Uma pessoa que não só desconfia demais, de forma injustificada, mas também julga como maliciosos ou maldosos o comportamento das outras pessoas, pode ser portadora do transtorno de personalidade paranoide.
Os sujeitos diagnosticados com esse transtorno, desconfiam de quase todo mundo e usam suposição injustificada para acusar as pessoas de tentarem prejudica-los, enganá-los ou até mesmo pensamentos mais pesados, como imaginar que uma pessoa qualquer tem intenção de mata-los.
Esse é um dos transtornos mais frequentes, atingindo algo em torno de 3% da população, variando de localidade, cultura e qualidade de vida.
Atinge pessoas em qualquer idade da vida adulta, mas a prevalência é em homens.
As causas são variáveis, mas sabe-se que há uma forte ligação com problemas familiares, como abuso físico, emocional, além do estímulo de vitimização na infância.
É comum que irmãos ou parentes próximos, que viveram em uma mesma casa ou vizinhança sejam portadores do transtorno, pois o abuso emocional normalmente é aplicado à todas as crianças no mesmo ambiente.
Esse transtorno comumente não aparece sozinho, normalmente vem acompanhado de outras doenças mentais, como esquizofrenia, transtornos de ansiedade, principalmente com foco social, estresse pós traumático, entre outros. Além disso, por dificultar o convívio social, pode acarretar outros problemas, como o alcoolismo, por exemplo.
Outra característica desses pacientes é que eles imaginam que outras pessoas sempre estão planejando alguma coisa contra eles, que serão explorados, enganados e prejudicados de forma irreversível.
Em virtude disso, se tornam vigilantes, sempre encaram da pior forma possível comentários e até mesmo elogios podem ser vistos como insultos ou ofensas, procuram significados inexistentes, que tratam como ocultos, em palavras, gestos aleatórios ou situações corriqueiras e insistem veementemente que esses sinais são evidências claras de que seus pensamentos estão corretos.
Um simples gesto de ajuda, como estender a mão para apoio, ou para tentar evitar uma queda, por exemplo, pode ser visto de forma oposta, ou como uma tentativa de humilhação, por estar sendo julgado incapaz, ou, no segundo caso, como se o sujeito ao invés de ajudar estivesse tentando o derrubar.
Como se percebe, a qualidade de vida dessas pessoas fica muito prejudicada e sem tratamento praticamente impossível manter a convivências.
A terapia comportamental aliada à medicação correta pode minimizar os danos e efetivamente curar o paciente, com o tempo necessário do tratamento completo e desde que o sujeito consiga acreditar que precisa de ajuda e que os profissionais querem ajudá-lo e não o prejudicar ainda mais.
Fique atento, e se precisar, peça ajuda!