercado para a mãe comprar um doce, ou até mesmo quando se recusa a cumpri alguma ordem se não houver alguma coisa em troca.

Mas é claro que na maioria das crianças essa atitude vai diminuindo com o tempo e tende a desaparecer.

Já algumas crescem assim e acabam se especializando em fugir das responsabilidades, repassar a culpa para outras pessoas e consequentemente perdem toda empatia.

Nos relacionamentos a chantagem emocional pode demorar a ser percebida e quando a parte afetada se dá conta, pode ser tarde demais para conseguir, sem ajuda profissional, voltar a seguir um caminho de paz, confiança e autoestima.

Pequenos gestos, como um olhar diferente quando o par passa um perfume especial, uma pergunta que parecia ser tola sobre a roupa que usaria no jantar com os pais uma pergunta supostamente inocente para poder olhar o celular, são os primeiros sinais que as pessoas que vão chantagear no futuro demonstram.

E depois, passo a passo, vão virando as situações, para transformar as vítimas em culpadas e o pior, fazer com que elas se sintam realmente culpadas.

Ameaçadas pela possível perda de quem “as ama demais, por isso faz o que faz”, as pessoas vão aos poucos minguando, desistindo das próprias vidas e se fechando para o mundo, enquanto a chantagista desfruta da liberdade e do poder que a ela foi concedido.

Os chantagistas, na maioria das vezes, são muito inteligentes e manipuladores, envolvem a vítima em suas histórias e sentem prazer em dominar.

Se você percebe em alguns dos seus relacionamentos, seja afetivo, profissional, ou mesmo nas amizades, não deixe chegar ao ponto de envolvimento total. Conheça sua verdade, seus limites e jamais carregue uma culpa, sem ter certeza absoluta que lhe pertence.

Por vezes a solidão, ou a espera por uma nova jornada, é mais saudável do que algumas companhias! Boa semana, com paz de espírito para todos!

Sentimento de Culpa

Sentir culpa não é algo raro em nossas vidas. Sempre que cometemos um erro, intencional ou não, e nos deparamos com o resultado negativo, nos sentimos culpados.

Quando a culpa reflete em outra pessoa, ou seja, quando nossos atos prejudicam alguém que não nós mesmos, essa culpa pode se transformar em remorso.

Mas o sentimento de culpa mais comum é aquele que temos para conosco. As coisas que deixamos de fazer, ou que não devíamos ter feito que nos atormentam e fazem com que nosso cérebro tente criar futuros paralelos caso a situação fosse diferente.

Nada disso adianta, a culpa que nos cabe deve ser usada como aprendizado e não ser remoída infinitamente na expectativa de encontrar um final diferente. O que precisamos é aprender a lidar com a culpa e com as nossas responsabilidades, assumir os atos e não tentar fugir nem fingir.

Existe também a culpa que criamos internamente. Situações em que fizemos tudo o que era possível, tomamos as atitudes que achávamos mais corretas e melhores para a situação que se apresentava, demos o nosso máximo, fizemos o melhor que era possível e mesmo assim o resultado não foi o esperado. Normalmente esse tipo de culpa aprece em situações de luto, quando tentamos de toda maneira encontrar soluções que mudassem o destino final. Como se fosse possível ter feito algo mais, ou diferente. Ou em situações familiares, quando nos perguntamos qual foi nosso erro, por exemplo, na educação dos filhos que no presente são tão diferentes do que gostaríamos que eles fossem.

Essa culpa não nos pertence, ela não é real, é um sentimento que precisa ser trabalhado e tratado para que não tenhamos medo de agir no futuro.

Contudo, o pior sentimento de culpa, o mais perigoso e nos que coloca em forte risco emocional é aquele que nos é colocado por outros. A culpa que carregamos sem ser nossa, que nos foi dada indevidamente por alguém incapaz de assumir seus erros, seus atos e suas responsabilidades.

Muitas pessoas, infelizmente, são assim. Culpam a vítima de forma tão eloquente que as faz acreditar que realmente são culpadas, depois fingem que a desculpam para deixar a vítima ainda mais confusa.

Essa confusão traz questionamentos irracionais, como por exemplo, – Se eu não saísse ele não ficaria bravo. Ou – Se eu me vestisse diferente ele não me trataria daquele jeito. Entre outras tantas possibilidades que tornam pessoas um arremedo da vontade alheia e com a personalidade destruída junto com a autoestima.

Nesses casos, não há saída senão um tratamento longo, complicado e pesado para que a pessoa retome as rédeas da própria vida e entenda que não era culpada e sim abusada.

Cuidado com o peso que carregam, não se deixe enganar por quem apenas que se livrar do seu próprio problema!

Ótima semana, com consciência e sem culpa, para todos nós!

Penalidades Éticas

Todas as profissões regulamentadas precisam ter algumas normas que devem ser seguidas pelos profissionais.

Quando essas normas são desrespeitadas, o cliente, consumidor ou paciente tem o direito de abrir uma reclamação contra esse profissional e cabe ao conselho de cada classe avaliar se essa reclamação é fundamentada e, em caso positivo, aplicar as sanções necessárias para que o profissional não volte a cometer os mesmos erros, ou em casos muito graves, perca o direito de trabalhar na profissão para a qual estudou.

Nós, psicólogos, precisamos seguir os preceitos determinados em nosso código de ética, que fica disponível, online, para o conhecimento de todos os pacientes e pessoas que por ventura se interessem em começar um atendimento.

Em casos nos quais o profissional seja considerado culpado, mas não por erro grosseiro e que não tenha causado nenhum dano maior ao paciente, ele recebe uma advertência, mas pode corrigir seu erro e continuar trabalhando normalmente.

Se for um caso um pouco mais grave, pode haver uma multa a ser recolhida para o Conselho e de acordo com o agravante, pode receber sanções mais duras, como a censura pública, ou seja, o nome do profissional é publicado e divulgado em mídias, deixando exposto seu erro e com a necessidade de um pedido de desculpas públicas.

Depois vem a suspensão temporária, por 30 dias e, como exposto no início, em casos muito graves, a cassação do direito de trabalho.

Por se tratar de um trabalho subjetivo, é muito importante a apuração dos fatos por pessoas especializadas ara que não exista injustiça ou sanções equivocadas.

Os maiores cuidados a serem adotados pelos profissionais, são sempre o sigilo e isso das técnicas adequadas para o trabalho.

Enquanto isso, é preciso por outro lado, tomar cuidado com a interpretação errônea de pacientes que imaginam a sessão de terapia como um oráculo onde encontrarão respostas prontas, previsões do futuro ou conselheiros que vão lhes dizer o que fazer, tentado assim se livrar de possíveis problemas causados por suas próprias atitudes.

Para conhecer o Código de Ética dos psicólogos, pode acessar o link abaixo:

https://site.cfp.org.br/wp-content/uploads/2012/07/codigo-de-etica-psicologia.pdf

Boa Semana para todos!

Ciúme Paranoico

Por natureza, sentir ciúmes não é saudável. Apesar de algumas pessoas dizerem que é uma forma de demonstrar amor, cuidado, isso não faz o menor sentido. Ciúme é sinônimo de desconfiança e se a pessoa que está ao seu lado não merece sua confiança, talvez você esteja perdendo seu tempo.

A pessoa ciumenta não é muito diferente daquela vizinha que fica na janela olhando a vida alheia ou que fica parada na porta da casa olhando pela fresta o que está acontecendo no vizinho.

Essas pessoas, assim como as ciumentas, perdem boa parte da própria vida, querendo viver a vida do outro, se preocupando com o que as outras pessoas fazem e naturalmente deixando de lado o que precisam fazer.

E se o ciúme fosse mesmo uma forma de amor, não seria responsável pelo fim de tantos relacionamentos.

Mesmo assim, sabemos que o ciúme está presente na vida das pessoas, e não só em relacionamentos, mas também em amizades e até profissionalmente.

Esse ciúme acabou, portanto, sendo de certa forma aceitável. Mas uma forma mais profunda de ciúme, se torna uma doença, um transtorno e chamamos de ciúme paranoico, ou Síndrome de Otelo.

Neste estágio, a pessoa, que se acha dona da parceira ou parceiro, fica tão obcecada e delirante com a ideia da traição que faz qualquer coisa para buscar provas de que está certa, que seu par é realmente infiel.

A síndrome de Otelo é caracterizada, nos dias atuais, por invasão da privacidade da pessoa companheira través de buscas em seu celular, computador, e sem contexto nenhum começam a ser agressivas e a humilhar a pessoa que em tese ama.

Nos casos mais extremos, o assassinato da parceira ou parceiro pode ocorrer. Nesses casos é bastante provável que além do ciúme paranoico exista um outro transtorno delirante em conjunto para sustentar esse tipo de ação.

Pessoas fracas e influenciáveis também se deixam levar pela conversa de terceiros, ou seja, cria desconfiança não baseada em fatos e sim em fofocas e acaba destruindo mentalmente a própria vida e o relacionamento.

Os portadores mais comuns da síndrome são homens, por duas razões básicas, o instinto de defesa da mãe, quando coloca a sua parceira em um pedestal que não a pertence e ao inconsciente coletivo que responde pelo machismo exacerbado e faz com que o homem considere sua parceira como propriedade e não permite que ela tenha pensamentos e atitudes próprias, criando assim uma desconfiança e ciúme quando a mulher possui essas simples características.

As pessoas precisam aceitar com mais naturalidade o fim de ciclos, se preparar para o início de novos e entender que o ciúme não impede a traição e sim é um combustível que pode levar os parceiros à infidelidade.

Vivam as próprias vidas e fiquem livres das responsabilidades que não são suas!

Boa Semana!

Alta – A realização profissional

Infelizmente, nem todo mundo tem condição de trabalhar com aquilo que gosta, muitos não tem oportunidade de fazer um curso superior e outros tantos, mesmo com curso superior não conseguem exercer a profissão pela qual dedicaram boa parte da vida.

Para quem trabalha com o que ama, sempre há alguma situação especial, que traz alegria, prazer, satisfação pessoal.

Para mim, e acredito que para boa parte dos psicólogos e outros profissionais da saúde, não existe momento mais satisfatório do que a última sessão de um paciente, a sessão da alta.

A felicidade por saber que uma pessoa está livre dos seus problemas emocionais, mais forte para lidar com os que virão, preparada para não carregar a culpa que não lhe pertence, sem os medos que estavam atrapalhando seu sucesso pessoal ou profissional, é muito difícil de definir.

É uma confirmação dos 5 anos de estudo, das atualizações frequentes, da empatia construída, da certeza de que o caminho escolhido não poderia ser melhor.

Dar alta a um paciente é como transformar todas as interrogações que ele trouxe em exclamações, dúvidas em certezas, medo de agir em confiança, trocar a escuridão pela luz.

Nunca me esqueço da primeira alta e acho que nunca vou esquecer da última, mesmo sabendo que haverão muitas últimas ainda pela frente.

E a cada alta de um paciente, dou alta para mim mesmo, pois foi mais um ciclo de aprendizagem, responsabilidade, mais um pouquinho do meu próprio caminho construído.

Claro que nem sempre as coisas dão 100% certo. Alguns pacientes desistem no meio do caminho, às vezes por não conseguirem mais dar conta da terapia, às vezes por motivos financeiros e até mesmo por falta de empatia com o terapeuta ou com a linha de trabalho.

No começo da carreira as desistências são complicadas, porque o psicólogo, humano como é, tende a achar que o problema é ele, seus métodos, sua forma de trabalhar. Com o tempo e a experiência, descobrimos que, assim como os pacientes, não podemos e nem devemos carregar uma culpa que não nos pertence e aceitamos, apesar de tristes, o fim antecipado do trabalho.

Mas não são raros os casos de pacientes que depois de encerrarem o ciclo por conta própria voltam e fazem o trabalho até o fim.

E a satisfação do paciente também é notória, quando ele percebe que conseguiu chegar no seu objetivo, ajustar seu caminho e entender que todo mundo vive para ser feliz!

Faça terapia, encontre o seu próprio caminho para a felicidade e veja sua vida mudar!