Transtorno do Apego Reativo

Todo bebê, ao nascer e se desenvolver durante a infância, precisa de atenção, cuidados, carinho, proximidade, que sejam acalmados, alimentados, entre tantas outras coisas obvias e necessárias.

Contudo, muitas famílias, infelizmente, negligenciam esses cuidados ou, ainda pior, maltratam as crianças e as repelem, fazendo com que os laços emocionais, tão importantes, não se formem.

As crianças precisam desse apego, dessa proximidade, desse elo físico e emocional, principalmente com a mãe, mas também com as outras pessoas que ajudam a atender as necessidades delas.

É através desse cuidado que as crianças aprendem a sentir amor, confiança e aos poucos regular as suas emoções e se preparar para no futuro ter sempre relacionamentos saudáveis, na escola, em casa e para toda a vida.

A ausência desse cuidado pode ser responsável pelo transtorno do apego reativo.

E esse transtorno vai afetar a vida infantil, mas pode gerar adultos problemáticos também.

É possível perceber que a criança já está portando o transtorno quando encontramos, combinados, alguns dos sinais abaixo:

  • A criança não responder a ninguém com a expressão de emoções esperadas para a idade.
  • Não demonstra sentir culpa ou arrependimento em situações de comportamento inadequado;
  • Tem dificuldade para olhar nos olhos das outras pessoas.
  • Evita, ao invés de pedir por contato físico, inclusive dos tutores ou genitores.
  • Tem surtos de raiva ou se irrita, é teimoso e não mostra discernimentos que seriam compatíveis com as crianças da mesma idade;
  • Parece estar sempre se sentindo triste ou infeliz.
  • De acordo com o crescimento, as características vão se modificando e o indivíduo pode se tornar tímido ou demasiadamente desinibo.

Além da falta de cuidado, apego e afeto, outros pontos podem ser importantes para o desenvolvimento do transtorno, como por exemplo morar em abrigos para crianças, por motivo de abandono ou perda de pais e ausência de outros tutores, ou ainda filhos de pais com outros transtornos mentais graves ou com histórico de abuso de álcool ou outras drogas.

O foco principal do tratamento dessas crianças é a garantia de que terão um lugar seguro e onde ela possa encontrar o conforto dos bons sentimentos.

Depois, a terapia infantil para que ela possa aprender a desenvolver bons sentimentos, a receber esses sentimentos e ter um relacionamento saudável com seus novos tutores e com a sociedade.

Vamos proteger as nossas crianças! Procurem ajuda quando necessário!