TOC – Transtorno Obsessivo-Compulsivo

TOC, ou transtorno obsessivo-compulsivo, é um distúrbio psiquiátrico de ansiedade cuja principal característica é a presença de crises recorrentes de obsessões e compulsões.
Por sua vez a obsessão é um conjunto de pensamentos, ideias e imagens que invadem a pessoa insistentemente, sem que ela possa controlar. Esses pensamentos se repetem de forma descontrolada, causando atitudes repetidas, as quais o sujeito não consegue parar de fazer, por mais que consiga entender que não são necessárias e que até podem ser prejudiciais. Mas a única maneira de se livrar da ansiedade é realizar o ritual criado pela mente, seguindo todas as suas regras e ordens específicas.
O TOC pode ter várias intensidades e várias formas de manifestação. Seja aquela pessoa que para dormir precisa verificar todas as portas e janelas e seguir um ritual de verificação ordenado, mexendo na maçaneta, girando a chave, passando a mão pelas bordas e etc… Pode ser através da limpeza, lavado as mãos o tempo todo, como pode ser alguma coisa completamente distinta e diferente, como não conseguir dormir enquanto não ver um carro laranja passando na rua da casa.
Alguns portadores do TOC imaginam que, se não agirem exatamente dessa forma, algo terrível pode acontecer, como a casa ser roubada, pegar uma doença incurável, ou não conseguir dormir.
O grande problema é que, sem tratamento ou acompanhamentos a ocorrência dos pensamentos obsessivos tende a agravar-se, as obrigações tendem a aumentar e caso a pessoa viva com outros na mesma casa pode se tornar um grave problema de convivência.
Comumente as obsessões são notadas com excesso de limpeza, conferência, contagem, organização, simetria e etc…
No mundo todo milhões de pessoas são acometidas pelo distúrbio, variando em grau e intensidade.
Ainda hoje é difícil estabelecer as causas do TOC, mas acredita-se que boa parte vem da genética, ou seja, outro membro da família apresenta os mesmos sintomas. O que se sabe é que existe um problema de comunicação entre as áreas do cérebro, ligadas a serotonina.
O tratamento pode ser feito através de medicamentos, ministrados por psiquiatras, que são os mesmos utilizados para o tratamento da depressão, acompanhado de terapia comportamental.

O resultado do tratamento vária de acordo com a intensidade do problema, contudo é sabido que o efeito dos medicamentos é mais lento do que nos casos de depressão e o tempo estimado para a terapia vária até aproximadamente 6 meses de tratamento.