Transtorno de Dependência de Tela

É inegável que a tecnologia cada dia é mais importante e presente em nossa vida, mas como todas as coisas boas, o seu excesso pode ser muito prejudicial.

Com a evolução dos smartphones, tablets, computadores e smart tvs e consequentemente seu uso excessivo, um novo transtorno foi identificado, principalmente em crianças, o Transtorno de dependência de tela.

De acordo com a OMS, o ideal seria que até os 18 meses não houvesse nenhum contato das crianças com telas e dessa idade até os 5 anos, no máximo uma hora de tela por dia. Sabemos que, em linhas gerais, o que acontece nos dias atuais é bem diferente. Crianças que até os 5 anos passam mais de 4 horas na frente da TV ou do celular são a maioria e isso pode ser um grave problema no presente e para o futuro.

Os problemas mais comuns que atingem as crianças nessa faixa de idade e já portadoras do transtorno de dependência de tela por uso prolongado de eletrônicos:

– Problemas sono
– Dificuldade de socialização e comunicação
– Desenvolvimento cerebral inadequado
– Variação excessiva de peso
– Problemas de visão
– Dor de cabeça e nas costas

Se não corrigido a tempo, esse comportamento se torna um vício, tão prejudicial quando qualquer outro, com a diferença preocupante que começa cedo demais.

Se a criança logo ao acordar já procura e liga os dispositivos, se alimenta de olho em uma tela, chantageiam os pais fazendo outras coisas apenas se houver a tela como recompensa, evitam atividades externas, entre outras coisas similares, a luz amarela já deve se acender.

Sintomas emocionais são ainda piores, quando o transtorno entra na fase do vício, a criança começa a ser desonesta, mentirosa, fingindo não ter fome para não precisar comer, além de criar ansiedade, sentimento de culpa e solidão. Acabam sendo mais agitadas e preferem atividades solitárias, criando dificuldade de aproximação com outras crianças e pessoas.

Mudam bruscamente o humor quando são afastadas da tela ou quando a atividade preferida, seja um desenho, um filme ou um jogo, acaba.

Estudos, ainda recentes em virtude das novas descobertas, apontam para danos cerebrais a longo prazo, sendo afetadas as partes que controlam os impulsos, planejamento e organização.

Também como em todo vício, a abstinência é dolorida, complicada e traumática, mas se impor e mudar as regras pode ser fundamental para a saúde mental das crianças.

É melhor ficar algum tempo cuidando e lidando com a abstinência do que sofrer no futuro por não ter mais rígido quando podia.

Mais ar livre, menos tela e até a semana que vem!