Ainda hoje existem casamentos arranjados, forçados, apressados por fatos como uma gravidez
indesejada, entre outras possibilidades. Mas esta não é a regra, são as exceções.
Em geral, quando duas pessoas decidem de comum acordo aproximar suas vidas, morarem
juntas, casar, ou qualquer outro nome que se dê, certamente imaginam que estão tomando
uma atitude que vai os levar a caminho da sempre buscada felicidade.
O grande problema é que a busca da felicidade em muitos casos anda de mãos dadas com a
ilusão. A ilusão do relacionamento perfeito, do parceiro ideal, de ter encontrado o amor.
Mas, como todo mundo sabe, nem tudo são flores. O estresse do trabalho, o trânsito, filhos
chorando, cansaço, rotina, e muitas outras coisas afetam o relacionamento e quando um dos
membros do casal junta esses problemas ao casamento que já não é mais como no começo,
pensar em separação já começa a ser uma possibilidade.
Claro que nenhum casal vai procurar a terapia se estiver tudo bem. Não existe um checkup
para saber se o relacionamento vai indo bem e sim uma forma de tratar aquilo que já começou
a desandar, mas que de certa forma o casal ainda acredita que pode concertar. Afinal,
ninguém procura também se não houver vontade e esperança de resolver os problemas.
Contudo é fundamental salientar que a terapia de casal não é garantia de que as coisas vão
voltar a ficar bem e que o relacionamento vai durar para sempre. A terapia de casal vai buscar
o melhor para o casal e em alguns casos o casal vai descobrir que o melhor é a separação e a
terapia vai mostrar esse fato com clareza objetiva.
E se um dos dois não se mostrar satisfeito ou ir forçado para a terapia, é o caso de terminar o
processo e indicar a terapia individual para aquele que deseja fazer o trabalho e melhorar.
Não é possível ajudar alguém que não quer ajuda. Para o trabalho funcionar o casal tem que
estar disposto e não apenas um dos dois.
O Trabalho do casal é sempre mais curto em relação ao trabalho terapêutico individual.
Normalmente já se chega a um diagnóstico preciso entre 15 e 20 sessões.
As causas mais comuns indicadas para o trabalho em casal são: Ciúmes, traição confessa e
busca do perdão, sexualidade e filhos.
No caso do ciúme excessivo, é aconselhado que a pessoa faça, também atendimento
individual, mas nunca com o mesmo terapeuta do casal.
Por fim, o consultório não pode se transformar em um octógono de combate e o terapeuta
não é juiz. As discussões podem e até devem existir, mas sempre com ponderação e educação
entre as partes.
Não desista do seu relacionamento, mas acima de tudo, nunca desista de si mesmo!
Boa Semana!