Síndrome de Reinfeld

Também conhecida como vampirismo clínico, essa síndrome é uma parafilia e se caracteriza pela obsessão do paciente em sugar o sangue do parceiro sexual. Justamente por isso, também se enquadra em situações de sadismo.

Essa obsessão parte do pressuposto que o sangue de outra pessoa pode transmitir poderes ou até mesmo ajudar a melhorar a saúde do indivíduo, mas acima de tudo, o consumo do sangue se torna excitante e estimulante.

Os pacientes, em sua maioria, são do sexo masculino e as causas, apesar de incertas, apontam para situações na infância em que o indivíduo perdeu muito sangue e se viu enfraquecido e a transfusão lhe curou ou salvou a vida.

Isso é transportado para a adolescência, quando o consumo de sangue, próprio, através de automutilação, ou alheio, passa a ser excitante e ao chegar na vida adulta soma-se a isso a sensação de poder e controle.

Felizmente essa síndrome apesar de muito grave, é rara e seus portadores normalmente são considerados esquizofrênicos ou apenas sádicos.

Portanto a síndrome é mais presente nos romances de terror e ficção do que efetivamente nos consultórios de psiquiatria e psicologia.

Apesar disso, alguns crimes ficaram famosos porque os assassinos confessaram ter cometido o crime e tomado o sangue da vítima.

De qualquer forma, é sempre bom ficar de olho em algumas características que podem, em conjunto, facilitar o diagnóstico da doença.

Começando pelo mais básico, a necessidade de consumir sangue, seja próprio ou alheio.

Como é bem difícil alguém expressar isso, algumas atitudes precisam ser notadas, como a automutilação, mesmo que em pequenos cortes, seja no dedo ou na mão e o sujeito ficar lambendo o sangue. Depois de chupar o sangue demonstrar satisfação.

Some ao isso a preferência por livros ou filmes de terror, normalmente com vampiros ou bruxarias.

Historicamente crianças que sentem prazer em matar pequenos animais para os ver sofrendo e sangrando, podem se tornar portadores da síndrome e não só dessa como de muitas outras.

Por fim, pessoas que trocam a noite pelo dia, sem ser profissionalmente ou por qualquer outra necessidade, também pode estar em risco para a doença.

Seu parceiro anda querendo sugar seu sangue e literalmente?

É hora de indicar a ele ajuda e tomar cuidado com seu pescoço!

Boa semana para todos!

Complexo de Electra

Já escrevi por aqui, há algum tempo, sobre o complexo de Édipo, teoria criada por Freud, para justificar o amor platônico dos filhos por suas mães.

Algum tempo depois, Carl Jung se aprofundou na relação oposta, do desejo, ou amor platônico das filhas pelos seus pais.

Por desejar seu pai, a menina nutriria um ódio por sua mãe, apesar de se identificar com ela, o que criou na teoria um paradigma.

Assim como o complexo de Édipo tem esse nome em virtude da literatura grega, Jung nomeou o complexo de Electra baseado na história de Electra, que vingou a morte do pai, assassinando a mãe e seu amante.

Esse complexo é percebido na fase infantil e não apresenta grandes riscos, desde que os sinais desapareçam entre os 7 e 8 anos de idade, no máximo.

Os pais podem perceber a presença do complexo em alguns sinais claros apresentados pela menina, como por exemplo sempre se colocar entre o pai e a mãe e mesmo que discretamente ir empurrando ou afastando a mãe para o lado.

Também pode demonstrar uma emoção exacerbada ao precisar se despedir do pai, seja quando ele sai apenas para trabalhar, ou vai precisar se ausentar por um período maior.

Verbalizar a preferência pelo pai, ou até mesmo ofender a mãe, dentro da linguagem infantil, no momento em que os dois podem ouvir suas reações.

Contudo, a situação fica realmente grave e fará com que a criança precise de ajuda, quando mesmo após 9 ou 10 anos de idade, fale para outras pessoas ou colegas da escola que deseja casar com seu pai no futuro, mesmo sem ter a noção do que seria um incesto ou da simples impossibilidade do fato.

Devemos lembrar que as duas teorias surgiram no início do século passado e, portanto, hoje em dia existem muitas variáveis que eram pouco tratadas na época e é necessário sempre nos atualizarmos em relação a tudo.

Crianças que vivem em um ambiente familiar homoafetivo, tendem a não desenvolver nenhum dos dois complexos, contudo mais raramente, podem ter sua preferência por um dos membros do casal, sobre o qual pode recair o amor platônico, contudo não existem ainda, estudos prático e nem um nome a ser dado nesses casos.

Fique de olhos nas suas meninas! Caso perceba um “amor” exagerado pelo pai e esteja passando da idade limite, pode ser a hora certa para procurar ajuda, tanto para a criança, como em um tratamento feito através do atendimento familiar, através da terapia familiar sistêmica.

Boa semana e até a próxima!

Mania de Perseguição

Também conhecida como síndrome da pessoa desconfiada, essa mania é classificada como um transtorno mental.

E como muitos transtornos, além de causar problemas para o portador e pessoas próximas a ele, ainda pode vir acompanhada de outros transtornos, como bipolaridade, TOC, crises de ansiedade generalizada, esquizofrenia paranoica, entre outros.

Suas possíveis causas são diversas, desde aspectos biológicos, até mudanças no ambiente social, profissional, familiar ou em um relacionamento.

Vamos usar, por exemplo, uma pessoa que tem a autoestima naturalmente baixa, que dúvida de si mesmo mais do que a maioria das pessoas, que começa a fazer comparações entre sua vida e as vidas de pessoas ao redor, inclusive nas redes socias e em virtude disso acaba se sentindo inferior, esqueça suas qualidades e sinta que suas conquistas são fruto de piedade ou pena.

Nesse momento ela começa a desconfiar de tudo, dos seus superiores, seus familiares e de seu par no relacionamento. Como se sente inferior vai se ver como um possível funcionário a ser demitido, um filho que pode ser abandonado ou até mesmo um marido ou esposa traído ou traída.

Munido de toda essa desconfiança o sujeito vai se achar perseguido por todos e pode criar ilusões e viver em uma fantasia ruim, onde não é querido por ninguém e está sendo observado por todos que apenas esperam por um deslize para agir contra ele.

Existem muitos outros transtornos que podem desencadear a mania de perseguição, tais como a síndrome do pânico, a esquizofrenia ou até mesmo traumas que acabam deixando a pessoa com medo de passar por situações desconfortáveis.

É preciso ficar de olhos abertos para alguns sintomas, afim de saber se é hora de procurar ajuda.

Dentre os mais comuns, estão a sensação de sempre estar sendo observado.
Ficar preocupado, receoso e até mesmo com medo de julgamentos de suas atitudes e opiniões.
Sempre achar que é assunto em rodinhas ou quando percebe pessoas cochichando.
Começar a ter crises de ansiedade cada vez mais frequentes em ambientes sociais.
Sentir-se culpado, mesmo sem saber do que e nem porque
Por fim, isolar-se do mundo para evitar as sensações descritas acima.

O tratamento mais eficaz, é a terapia e de preferência humanista ou comportamental, para primeiro ajudar o paciente a se recuperar e ter uma vida social, familiar e profissional mais dentro da normalidade e depois buscar as causas ou origens da mania.

Está olhando muito para trás, tentando ouvir o que falam, se sente perseguido?

Bora fazer terapia!

Transtorno Afetivo Sazonal

Você é daquelas pessoas que gostam do horário de verão? Tem dificuldade de acordar quando chegamos no inverno? Se se sente mais desanimado, entristecido nos dias mais escuros?

Pois saiba que você pode ser portador do transtorno afetivo sazonal, também conhecido como depressão sazonal.

E você não está sozinho, aproximadamente 6% da população sofre desse transtorno em maior ou menor grau, sendo que mulheres normalmente são afetadas até 4 vezes mais do que homens.

Apesar desse transtorno ser mais notado no inverno, ou desde o final do outono, existem, também, pessoas que são acometidas no período contrário, ou seja, no verão, ou final da primavera.

Isso nos leva a entender que nem sempre a preferência por um período do ano é relacionada às escolhas pessoais e sim o efeito da depressão sazonal e esse transtorno, pode inclusive ser um estopim para outros que podem surgir.

A grande diferença da depressão em si para o transtorno depressivo sazonal, é que o segundo tem sua remissão completa assim que o inverno, ou a estação causadora do transtorno acaba.

A depressão sazonal é classificada como um transtorno de humor e afeta diretamente a qualidade do sono do paciente, visto que a exposição à luz do sol ou sua ausência é um dos fatores mais importantes no desencadeamento do transtorno.

A falta de sol aumenta a produção de melatonina, o que causa sonolência. Outro hormônio responsável é a serotonina, mas nesse caso a baixa quantidade. Sabemos que a vitamina D é uma das responsáveis por sua produção e a exposição ao sol ajuda na produção da vitamina D, ou seja, sem sol, menos vitamina D, menos serotonina e tendência à depressão sazonal.

O diagnóstico é clinico. Feito por profissionais da psicologia e não é tão complicado como outros transtornos, visto que o paciente tem uma melhora súbita de acordo com a estação do ano.

O tratamento, assim como qualquer outra variável da depressão é feito dentro da terapia e tem o objetivo de fazer o paciente enxergar que os momentos de maior tristeza, lentidão, sono e outros detalhes estão intimamente ligados à época do ano e não a sua personalidade.

Há, também a fototerapia, ou a chamada terapia de luz, que nada mais é do que substituir a ausência natural da luz em sessões de 30 até 90 minutos, dentro de uma caixa de luz artificial.

O horário para a fototerapia e sua duração varia de acordo com o período comum de sono do paciente e a criticidade da depressão pela qual passa em virtude da sazonalidade.

Você se sente mais pra baixo, mais cansado ou sonolento no meio do ano aqui no Brasil?

Então pode ser que esteja sofrendo de depressão sazonal. Procure ajuda!

Consumismo Compulsivo

Talvez você não saiba, mas comprar coisas demais, é uma doença.

A oneomania, que por ter esse nome complicado chamamos de consumismo compulsivo, afeta pessoas que tem dinheiro sobrando, mas também as que não tem nem para comprar as necessidades básicas.

Assim como os outros transtornos, a oneomania pode trazer graves problemas para seus portadores, principalmente, claro, em relação à organização financeira, não só pessoal, mas por muitas vezes também da família e pode atrapalhar, ou até mesmo sumir com a vida social do indivíduo.

O paciente vai ser identificado quando não compra coisas apenas por necessidade, prazer ou lazer, mas sim porque criou um vício em compras que serão inúteis ou desnecessárias naquele momento e fundamentalmente compram sem pensar no lado financeiro, causando normalmente dívidas, tendo problemas com o nome nas instituições financeiras e ficando em dificuldades, até mesmo para conseguir cartões ou recursos para as próximas compras.

Esse transtorno é mais verificado em mulheres com idade entre 30 e 50 anos, mas não há limite de idade ou gênero, todos podem ser afetados pela doença. A carência afetiva e dificuldade nos relacionamentos, sejam profissionais, sociais, ou até mesmo familiares, são um dos gatilhos para a doença.

A pessoa se isola e acaba encontrando no consumismo exagerado um canal de fuga da realidade.

É importante ressaltar que o consumismo compulsivo é uma doença, mas existem pessoas que são apenas consumistas, se endividam também, mas conseguem se controlar em algum momento, ou seja, não são doentes e nem viciados em compras.

O consumista simples fica feliz com o que compra, exibe os objetos que adquiriu com satisfação, mesmo que não seja algo necessário e que se aperte para pagar as contas, enquanto o oniomaníaco sente a euforia na hora da compra, mas em seguida se arrepende, não fica feliz com a sua aquisição e em muitos casos se sente envergonhado e até esconde o que comprou para que as outras pessoas não vejam.

Portanto, se você se vê comprando demais, principalmente coisas desnecessárias, não consegue controlar o impulso de comprar, se arrepende e sente vergonha do que fez, é hora de procurar um psicólogo e iniciar a terapia urgentemente.  

Se conhece alguém com esses comportamentos, além de reclamar de dívidas impagáveis, mas que não conseguem assumir de onde as dívidas vieram, aconselhe-o também a procurar ajuda.

Problemas financeiros podem levar ao estado depressivo, evoluir para a depressão e quando ficam insustentáveis, podem levar o sujeito a cometer loucuras, chegando até a tirar a própria vida.

Compre apenas o que é necessário ou o que você pode pagar e seja feliz com suas conquistas!

Amnésia Psicogênica

Ficamos bem chateados quando esquecemos de algumas coisas, quando no meio de uma conversa nos esquecemos do nome de alguém, de algum lugar, ou alguma data, mesmo que em boa parte das vezes, sejam coisas bobas e sem importância.

Mas existem formas de esquecimento mais graves, que podem nos assustar, as chamadas amnésias, que podem ocorrer por diversos fatores, como pancadas na cabeça, por exemplo.

Durante alguns minutos, ou por vezes mais tempo e ainda outras vezes com maior frequência, as pessoas se esquecem de onde estão, porque estão ali e até mesmo esquecem de pessoas, mas com o tempo e tratamento a amnésia comum não deixa grandes sequelas.

Agora imagine o desespero ao acordar e não lembrar absolutamente nada, nem mesmo quem você é?

É o que acontece com as pessoas acometidas pela amnésia psicogênica.

Felizmente, esse é um problema muito raro, mas que para os poucos desafortunados representa a perda não só da memória do passado, mas também da própria identidade, não consegue reconhecer a si mesma olhando no espelho, não encontra rumo ou sentido em nada.

Não consegue se colocar no mundo, mesmo vendo seus documentos ou pertences pessoais, como cartões, relógios ou bolsas e carteiras.

As causas mais comuns para desencadear esse tipo de amnésia são os traumas. A pessoa para por uma situação em que a mente é incapaz de suportar e em consequência desse trauma, ela apaga.

Normalmente, assim como na amnésia mais simples, as memórias voltam sozinhas, assim como o reconhecimento de si mesmo, mas o fato causador, o trauma, esse pode nunca mais ser lembrado.

Podemos afirmar, portanto, que a amnésia psicogênica faz parte do mecanismo de defesa do indivíduo, em uma tentativa de protege-lo das sensações, medos e outros problemas causados pelo fato gerador do trauma, que pode ser um abuso, um acidente grave, uma notícia repentina, entre tantas outras coisas que podem atingir a mente humana e pessoas que estejam mais vulneráveis emocionalmente naquele momento.

O primeiro diagnóstico é baseado nos sintomas e precisa ser feito pelos neurologistas e psiquiatras, via exames, para descartar outras possibilidades físicas.

O paciente pode receber medicação e terapias alternativas, como hipnose para tentar preencher as lacunas da memória, mas o tratamento mais importante é a psicoterapia, onde o psicólogo vai ajudar o paciente a enfrentar a situação traumática que deu origem ao transtorno.

Desejo a todos uma ótima semana, sempre com ótimas lembranças!

Somnifobia

Já escrevi aqui no blog sobre alguns distúrbios do sono e hoje o tema será somnifobia, também conhecido como medo de dormir.

Sabemos que o sono é fundamental para a qualidade de vida e que não dormir bem prejudica as atividades pessoais e profissionais de qualquer pessoa.

Mas e se o indivíduo tem medo de dormir e não acordar mais, se ele tem pavor em pensar que vai adormecer e pode ser assaltado, ou não ouvir o toque do telefone, entre tantas outras possibilidades?

Nesses casos, podemos afirmar que ele tem somnifobia e precisa de tratamento.

Além dos medos acima citados, o sujeito pode ficar em estado muito elevado de ansiedade, pois teme não ter controle sobre o próprio sono, pode acordar assustado com pesadelos e prefere não dormir de novo para não se arriscar a ter esses sonhos ruins de novo.

Não é possível definir exatamente quais as causas para esse transtorno, mas podemos elencar várias possibilidades.

A mais comum é o simples medo de morrer, também chamado de tanatofobia, nesse caso, para garantir que se manterá vivo, o indivíduo prefere não se arriscar a dormir.

Outra possibilidade é o solilóquio, quando a pessoa sabe que fala dormindo e tem medo de expor segredos ou falar coisas que nem ele sabe o que significam, mas que os outros possam acreditar

 A Ansiedade também contribui bastante para aqueles que tem pavor de dormir. O medo de perder a hora para um compromisso, uma entrevista ou até mesmo coisas mais banais, como um programa de TV, também são responsáveis pelo problema.

O tratamento da somnifobia é mais complexo do que os outros distúrbios do sono. Não adianta o psiquiatra apenas receitar um zolpiden ou um lexotan. Nem mesmo tentar métodos naturais como a melatonina.

O sujeito que tem medo de dormir não se sujeita a tomar remédios que exatamente vão induzir o sono, pois assim entendem correr ainda maiores riscos.

O trabalho deve ser desenvolvido na forma de terapia e resolução dos problemas relacionados ao medo.

Caso você sinta medo de dormir ou conheça alguém com esse problema, peça ajuda a um profissional da psicologia, pois sem dormir bem, não há quem consiga ser feliz!

Bom sono e boa semana a todos!

Hipersonolência

Muito semelhante a narcolepsia, sobre o que falei há algumas semanas a hipersonolência, também conhecida como sonolência excessiva diurna se caracteriza pelo sono interminável, incapacidade da pessoa permanecer alerta, vontade quase incontrolável de dormir durante o dia e situações cotidianas.

A diferença básica entre as duas situações é que na narcolepsia o indivíduo dorme repentinamente, sem aviso, em qualquer situação e, ainda, a narcolepsia é considerada uma das possíveis causas da hipersonolência.

Os sujeitos que possuem essa síndrome normalmente são muito irritadiços e tem maior propensão a se envolverem em acidentes em qualquer lugar, como no próprio ambiente de trabalho, em casa ou até mesmo no trânsito.

Além da possibilidade de causar acidentes, a sonolência excessiva pode desencadear outros transtornos graves, tais como a depressão. O indivíduo se vê angustiado por não ter controle sobre seu sono, ansioso por saber que em determinadas situações importantes pode não conseguir se manter acordado por mais que se esforce e sempre se sente cansado, física e emocionalmente.

Alguns distúrbios mentais para os quais é necessário o consumo de medicamentos fortes, podem desencadear a hipersonolência, pois em muitas composições se encontram benzodiazepínicos que estimulam o sono ou opioides, que para amenizar a dor acabam causando excesso de sono. Até mesmo os remédios para induzir o sono nos insones podem causar resíduos de sono ou desorientação logo após o despertar. Além, como falei a pouco, a própria narcolepsia.

Mas não só as doenças psíquicas causam o efeito negativo. Hipotireoidismo e complicações hepáticas também são fatos geradores do sono excessivo.

 Alguns sintomas percebidos além da sonolência e que podem facilitar o diagnóstico são:

  • Alucinações, quando a pessoa ouve vozes ou vê imagens que não são reais antes de atingir o estado de sono em que os sonhos acontecem.
  • Paralisia do Sono, quando o indivíduo acorda repentinamente e não consegue mover nenhuma parte do corpo, causando desespero e medo.
  • Perda de Força muscular, quando o sujeito cai repentinamente e não consegue se mover, se assemelhando muito com um ataque epilético.

Para saber se você ou alguém próximo tem hipersonolência, é preciso procurar um especialista e em caso positivo, iniciar o tratamento conjunto com um psicólogo.

Existe um modelo básico, no qual você fica sabendo se tem maior ou menor propensão a desenvolver a doença, o chamado teste de Epworth, que você pode encontrar em vários sites.

Durmam bem e até semana que vem!

Síndrome de Rapunzel

Nos contos infantis, Rapunzel era a princesa que foi presa em um castelo e quando seus cabelos ficaram compridos o suficiente, ela o jogou para servir de corda para seu príncipe.

Já para a saúde emocional, a síndrome de Rapunzel atinge as pessoas que acabam comendo o próprio cabelo, por vezes em quantidades tão grandes, que são necessárias intervenções cirúrgicas.

Antes de ser descoberta, as pessoas portadoras da síndrome podem já ter ingerido cerca de 3 quilos do próprio cabelo.

Na grande maioria dos casos, a síndrome de Rapunzel está associada à tricotilomania, que é mania de arrancar os próprios cabelos. Há alguns casos, mais raros, em que o sujeito portador da síndrome de Rapunzel come os cabelos de outras pessoas, ou até mesmo animais.

Obviamente este transtorno causa graves danos e complicações gastrointestinais no paciente.

A maioria das pessoas afetadas são do sexo feminino e de faixa etária entre 18 e 25 anos. Suas causas não foram ainda totalmente identificadas, mas são provenientes de outros distúrbios emocionais, como ansiedade, depressão e problemas de estima, além, claro do distúrbio já citado acima, a tricotilomania.

Desde o início da ingestão de cabelo, até o transtorno ser descoberto, podem se passar meses ou anos, pois o sujeito ingere o cabelo normalmente sozinho ou escondido e não comenta com ninguém. Além disso, mesmo depois do diagnóstico e por vezes da cirurgia para a remoção do cabelo, o pacienta ainda mente para se defender, dizendo que não sabe como aquele cabelo foi parar dentro do seu estômago.

Como descobrir pelo próprio portador da síndrome é improvável, é necessário prestar atenção em alguns sinais.

O primeiro, claro, é a perda de cabelo, mesmo que em pouca quantidade.

Depois, como a bola de cabelo causa problemas gástricos, prestar atenção se está havendo perda acentuada de peso, diarreia ou seu oposto, ou seja, prisão de ventre, náuseas, vômitos ou queixa sobre falta de apetite ou sentir-se cheio, mesmo sem comer.

O portador fica também com mau hálito e, apresenta sangue nas fezes.

O diagnóstico será feito através de exames laboratoriais, e de imagem, como ultrassom ou ressonância ou ainda endoscopia.

O tratamento para essa síndrome começa no hospital, com a retirada da bola de cabelos do corpo e depois evolui para a terapia, onde o sujeito vai trabalhar as emoções para que o problema não repita.

Dentre as linhas de terapia, a comportamental é a mais recomendada, pois vai trabalhar na mudança de comportamento, através de reforço positivo e negativo, memórias e projeções para uma vida saudável e sem cabelos fora do lugar no futuro.

Conhece alguém ou se vê nessa situação? Procure ajuda!

Anedonia

Já escrevi e já gravei muitos vídeos falando sobre a depressão, seus riscos, causas e consequências.

Hoje vou escrever sobre a anedonia, que é um dos transtornos que normalmente acompanha as pessoas depressivas.

Esse transtorno consiste na perda da satisfação, do prazer ou do interesse em realizar atividades que antes eram consideradas muito prazerosas, como por exemplo ir ao cinema, jogar bola, assistir um filme ou ler um livro, entre outras infinitas coisas.

Sabe-se que uma das causas para a anedonia é a diminuição na produção da dopamina, hormônio relacionado a sensação de prazer. Mas além disso, outros fatores estão relacionados ao surgimento do transtorno, como uso de drogas e até medicamentos psicotrópicos, além, claro, de aparecer em conjunto com outros transtornos, como depressão ou esquizofrenia.

Quanto mais cedo e melhor identificada, mais fácil e eficiente o tratamento, com uma medicação mais direcionada e cuidado psicológico adequado.

Alguns dos sintomas em que precisamos ficar de olho, são:

– Perda de interesse inexplicável por atividades ou eventos que antes eram muito prazerosos;
– Dificuldade de foco e concentração para as tarefas do dia a dia;
– Distúrbios do sono, como insônia ou sono excessivo;
– Diminuição ou perda total da libido;
– Variações no peso, para mais ou para menos, sem que exista um planejamento ou ação voltada para isso.

Além das causas já citadas acima, a anedonia pode aparecer em pessoas portadoras do mal de Parkinson, anorexia e outros transtornos.

Os medicamentos que mais apresentam riscos para as pessoas são os antipsicóticos, muitas vezes utilizados para ajudar nos transtornos do sono e antidepressivos.

Emocionalmente, fatores externos como traumas, abusos e estresse, também estão entre os causadores do problema.

A anedonia, assim como a depressão, tem cura e seu tratamento é feito à base de medicação e terapia, para ajudar o paciente a recuperar o sentimento de prazer em suas atividades, enxergar a perspectiva que antes existia de planos para o futuro e a busca pela felicidade.

Não é um caminho fácil e também não é rápido, mas com a ajuda correta, o problema vira parte do passado.

Fiquem de olho e façam terapia!

Boa semana!