Dissonância Cognitiva

A dissonância cognitiva não é um transtorno, nem uma doença, é mais um conceito para definir pessoas que expressam, sente e agem de forma dissonante sobre o mesmo assunto.

Muito parecida com a hipocrisia, a dissonância se caracteriza em pessoas que defendem um ponto de vista, mas atuam de forma oposta ou divergente.

O que difere a dissonância da hipocrisia é o sentimento. O dissonante sente internamente que sua fala é verdadeira, mas não consegue controlar a atitude, procurando assim justificativas para defender seus atos, já o hipócrita tem ciência de que sua atitude expressa seu pensamento, mas mente descaradamente ao falar sobre o assunto.

Vamos exemplificar:

A pessoa hipócrita tem uma relação extraconjugal, se sente satisfeita nessa situação, mas fala muito mal de outras pessoas que fazem o mesmo, com o intuito de não ser julgada.

A pessoa dissonante que mantem uma relação extraconjugal fala e sabe que é errada e se sente muito mal com a situação em que se colocou, mas não consegue atuar de outra forma, tentando encontrar diferenças na sua relação que possam justificar a atitude, como problemas na sua ou na relação da outra pessoa.

Ou seja, a dissonância refere-se diretamente ao mal estar causado por esse conflito entre pensamento(fala), sentimento e atitude.

Quem primeiro descreveu a dissonância cognitiva foi o psicólogo Leon Festinger, em 1957, depois de analisar o comportamento de pessoas que abandonaram literalmente tudo para acreditar em uma mulher chamada Dorothy que os convenceu de que o mundo acabaria em 1954 e apenas os seguidores dela seriam resgatados por discos voadores.

O mundo, obviamente, não acabou, mas ela ainda convenceu seus seguidores que o fato de eles ficarem sem nada comoveu os E.Ts e por causa deles a Terra foi poupada.

Para não se sentirem idiotas demais, a maioria dos fiéis, internamente, buscou recursos para acreditar que não foram enganados, apesar de sentirem muito mal com a sua atitude.

Quase todo mundo mente, certo? E quase todo mundo sabe que mentir não é correto.

Isso é um exemplo de dissonância, afinal todo mundo critica quem está mentindo, mas acha que suas mentiras são justificáveis, menos graves, inofensivas ou até mesmo necessárias.

E por mais paradoxo que possa parecer, a dissonância é uma ferramenta fundamental para mudanças de atitude.

Quando a pessoa entra nesse conflito e entende que suas atitudes precisam mudar para ter coerência com seus pensamentos e sentimentos, ela tende a mudar essa atitude e passar a ser consonante, ou seja, ter coerência nas três pontas, abrindo as portas para que outras dissonâncias sejam desfeitas.

Se você, por exemplo, brada contra a corrupção e devolve o troco que veio a mais, não fura fila, não usa energia da outra casa e etc. são sinais de que você está no caminho certo e em consonância com seu pensamento!

Você tem agido de forma dissonante em algumas situações? Se sente mal com isso? Bora fazer terapia!

Psicologia Social

Um dos ramos menos comentados da psicologia e também um dos mais importantes, principalmente no contexto atual, é a psicologia social.

E por que esse ramo é tão importante?

Porque o resultado do trabalho dos psicólogos sociais contribui para uma possível construção de uma sociedade mais empática e acolhedora.

Pena que, mesmo munidos do resultado do esforço dessas pessoas, os tomadores de decisões e até mesmo as pessoas de outras comunidades ou centros, tenham tanta dificuldade com a empatia.

A psicologia social ajuda a explicar, através de estudos de populações, por exemplo, porque algumas pessoas agem de forma completamente diferente quando estão sozinhas e quando estão em grupos.

Isso só é possível porque ela estuda a fundo a relação do sujeito com o grupo cultural e social que o rodeia, em conjunto com seus comportamentos nos momentos em que está sozinho ou acompanhado de familiares e, como e o quanto, esse comportamento muda quando o sujeito está inserido em um grupo diferente.

Nesse contexto são encontrados os líderes, para o mal e para o bem, de diversos grupos, aqueles que conseguem convencer pessoas a cometerem delitos ou começar a frequentar uma igreja.

E o psicólogo social, além de revelar todas essas situações, ainda vai trabalhar para concluir qual a melhor maneira de intervir junto ao sujeito e ao meio em que ele vive.

O psicólogo social também estuda o comportamento em massa de populações em situações de estresse, o chamado comportamento de manada, quando muitas pessoas fazem a mesma coisa, mas não conseguem explicar individualmente porque fizeram aquilo, ou seja, apenas seguiram o que viram na sua frente, como por exemplo, sair correndo para estocar água e comida em situações em que não haveria risco iminente de abastecimento lógico.

O psicólogo social não tem relação e nem as mesmas atividades do assistente social. Primeiro pela formação, enquanto para exercer a profissão de psicólogo social o profissional obrigatoriamente é formado pela faculdade de psicologia, o assistente social faz o curso de serviço social.

Na área de atuação, o psicólogo trabalha para intervir e interagir no comportamento do grupo social-cultural e lutar pela promoção da saúde mental do grupo em si e de cada membro pertente a ele, enquanto o assistente social tem como dever garantir os direitos básicos das pessoas menos favorecidas do grupo.

Contudo, nada impede que os dois profissionais atuem lado a lado, para aprimorar ainda mais as atividades de cada um e unir os esforços em prol do bem comum. Quanto mais psicologia, melhor a sociedade!

Síndrome da Fadiga Crônica

A síndrome da fadiga crônica é definida através da presença de cansaço intenso constante, que pode piorar com a atividade física ou mental, mas que não melhora depois do repouso ou descanso.

Ou seja, o sujeito se sente fadigado o tempo todo, mesmo que não tenha feito esforço, ou seja, sem nenhuma razão plausível e não consegue descansar ou relaxar independentemente da quantidade de horas que permaneça repousando.

Como em boa parte das síndromes e transtornos, não há uma causa definida específica, porém sabe-se que doenças físicas, como infecções e estresse ou outros transtornos mentais, são os grandes vilões nesse caso.

Obviamente, o principal sintoma da síndrome é a fadiga. Contudo existem outros sintomas que podem ser notados, tais como:

Dificuldade com a memória ou concentração e foco, dor de garganta frequente, presença de ínguas dolorosas no pescoço e, ou nas axilas, dores musculares e nas juntas, dor de cabeça e sono regular, mas que não traz o conforto do descanso.

Em menor frequência outros sinais podem estar presentes, tais como:

Dor abdominal, dor no peito, tosse crônica, diarreia, tontura, boca seca, náuseas, irritabilidade, depressão, transtornos de ansiedade, formigamento, olho seco, além da perda ou ganho de peso sem motivo aparente.

A fadiga é também um sintoma comum a diversas outras doenças, como infecções, distúrbios endócrinos, cardiovasculares, respiratórios e mesmo psicológicos, portanto quanto antes essas possibilidades foram descartadas, mais fácil identificar a síndrome e começar o tratamento.

Mulheres entre os 40 e 50 anos são as que mais apresentam os sintomas, mas a doença pode afetar qualquer pessoa em qualquer idade.

O tratamento deve ser feito em conjunto entre o médico e o psicólogo, sempre trabalhando em medidas que visam controlar os sinais e sintomas.

Além do acompanhamento, o paciente deve incluir ou modificar algumas coisas em sua rotina, como por exemplo:

– Ter moderação nas atividades diárias, reorganizar seu cotidiano, evitando o estresse físico e psicológico e deixando de lado qualquer tipo de sedentarismo;

– Exercícios físicos: devem ser estimulados, mas deve-se refazer ou montar uma rotina de treinos mais suave e com progressão gradual.

 A terapia mais indicada é a cognitivo-comportamental que vai ajudar o portador a reconhecer as crenças e comportamentos negativos que podem dificultar a melhora, substituindo-os por atitudes saudáveis e positivas.

O tratamento médico se dará principalmente no combate a dor, para permitir que o paciente consiga readequar a sua rotina.

Se sente cansado demais o tempo todo e não sabe o motivo? Procure ajuda! Vá ao médico e faça terapia!

Depressão Pós-Adoção

Muitas pessoas já ouviram falar e muitas mulheres já passaram pela temida depressão pós-parto.

Contudo, poucas pessoas conhecem ou se solidarizam com a depressão pós-adoção, talvez por não entender que assim como a mãe que desejava demais ter um filho passe pela depressão pós-parto, aquelas que impossibilitadas fisicamente para a gestação, possam passar por problema semelhante após realizar o sonho da maternidade, mesmo que com uma criança que não foi gerada por ela.

Por ser menos conhecida e comentada, muitas mães não sabem o que estão passando e tem medo ou receio de procurar ajuda e serem vistas como más mães, relapsas ou impotentes, quando na verdade o ato de procurar ajuda, principalmente emocional, faz dela uma mãe que transborda amor.

A depressão pode ocorrer por diversas razões, entre elas o choque entre a expectativa gerada antes da adoção com a realidade dos primeiros dias da nova vida.

A mãe pode imaginar que será extraordinária, fantástica, também que terá um amor recíproco da criança já nos primeiros momentos, além de esperar apoio total da família e é possível que ela descubra que nada disso vai acontecer do jeito que ela esperava.

Vai encontrar falhas em si mesma, se culpar, não sentir a reciprocidade da criança e por muitas vezes se ver sozinha no meio de situações difíceis para uma mãe de primeira viagem.

Toda essa frustração, pode causar a depressão.

E ainda existem fatores externos que podem causar a doença, como por exemplo imaginar que não sente o amor que esperava sentir pela criança e ver uma enorme culpa cair sobre si mesma, ou ainda olhar para a criança e reviver toda a luta e tristeza causada pela infertilidade, seja dela ou do parceiro. Pode, ainda, em alguns momentos imaginar a dor da mãe biológica e pensar que roubou o maior amor que uma pessoa poderia ter, mesmo sabendo que o processo de adoção foi legitimo e que a criança está melhor agora.

Se a criança adotada for maior ou até mesmo perto da adolescência, ainda surge a dificuldade de lidar com um ser humano que veio de lugares diferentes, com características diferentes e que vai precisar passar por uma mudança brusca que nem sempre é bem vista.

Como pudemos perceber nessas poucas linhas, a depressão pós-adoção é real, perigosa e, ao contrário do que se imaginava, tem muitos motivos para aparecer.

É fundamental receber o apoio das pessoas próximas, em muitas vezes buscar auxílio médico com fármacos que ajudem a controlar o estado depressivo e acima de tudo, indispensável o trabalho na terapia, onde a mãe vai aos poucos se preparando para os novos desafios, deixando de lado as expectativas e frustrações e entendendo que a realidade por vezes não é tão bonita quando o sonho, mas que jamais pode ser vista como um pesadelo.

Sabendo de tudo isso, é aconselhável aos pais que desejam adotar uma criança, que já procurem grupos de apoio com outros pais que passam pela mesma situação, busquem informações e não sejam pegos de surpresa pelas dificuldades emocionais.

Adotou uma criança e não se sente feliz? Não se puna, procure ajuda! Marque sua consulta!

Labilidade Emocional

A instabilidade emocional, como também é conhecida, aparece em pessoas que tem uma brusca mudança de humor, ou ainda reações impulsivas exageradas.

Quando acometido, o paciente apresenta comportamento agressivo, violento e destrutivo, tanto em relação a objetos, como também com outras pessoas ou contra si mesmo, como nos casos de automutilação.

Essas reações exacerbadas podem surgir por razões muito banais, como uma buzinada no trânsito, ou ainda pior, quando surgem sem motivo algum.

Em virtude dessas explosões a labilidade emocional afeta diretamente a qualidade de vida do paciente e pode levar a enorme dificuldade de convívio social, tanto em relacionamentos, como na vida profissional.

A labilidade emocional é percebida em pacientes com diversos tipos de transtornos emocionais, tais como a bipolaridade, TEPT, borderline, entre outros.

Para ser diagnosticado, o sujeito, em primeiro momento vai ser identificado como alguém que tem muita dificuldade em lidar e controlar as suas emoções.

As emoções mais comuns que geram reações exacerbadas são:

Raiva;
Instabilidade emocional, ou seja, mudança repentina e por vezes drásticas de humor.;
Insegurança, o que as leva a sempre pensar que serão julgadas ou abandonadas;
Impulsividade.

Essa condição é extremamente imprevisível, o que dificulta ainda mais as relações, pois o sujeito pode acordar feliz, se sentindo bem e confiante e em questão de segundos pode mudar completamente de humor, jogando coisas no chão, gritando com as pessoas e se tornar extremamente agressivo, ou ainda ficar muito triste, em estado depressivo e se sentindo culpado por tudo.

O tratamento deve ser feito pelo médico psiquiatra que vai iniciar com medicação e com terapia, preferencialmente comportamental, onde o profissional vai ajudar o paciente a aprender formas saudáveis de lidar com as emoções e com os impulsos destrutivos, reorganizar e ressignificar comportamentos e ter uma vida mais saudável e feliz.

Mas, acima de tudo, fazer com que ele entenda que não tem culpa por ser dessa maneira e que pode, sim, melhorar, afinal de conta, ninguém gosta de se sentir da forma que se sente alguém com labilidade emocional.

Se sente ou conhece alguém muito agressivo, que muda de humor de uma hora para outra ou que se entristece demais em motivo aparente, procure ajuda!

Ótima semana e até o próximo artigo!

Transtorno de Personalidade Paranoide

Uma pessoa que não só desconfia demais, de forma injustificada, mas também julga como maliciosos ou maldosos o comportamento das outras pessoas, pode ser portadora do transtorno de personalidade paranoide.

Os sujeitos diagnosticados com esse transtorno, desconfiam de quase todo mundo e usam suposição injustificada para acusar as pessoas de tentarem prejudica-los, enganá-los ou até mesmo pensamentos mais pesados, como imaginar que uma pessoa qualquer tem intenção de mata-los.

Esse é um dos transtornos mais frequentes, atingindo algo em torno de 3% da população, variando de localidade, cultura e qualidade de vida.

Atinge pessoas em qualquer idade da vida adulta, mas a prevalência é em homens.

As causas são variáveis, mas sabe-se que há uma forte ligação com problemas familiares, como abuso físico, emocional, além do estímulo de vitimização na infância.

É comum que irmãos ou parentes próximos, que viveram em uma mesma casa ou vizinhança sejam portadores do transtorno, pois o abuso emocional normalmente é aplicado à todas as crianças no mesmo ambiente.

Esse transtorno comumente não aparece sozinho, normalmente vem acompanhado de outras doenças mentais, como esquizofrenia, transtornos de ansiedade, principalmente com foco social, estresse pós traumático, entre outros. Além disso, por dificultar o convívio social, pode acarretar outros problemas, como o alcoolismo, por exemplo.

Outra característica desses pacientes é que eles imaginam que outras pessoas sempre estão planejando alguma coisa contra eles, que serão explorados, enganados e prejudicados de forma irreversível.

Em virtude disso, se tornam vigilantes, sempre encaram da pior forma possível comentários e até mesmo elogios podem ser vistos como insultos ou ofensas, procuram significados inexistentes, que tratam como ocultos, em palavras, gestos aleatórios ou situações corriqueiras e insistem veementemente que esses sinais são evidências claras de que seus pensamentos estão corretos.

Um simples gesto de ajuda, como estender a mão para apoio, ou para tentar evitar uma queda, por exemplo, pode ser visto de forma oposta, ou como uma tentativa de humilhação, por estar sendo julgado incapaz, ou, no segundo caso, como se o sujeito ao invés de ajudar estivesse tentando o derrubar.

Como se percebe, a qualidade de vida dessas pessoas fica muito prejudicada e sem tratamento praticamente impossível manter a convivências.

A terapia comportamental aliada à medicação correta pode minimizar os danos e efetivamente curar o paciente, com o tempo necessário do tratamento completo e desde que o sujeito consiga acreditar que precisa de ajuda e que os profissionais querem ajudá-lo e não o prejudicar ainda mais.

Fique atento, e se precisar, peça ajuda!

Diabulimia

Desde sempre boa parte das pessoas procura ter uma auto imagem mais apropriada a um padrão definido pela sociedade.

Em virtude disso, sempre temos problemas emocionais e transtornos alimentares ligados a imagem e a alimentação.

Um dos mais graves e pouco comentado é a Diabulimia, transtorno alimentar e de imagem que faz com que pacientes diabéticos deixem de tomar, ou reduzam drasticamente a quantidade necessária de insulina a ser ingerida, com a finalidade de emagrecer.

A Diabulimia causa internações constantes em virtude da descompensação da glicemia, além de causar hipoglicemia grave. Em exames de sangue nota-se a hemoglobina glicada muito alta, que além do risco natural dos danos causados pela diabetes, também causa problemas para o fígado, dormência nos dedos dos pés e até lesões na retina.

Além disso, jovens diabéticos, cujos responsáveis descobriram que são portadores da Diabulimia, tentam de outras maneiras de compensar a ingestão involuntária da insulina, com comportamentos típicos de pessoas com bulimia, ou seja, vômitos forçados, uso de laxantes, diuréticos ou exagero na prática de exercícios físicos.

O grande perigo, morbidade e mortalidade desse transtorno está exatamente na relutância do paciente em aceitar a doença e seu corpo, pois mesmo quando diagnosticada e até assumida a Diabulimia, o paciente omite dos profissionais e das pessoas próximas a informação de que manipulou a dose  insulina, ou que simplesmente não fez o uso nos horários necessários.

O tratamento deve ser feito com médico especialista, psiquiatra e psicólogo, para fazer com que os jovens entendam a gravidade da doença, os riscos elevados da falta de medicação e aprendam a conviver com a necessidade do uso da insulina e aceitar seu corpo e suas limitações e ter uma qualidade de vida boa o suficiente para seguir em frente.

Por se tratar de um transtorno muito grave, quem conhece pessoas que apresentam algumas das características abaixo, ou até mesmo que falam diretamente sobre o abandono ou uso incorreto da insulina, deve aconselhar fortemente a busca por tratamento.

Se a pessoa perdeu muito peso em pouco tempo sem motivo aparente, tem a hemoglobina glicada muito alta em exames de sangue frequentes, preocupação excessiva com a imagem ao invés da preocupação com a diabetes, irritação e mudanças de humor, é hora de se reocupar e levar a sério a situação.

Procure ajuda e principalmente, incentive a procura por ajuda!

Boa semana!

Responsabilidade Emocional

Responsabilidade emocional tem enorme relação com respeito, educação e empatia, exatamente as 3 coisas que parecem sumir a cada dia que passa, principalmente na distância que separa a tela de quem digita, da realidade de quem lê uma resposta mal educa, uma ameaça, ou uma agressão descabida sobre uma simples opinião.

Mas também na vida real, no dia-a-dia a responsabilidade emocional precisa estar presente.

Sabemos que não precisamos e nem devemos nos preocupar o tempo todo com os outros e não conosco, mas precisamos ter mais empatia e mais cuidado com atitudes e palavras que podem fazer mal a alguém sem necessidade nenhuma, sem trazer nenhum benefício a quem fala ou age.

Existem pessoas que gostam de reclamar, falar mal de tudo que os outros fazem, pois assim se sentem melhor, como se sua vida miserável tivesse algum sentido ao tentar diminuir a vida do outro.

Então não pensam, simplesmente falam, sem serem perguntados, sem serem relevantes, sem conhecimento nenhum, falam apenas para machucar, chatear, criar constrangimento, falam apenas para se sentir melhor com a tristeza do outro.

São irresponsáveis emocionais e responsáveis por depressões, crises de ansiedade, e causam afastamento das pessoas, para depois reclamarem que estão sendo abandonadas.

Claro que por outro lado, existem pessoas que não conseguem lidar bem com a verdade, são carentes e se ofendem quando obtém respostas indesejadas para as perguntas que elas mesmas fazem, nesse caso, são essas pessoas que precisam melhorar sua forma de lidar com as emoções.

Ser responsável emocionalmente é por vezes controlar a impulsividade e ter consciência do que vai falar e como vai agir em relação ao sentimento das outras pessoas. É se colocar no lugar do outro e pensar se gostaria de ouvir algo parecido, é ter consciência de que não conhece o outro completamente bem para saber suas reações e sentimentos.

A responsabilidade emocional está intimamente ligada à comunicação, quanto melhor e mais facilmente você se comunicar, sempre falando a verdade, maior a chance de não ser mal visto ou interpretado pelo outro.

Quando uma pessoa se expressa de forma clara, honesta e direta, diminui as expectativas que a outra poderia criar e em consequência essa outra pessoa não deve ter frustrações, pois sabia exatamente o que poderia esperar.

E isso serve para todos os tipos de relacionamentos, sejam profissionais, afetivos, nas amizades e com familiares.

A manipulação também é uma arma de quem tem responsabilidade emocional sobre outras pessoas, sempre as colocando para baixo, transferindo a culpa de si mesmo para ela, reclamando de tudo que ela faz, seja com alimentação, com a limpeza ou organização da casa ou comparando com pessoas irreais que vivem em mundos ilusórios.

Você pode não ser responsável pela vida dos outros, mas cuidando mal da sua, inevitavelmente vai atrapalhar a vida emocional de alguém…

Perfeccionismo

O perfeccionismo até pode ser considerado positivo em alguns casos, mas na maioria deles, deve demandar cuidado e atenção.

A pessoa perfeccionista tem a necessidade, o que por si só já é quase um problema, de ser, parecer e fazer tudo de forma perfeita, simétrica, ordenada.

Quando essa necessidade atinge níveis muito altos, o perfeccionista pode acabar ficando suscetível a outras doenças mentais, principalmente a crise de ansiedade e depressão.

Muitas vezes uma pessoa se torna perfeccionista para combater os julgamentos e intromissões de pessoas em sua vida ou suas decisões, ela pensa que sendo perfeita, não dará motivos para ser criticada, comentada ou agredida emocionalmente.

Contudo, sabemos que o resultado acaba sendo o oposto, pois ela acaba se tornando uma pessoa diferente, difícil de lidar e com muitas manias.

É importante ficar atentos a alguns sinais que a pessoa pode começar a dar em momentos da vida, mostrando mudanças de comportamento. Por exemplo, negar-se a realizar tarefas que antes fazia, mas era criticada ou corrigida, até que ela se julgue capaz de fazer novamente sem cometer nenhum erro.

Também começam a perder muito mais tempo do que o normal para realizar algumas tarefas, repetindo movimentos ou arrumando várias vezes o mesmo objeto ou passando o pano diversas vezes no mesmo lugar, até que tudo fique perfeito, linear e limpo aos seus olhos

Vimos que o perfeccionismo pode causar ansiedade, mas também a ansiedade pode ser responsável pelo perfeccionismo, assim como medos excessivos de desaprovação, sentimento de culpa, insegurança e autoestima baixa.

Outro fator que acontece concomitantemente com o perfeccionismo é o T.O.C. que quanto mais obsessivo fica, mais perfeccionismo exige.

Pessoas carentes também podem se tornar perfeccionistas, mas não necessariamente com coisas e sim com outras pessoas, esperando de relacionamentos e de parceiros uma perfeição excessiva, até mesmo irreal.

Como podemos observar, o perfeccionismo pode afetar diretamente a qualidade de vida do indivíduo, limitando seu tempo, suas ações e impedindo que ele faça coisas comuns, mas que não sejam perfeitas.

Para tratar o perfeccionismo, nada melhor do que a boa e velha terapia, mas em alguns casos mais severos, pode ser necessário, em conjunto, o acompanhamento psiquiátrico com medicamentos, para que pelo menos no início do trabalho, o paciente tenha a ajuda de remédios para aliviar a ansiedade ou para afastar o estado depressivo.

Fique de olho e se começar a achar que está vendo coisas demais fora do lugar, procure ajuda!

Boa semana!

Libido

Para a psicologia, a libido não é apenas um impulso sexual. Ela é também muito importante para entender o comportamento do indivíduo, pois é definida como uma energia direcionada para qualquer instinto vital do ser humano.

Ou seja, a libido pode ser direcionada para pessoas e não apenas para os seus órgãos genitais, mas também pode ser direcionada para, por exemplo, objetos.

É comum pessoas confundirem o instinto, ou seja, a libido, com o desejo ou com outros sentimentos, como paixão e amor.

Para a libido não existe necessariamente a beleza, o encanto, ou algum sentimento ligado a relacionamentos. É um impulso básico que vai juntar dois indivíduos, independente de suas formas físicas, financeiras ou o quanto se conhecem ou se gostam.

Assim como o inverso também é verdadeiro, ver um homem sem camisa ou mulher bonita de biquíni não vai necessariamente despertar a libido.

Claro que o desejo e os sentimentos são importantes para a libido, e a perda ou diminuição do desejo ou fim dos sentimentos serão peças chave para a queda da libido, mas quantos casais não engravidam depois de uma briga e mesmo antes de saberem da gravidez se separaram?

Isso é a libido, que mesmo no meio de uma crise, ou mau humor, mostra sua força.

A falta, ou queda da libido pode se manifestar de forma diferente para homens e mulheres, mas existem mais semelhanças do que diferenças.

Não é falta ou queda de libido quando um marido não consegue ter relações com a esposa, mas consegue com uma garota diferente, ou uma esposa que não sente mais desejo por seu marido, mas consegue ter relação com um menino mais jovem.

Isso é o fim do sentimento que segurava a libido, fruto de stress, brigas, desentendimentos, condição social, entre tantas outras coisas.

Já, quando ainda existe sentimento, a queda ou fim da libido para os homens está ligada a alguns fatores, sejam eles emocionais, como baixa autoestima, doenças psíquicas, como depressão e ansiedade, além de fatores externos, como pressão no trabalho, stress, má alimentação, uso de medicamentos psicotrópicos e, claro, fatores biológicos, como a própria idade, a diminuição da produção de testosterona e etc.

Para a mulher, além das questões emocionais, transtornos e fatores externos, biologicamente existe o período chamado de climatério, quando a mulher sai da fase reprodutiva e passa para a fase da menopausa, causando diversas alterações hormonais que podem influenciar negativamente a libido.

Para casos em que a vontade de se relacionar ainda é forte, ou ainda existe algum sentimento entre as pessoas e mesmo assim um dos dois ou os dois não conseguem sentir desejo, é hora de procurar ajuda médica e psicológica, para começar o tratamento e voltar a ter uma vida a dois ativa, saudável e feliz.

Boa e saudável semana!