O Amor não é Doença

Como já escrevi muitas vezes, sentimentos são involuntários, por vezes incontroláveis e sentidos de formas diferentes por cada pessoa.

Com o amor, claro, é a mesma coisa.

E não há sentimento mais bonito do que o amor, independente do tipo de amor e para quem ele é destinado, ele é apenas bonito e imprescindível.

E, claro, sentir algo tão bom, não pode ser ruim, e nem tampouco ser considerado uma doença.

E por incrível que pareça, até o final dos anos 80 existia um termo, que foi banido, utilizado para tentar determinar o amor entre duas pessoas do mesmo gênero como doença.  A palavra era homossexualismo e havia até um CID aqui no Brasil para isso.

Como, obviamente, ninguém nunca foi curado, pois não é uma doença, aos poucos as pessoas foram ficando mais abertas, mais receptivas e começaram a entender que o amor não tem gênero, tem apenas sentimento.

Infelizmente, existem ainda hoje muitos países e culturas em que pessoas homoafetivas precisam esconder seus sentimentos por medo de morrer, literalmente e em países onde não há proibição, mas ainda há muito preconceito e ignorância, como o nosso, ainda é arriscado expor os sentimentos, por mais absurdo que isso possa parecer.

Nesses lugares, algumas pessoas homossexuais ainda ouvem como “orientação” que é melhor não se expor, viver literalmente na surdina porque a simples manifestação de amor ou afeto por uma pessoa do mesmo sexo pode “ofender” aos outros e assim ficarem suscetíveis a agressões e desrespeito.

Claro que isso vai acarretar problemas mentais sérios, como ansiedade, síndrome do pânico, paranoia e depressão, entre outras condições mentais negativas.

Quando a grande maioria das pessoas estiver pronta para entender o simples, ou seja, que a homossexualidade é apenas a mesma atração física que os heterossexuais sentem, só que por uma pessoa do mesmo sexo, talvez seja mais fácil ter uma convivência social mais saudável.

O que não podemos permitir é a demonização das pessoas, a demonização dos sentimentos, a destruição do amor.

Compreensão, respeito e sabedoria é tudo o que precisamos. Ninguém precisa ser homoafetivo para respeitar a escolha das pessoas, nem fazer julgamentos ou tentar entender alguém que age, pensa e sente de forma diferente.

E ao mesmo tempo, não adianta tentar reprimir os sentimentos ou se achar estranho, doente ou diferente por sentir atração por pessoas do mesmo sexo. E se precisar de ajuda para poder sentir o amor sem culpa, bora fazer terapia!

Boa semana, sempre com muito amor nos corações!