Carl Jung

Nascido na Suíça, Jung é conhecido como o “fundador” da psicologia clínica analítica. Apesar de ser contemporâneo de Freud e ter trocado correspondências e ideias com o austríaco, aos poucos foram se afastando por terem encontrado diferenças de conceito entre suas ideias. Freud em sua teoria se baseava muito na sexualidade, enquanto Jung sempre direcionava seus pensamentos, estudos e ideias à fenômenos espirituais ou da alma.

As ideias de arquétipo e inconsciente coletivo, bastante difundidas dentro da psicologia e até fora dela, fazem parte da teoria do Suíço.

Em comum entre os dois fundamentais teóricos para a existência da ciência da psicologia, estão os conceitos de consciente e inconsciente.

Diferentemente do colega, Jung criou o conceito de “complexo”, como sendo um conjunto de ideias inconscientes ligadas a experiências e eventos geradores de intensa atividade mental.

Um exemplo de atividade mental ou psíquica são as lembranças que nos vem à tona quando ouvimos uma música, sentimos o gosto de um alimento ou olhamos uma imagem que nos remetam a outra situação, pessoas ou lugares, que acabam interligados entre si.

Ou seja, quando escuto uma música me lembro de uma pessoa, que me remete a um lugar que me faz lembrar de uma comida maravilhosa e assim em diante.

A partir destas observações Jung criou o conceito de “inconsciente coletivo”, o qual seria uma herança comum a todos os seres humanos, que completa e complementa o inconsciente pessoal.

Como vimos à duas semanas, no artigo sobre Freud, os sonhos são manifestações do inconsciente e Jung aprimorou essa ideia, colocando também o inconsciente coletivo presente nos sonhos, tanto em formas comuns, conhecidas, como nas suas formas mais escuras e desconhecidas.

Os arquétipos também fazem parte do inconsciente coletivo, sendo retratados por Jung como as lembranças fundamentais, antigas, remontadas de séculos passados e que trazem consigo as imagens que a sociedade forma sobre seus indivíduos e personagens. Como por exemplo a virilidade masculina versus a sensualidade feminina, o medo do escuro ou qualquer outro padrão pré-existente que, em tese, já nasce com a pessoa.

Aqui é fundamental entender que o inconsciente coletivo não é imutável, muito pelo contrário, são frequentemente quebrados pelas pessoas e suas personalidades diferentes no momento em que sua maturidade emocional começa a desflorar.

Minha linha de trabalho, humanista, é diferente das duas citadas aqui, mas, reforço, é impossível negar a importância dos dois para o nosso trabalho e para ajudar as pessoas que precisam de tratamento.

Particularmente prefiro a visão psicológica de Jung à de Freud e a de Rogers sobre todos os outros.

Boa semana!