Também conhecido como depressão profunda, esse transtorno afeta as pessoas de forma a deixá-las com uma tristeza intermitente, uma sensação de vazio interior que não consegue ser preenchido com nada, irritabilidade à flor da pele, mesmo em situações corriqueiras e em consequência uma letargia que acaba impedindo a pessoa de realizar suas tarefas cotidianas.
Gosto sempre de lembrar que episódios de depressão são diferentes de tristezas momentâneas, justificadas e que com o passar do tempo vão desaparecendo e deixando de ser limitantes. A depressão profunda requer tratamento psicológico e na maioria das vezes psiquiátrico em conjunto.
Para identificar um paciente em estado de depressão profunda, primeiramente devemos observar se ele está deprimido, triste, para baixo ou sonolento em grande parte do dia e por dias seguidos e se além disso não demostra mais interesse em relação às atividades que até pouco tempo atrás gostava e ficava animado para fazer.
Além disso, alguns outros sinais, mas não necessariamente todos, podem aparecer para ajudar na identificação, tais como:
- Mudança súbita no peso, seja para mais ou para menos.
- Dificuldade de foco, concentração, ação e execução de atividades motoras ou mentais.
- Cansaço sem realização de atividade física ou mental geradora de estresse.
- Autoflagelação emocional, culpando-se por tudo ao seu redor.
- Diálogos suicidas ou com a morte como tema recorrente.
- Dificuldade de convívio social, seja em casa, no trabalho ou em sociedade.
O transtorno depressivo maior é muito perigoso, pois pode levar o paciente à morte se não houver tratamento adequado e isso é mais frequente do que imaginamos, em virtude da falta de conhecimento, empatia e respeito, pois muitas pessoas ainda julgam os transtornados como preguiçosos, cheios de frescura, entre outras coisas. O que faz o paciente por vezes desistir de procurar ajuda e se culpar ainda mais pelos seus sentimentos.
O tratamento é feito com ajuda de profissionais da saúde, como psicólogos e psiquiatras e o acompanhamento precisa ser próximo, para fazer com que o paciente não desista das sessões, tome a medicação corretamente, tenha paciência para entender que se trata de um processo e principalmente para ignorar os ignorantes que inventam teorias sobre algo que não conhecem, como dizer que só tem depressão pessoas com fraqueza de caráter, ou que a pessoa não melhora por falta de vontade.
Lembre-se, ajudar é fundamental, mas se não tiver capacidade para fazer isso, pelo menos não atrapalhe, falando o que não sabe sobre assuntos que não conhece.
Depressão mata!